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Cultivo de plantas forrageiras

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Por:   •  3/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  946 Palavras (4 Páginas)  •  379 Visualizações

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Desenvolvimento

No campo, as plantas forrageiras em crescimento estão inoculadas de maneira natural com ampla variedade de fungos e bactérias, mas na forragem conservada a presença de fungos apresenta um efeito pronunciado em seu valor nutritivo, pois além de consumirem o conteúdo celular, esses microrganismos produzem toxinas que afetam o metabolismo do animal. Segundo Rees (1982), a população de fungos de campo geralmente não causa alterações acentuadas na composição química dos fenos, exceto quando a umidade permanece elevada por períodos prolongados durante a secagem, por isso o cuidado ao processamento da forragem é importante.

A população de fungos de campo é menos diversificada do que a registrada no armazenamento dos fenos (Reis e Rodrigues, 1998), sendo que os microrganismos presentes durante esse período são xerotolerantes e mais termotolerantes do que os de campo. Neste grupo estão incluídos os gêneros Aspergillus, Absidia, Rhizopus, Paecilomyces, Penicillium, Emericella, Eurotium e Humicola (Kaspersson et al., 1984).

É sabido que a ocorrência de crescimento de fungos não é indicadora da presença de micotoxinas na forragem conservada. Mesmo que haja contaminação e consequente alteração na composição, textura e aceitabilidade da forragem, pode não haver produção de micotoxinas.

Os ruminantes apresentam menor sensibilidade à contaminação por micotoxinas que os monogástricos, uma vez que a absorção acontece após a fermentação que ocorre no rumem. Assim, os adultos são menos sensíveis à contaminação quando comparados com os jovens. Isso se deve ao fato de que o principal ponto de absorção das micotoxinas ocorre no intestino delgado. É interessante saber que algumas espécies de fungos podem produzir mais do que um tipo de micotoxina e mais do que uma toxina pode surgir em uma única amostra. Vejamos então alguns efeitos que esses microrganismos indesejáveis causam no metabolismo dos ruminantes, e com isso as consequências que levam problemas e prejuízos ao produtor.

As micotoxinas originárias do fungo Fusarium, tal como, a Desoxinivalenol (DON), e a Zearalenona, em forragens conservadas estão associadas à menor ingestão de alimento, causando efeitos como: redução no ganho de peso, queda na produção de leite, maiores contagens de células somáticas, menor eficiência reprodutiva, além de uma ampla variedade de desordens no trato gastrointestinal, tais como vômitos, diarreia e inflamações. Também podem ocorrer abortos, hemorragias e através de um mecanismo complexo, surgem alterações no sistema imunológico. Além destas duas micotoxinas anteriormente citadas (DON e Zearalenona), não se deve deixar de comentar sobre a Toxina T-2, a qual está associada à recusa de alimento, redução da produção, gastroenterites, hemorragias intestinais, morte e imunossupressão em bezerros (Arcuri et al., 2003; Jobim & Gonçalves, 2003).

As leveduras são os principais microrganismos envolvidos na deterioração aeróbia das silagens, a difusão de oxigênio durante a armazenagem é um importante fator para o estabelecimento das leveduras para a assimilação do lactato. Isso determina cuidados na vedação dos silos para evitar a entrada de ar e garantir maior estabilidade quando da utilização da silagem. As leveduras Candida krusei, Pichia fermentans e Hansenula anomala são iniciadoras do processo de deterioração. Em uma etapa subseqüente bactérias (Bacillus cereus, B. firmes, B. lentus e B. sphaericus) podem estar envolvidas na continuidade da deterioração.

É interessante o cuidado com forragens submetidas a pré-secagem antes da ensilagem, devido a contaminação com terra pela ação do ancinho enleirador, sendo um dos fatores que determinam a baixa estabilidade de silagens pré-secadas. Em ambiente aeróbio, as leveduras podem consumir ácidos orgânicos (lático, acético, propiônico, cítrico, málico) e etanol, sendo a causa da elevação do pH e criando condições para

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