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Mudanças nos sentimentos e hidrocefalia

Tese: Mudanças nos sentimentos e hidrocefalia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/10/2013  •  Tese  •  2.032 Palavras (9 Páginas)  •  459 Visualizações

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Jornal CONVIVER

ano 2, número 5, março/abril, 2004

DESTAQUES:

Editorial

Alterações dos Sentidos e Hidrocefalia

Cuidados com os Rins e a Bexiga na Mielomeningocele

AHME Promove cursos de Reabilitação

Como a AHME Modificou minha Vida

Programação

Lembrete: A Prática de Esportes para Crianças com Hidrocefalia

Editorial

Prosseguimos com boas notícias neste número do Jornal Conviver. Pela terceira vez, a AHME traz a Ribeirão Preto o Professor Lionel Fauvy, um dos mais renomados fisioterapeutas do mundo para um ciclo de cursos em sua sede. Paralelamente, em parceria com as Faculdades de Medicina e de Fisioterapia da USP e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, acontecem o II Simpósio Internacional de Reabilitação e a II Jornada Integrada de Fisioterapia. Além de vários docentes do Brasil, outro importante convidado é o Dr. Paul Filipetti, médico-chefe do Centre de L´Arche, da França.

Outro evento de extrema importância realizado no final de março foi o Curso Latino-americano de Neurocirurgia Pediátrica. Este curso é realizado há quase vinte anos na Europa objetivando o aperfeiçoamento profissional dos jovens neurocirurgiões. Pela primeira vez, o curso saiu do velho continente e médicos de vários países puderam conhecer as mais avançadas técnicas em neurocirurgia com professores da França, EUA, Canadá, Itália, Turquia, México e Brasil. Entre esses professores, a AHME esteve representada pelos Doutores Hélio Machado, Hermes Prado Jr e Ricardo Oliveira, todos membros de seu Conselho Científico.

Em março, tivemos a honra de receber na sede da AHME a visita dos professores Michel Zerah e Christian Sainte-Rose, eminentes neurocirurgiões pediátricos franceses do Hôpital Necker de Paris. Na foto, o Prof. Zerah, Dr. Hermes Prado Jr e Prof. Hélio Machado.

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Alterações dos

Sentidos com a Hidrocefalia

Um dos melhores modos de se entender os problemas de outra pessoa é tentar se colocar no lugar delas. Por exemplo, se você tentar usar uma cadeira de rodas por uma tarde, você rapidamente perceberá quantos obstáculos há para impedir seu deslocamento. É muito difícil conceituar os problemas de alguém com hidrocefalia, mas vamos tentar compreender alguns aspectos.

Como a percepção pode ser afetada na hidrocefalia?

Uma alta porcentagem de pessoas com hidrocefalia, com ou sem válvula, tem problemas de percepção. Percepção, em seu sentido amplo, depende de uma interpretação acurada das vias sensoriais, isto é, visão, audição e tato, principalmente. Quando uma interpretação razoavelmente boa de tais vias é conseguida, uma resposta apropriada pode ser obtida. Na presença de problemas sensoriais é muito mais difícil processar a informação e dar uma resposta apropriada.

Que alterações pode haver na visão?

Problemas visuais na hidrocefalia são freqüentes. No estrabismo o cérebro praticamente suprime a visão no olho desviado para que o outro olho focalize nitidamente. Se o cérebro não fizer esta compensação, a criança sofrerá de visão dupla. Mas, ao usar um único olho, a percepção de profundidade é perdida, ficando mais difícil perceber a distância e a velocidade dos objetos em movimento. Tente fechar um olho: note como você tem dificuldade para estimar a distância entre os objetos. A dificuldade de enxergar também pode afetar a habilidade para aprender com material visual. Assim, esquemas podem se tornar confusos e precisar de explicações verbais mais claras para serem entendidos.

E a percepção espacial?

Distúrbios na interpretação e em informações visuais podem também influenciar a informação espacial. Tais obstáculos podem resultar em aparente falta de jeito ou de cuidado, quando de fato os problemas são de compreender distância, posição, perspectiva, etc. Você pode já ter vivido problemas assim ao ver uma linha na roupa que, contra a luz, fica difícil de localizar sua posição. Você faz tentativas para pegá-la e não consegue; porém, fica mais fácil se você segurar com uma das mãos e pegar com a outra.

E a comunicação verbal?

Crianças com hidrocefalia tendem a aprender por repetição e lidam bem com com a fala. Pelo fato de passarem também a maior parte do tempo com adultos, sua conversa freqüentemente parece mais madura. Entretanto, crianças com hidrocefalia mais comumente repetem frases feitas. Na hidrocefalia o processo de pensamento pode ser mais lento e requerer mais tempo para assimilação e compreensão de mensagens faladas. Por exemplo, se você ouve uma frase em uma linguagem que você tem pouca familiaridade, você responderá mais lentamente. Você ouve, traduz, interpreta e então decide a resposta, sendo que tudo isso toma tempo e requer paciência de quem pergunta ou ouve. Devemos conversar de forma simples e curta, repetindo tantas vezes quantas forem necessárias. Instruções complexas devem ser divididas em pequenas partes, garantindo resposta para uma antes de passar para a seguinte.

E o tato, como fica na hidrocefalia?

Pode-se identificar um objeto apenas o sentindo, sem vê-lo, através de sua forma e textura. Felizmente, esta habilidade não é afetada na hidrocefalia. É importantíssimo, portanto, encorajar as crianças a aprender a respeito da forma tocando, vendo e ouvindo a descrição verbal dos objetos. Este exercício usa as vias sensoriais do tato, visão e audição para alimentar o cérebro com as informações descritivas. Ocasionalmente, crianças expressarão apreensão ou desconforto ao manusear certas texturas: macio (pena), pegajoso (lama), áspero (areia). Uma leve persuasão pode ser necessária para ajudá-las. Esta aversão a certas texturas é absolutamente normal, ocorrendo mesmo em pessoas sem nenhuma patologia.

Hidrocefalia

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