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Esportes para deficientes físicos, visuais, auditivos e mentais.

Por:   •  24/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.447 Palavras (18 Páginas)  •  486 Visualizações

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1 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho, relacionando a disciplina de Introdução a Educação Física do curso de Educação Física, Esporte e Lazer, vinculado a Universidade Vila Velha – UVV tem como objetivo apresentar uma pesquisa bibliográfica sobre esportes para pessoas portadoras de necessidades especiais e enriquecido com uma entrevista.

Este trabalho de pesquisa foi dividido em seis momentos; como: O primeiro onde apresentaremos o contexto histórico sobre portadores de necessidades especiais; o segundo, onde apresentaremos as deficiências (mental, visual, auditiva, física) e atividades físicas a serem desempenhadas pelas mesmas; o terceiro, onde apresentaremos a resenha de livros; o quarto, apresentaremos uma entrevista relacionada a corrida; o quinto, apresentaremos um plano de aula de treinamento de corrida para pessoas com deficiências visuais, e finalmente as considerações, onde colocaremos as nossa aprendizagens.

2 - CONTEXTO HISTÓRICO SOBRE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Nos dias atuais é possível perceber ainda uma exclusão dos portadores de necessidades especiais, isso se deve ao inicio da humanidade, onde o ser humano lutava pela sobrevivência. Como destaca Carlos Mosquera (2000, p.11):

Na pré historia, o instinto prevalecia. O homem e os animais lutavam para sobreviver. Assim, os mais fracos eram eliminados pela lei natural. Mulheres, deficientes, doentes, incapacitados (e animais, em igual condição) – a maioria era eliminada naturalmente.

Mas com o passar dos anos esse quadro foi tento uma pequena evolução, acredita-se que na antiguidade havia dois núcleos de referencias das pessoas com deficiência: Grécia e Roma. Na Grécia havia uma preocupação com o corpo saudável, forte e perfeito, servindo muitas vezes como instrumento de poder. Só os amputados devido a guerras eram considerados heróis; aos outros deficientes, morte, desprezo e abandono eram o que os esperavam. Roma seguiu os mesmos conceitos da Grécia, que era de montar uma sociedade padrão na época, neste mesmo período surge o pensamento dicotomizado de Platão, onde coloca a divisão do ser humano em corpo e mente, promovendo, assim, a exclusão das pessoas deficientes, por serem consideradas incapazes, física e mentalmente. 

Na idade media, onde a igreja tinha um poder muito forte, ela considerou os deficientes como pessoas sobrenaturais, vistas como possuídos por demônios. A deficiência foi associada ao pecado e essas pessoas ficavam em lugares específicos, como orfanatos, manicômios, prisões, entre outros.

No renascimento foi dado a um passo muito importante, onde começa a surgir as primeiras pesquisas sobre os deficientes, ainda no campo das ciências biomédicas, com descartes. Mais tarde na transição do feudalismo para o capitalismo tivemos novamente um rebaixamento para os deficientes, porque no capitalismo visava o lucro e as pessoas com deficiência eram vistas como disfuncionais, por não se ajustarem aos critérios de rendimento e eficácia.

No século XVIII e XIX os estudos cresceram vindo atingir seu ápice no século XX. Por esse ter sido marcado por grandes reformas sócias e guerras foi onde surgiu maior numero de pessoas com lesões, mutilados, sendo assim foi após a II Guerra Mundial, que aconteceram atitudes positivas para essas pessoas. Iniciaram-se em hospitais programas de reabilitação para os lesionados das guerras como forma de reintegrá-los à sociedade e assim o esporte entra na vida dessas pessoas como um auxiliar importante nos processos de reabilitação e integração.

3 - A DEFICIÊNCIA VISUAL

Carlos Mosquera (2000, p. 27) descreve que deficiência visual:

É a perda total ou parcial da visão, necessitando o seu portador, de recursos específicos, método Braille, [...], bengala e outros, para a alfabetização e socialização. Este conceito só foi possível graças ao inglês Sir Hernest Jorgensen.

No ano de 1954, o inglês solicitou as Nações Unidas que o conceito de deficiência visual fosse alterado, porque até o inicio do século XX a cegueira era a ausência total do sentido da visão e se considerava cego aquele que não podia distinguir vultos.

No entanto é possível observa que o inglês possibilitou uma abrangência para os que tinham uma pequena porcentagem de visão, mas encontravam grandes dificuldades em seu cotidiano da mesma forma dos que não viam absolutamente nada, tiveram a possibilidade de ter os mesmo direitos. Outra classificação é por limitação do campo de visão.

Conforme Carlos Mosquera (2000, p. 27), “A cegueira pode ser congênita ou adquirida – congênita, quando criança nasce sem resíduos de visão, ou mesmo perde a visão até os três anos”.  

Na pratica de esporte para deficientes visuais a uma classificação internacional, que são utilizadas em todas as competições formais.

Carlos Mosquera (2000, p. 30) descreve as classificações, que são as seguintes:

B1 - são aquelas pessoas que não percebem a luz em nenhum olho, até aquelas que percebem a luz, mas não podem reconhecer a forma de uma mão a qualquer distância ou em qualquer posição.

B2 - são aquelas pessoas que podem reconhecer a forma de uma mão até aquelas que tenham um grau de visão de 2/60 ou um campo de visão de um ângulo menor que 5 graus.

B3 – são as pessoas que têm uma agudez visual de mais de 2/60 até aquelas com uma agudez visual de 6/60 ou campo de visão de um ângulo maior de 5 graus e menor que 20 graus.

As classificações citadas anteriormente se referem ao olho que melhor vê. Portanto essa organização auxilia na divisão das categorias e de esportes a serem praticados mantendo certa “justiça”.

A visão tem uma grande colaboração no equilíbrio, pois é a partir dela que as crianças começam vê como seus pais se movimentam e reproduzem suas ações. As crianças cegas não tem uma referencia visual dos pais, adquirindo uma postura com uma leve inclinação para frente, o que gera um leve desequilíbrio.

Á pratica de esporte por deficientes visuais ajuda na correção da postura melhorando o equilíbrio, a autoconfiança, condicionamento físico entre outras coisas.

A pesar de ser muito discutida a inclusão de pessoas com necessidades especiais, devemos esclarecer que nem todos os esportes podem ser praticados por deficientes visuais, no entanto alguns vêm sendo adaptado para facilitar essa inclusão. A seguir serão citados alguns esportes paraolímpicos praticados por cegos, são eles:

  • Atletismo.
  • Ciclismo.
  • Goalball (praticado exclusivamente por cegos)
  • Judô (praticado exclusivamente por cegos)
  • Natação.

A seguir serão citados alguns esportes paraolímpicos que não são praticados por cegos:

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