As Políticas De Controle E Prevenção De Infecções Relacionadas À Assistência À Saúde (Iras) No Brasil

POLÍTICAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À

SAÚDE (IRAS) NO BRASIL

RESUMO

É visível que, desde os primórdios de 1990, a preocupação com as infecções hospitalares se tornou crescente de forma que séries de documentários começaram a ser criadas acerca do tema, o tornando acessível a leigos e entendedores de tal assunto. As Infecções Relacionadas a Área da Saúde (IRAS) são doenças adquiridas durante o prestar dos cuidados de saúde e se fazem presente como um dos mais emblemáticos problemas de saúde no país e no mundo. De acordo com Coelho et al., tais infecções são caracterizadas como eventos adversos e são responsáveis pelo aumento da morbidade e mortalidade de pacientes em ambientes hospitalares, causando portanto, repercussões sociais e econômicas para a sociedade, os países e os sistemas de saúde. As IRAS têm se tornado uma grande preocupação nos hospitais do Brasil, sobretudo, aquelas causadas por microrganismos multirresistentes, os quais apresentam resistência a no mínimo, duas classes de antimicrobianos. Deste modo, as formas de tratamento tornam-se reduzidas por prolongar internações, ocasionar óbitos e aumentar os custos de assistência hospitalar. No âmbito da saúde, os profissionais em contato com a assistência exercem um significativo papel no controle das infecções ao participar do planejamento e organização dos serviços prestados. Ao envolver, portanto, a gestão hospitalar, a segurança do paciente e a qualidade dos serviços atrelados ao controle das IRAS, faz-se um tema cada vez mais se destacando no ambiente da saúde (OLIVEIRA; SILVA; LACERDA, 2016). No contexto histórico, o controle das infecções relacionadas a área da saúde faz parte do trabalho de enfermagem o qual enfatiza a história de Florence Nightingale, a qual ressaltava a importância de um ambiente limpo e arejado como um agente terapêutico para a cura dos doentes. É de sua autoria a menção “A primeira condição em um hospital é não prejudicar o doente.”, sendo assim, pôde-se enfatizar a importância do controle das infecções desde os primórdios da existência da enfermagem (GIOVANINI, 2009). De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções hospitalares são aquelas adquiridas após a admissão do paciente, as quais se manifestam durante a internação ou logo após a alta, quando relacionadas com a internação ou procedimentos hospitalares. Do mesmo modo, em tempos recentes a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) formalizou a definição das IRAS, enfatizando que o diagnóstico pode várias entre 2 ou 90 dias após a internação ou procedimentos e que suas características vão depender do tipo de intervenção aplicada assim como o sítio relacionado. Correlaciona-se alguns sinais e sintomas às IRAS como abcessos locais, febre, hemocultura ou culturas de lesões ou cavidades propícias para microrganismos patogênicos ou resistentes a antibióticos (ANVISA, 2017).

Palavras-Chave: Infecção, microrganismo, IRAS, enfermagem, desinfecção, esterilização.

ABSTRACT

It is visible that, since the early 1990s, concern about hospital infections has become increasing so that series of documentaries began to be created on the subject, making it accessible to lay people and hearers of this subject. Health Related Infections (IRAS) are diseases acquired during the care of health care and are present as one of the most emblematic health problems in the country and in the world. According to Coelho et al., such infections are characterized as adverse events and are responsible for the increase in morbidity and mortality of patients in hospital environments, thus causing social and economic repercussions for society, countries and health systems. IRAS have become a major concern in hospitals in Brazil, especially those caused by multi-resistant microorganisms, which have resistance to at least two classes of antimicrobials. In this way, the forms of treatment become reduced by prolonging hospitalizations, causing deaths and increasing the costs of hospital care. In the field of health, professionals in contact with care play a significant role in the control of infections by participating in the planning and organization of the services provided. By involving, therefore, hospital management, patient safety and the quality of services linked to the control of IRAS, it becomes a theme increasingly standing out in the health environment (OLIVEIRA; SILVA; LACERDA, 2016). In the historical context, the control of health-related infections is part of the nursing work which emphasizes the story of Florence Nightingale, which stressed the importance of a clean and airy environment as a therapeutic agent for the cure of patients. It is his author's author's mention "The first condition in a hospital is not to harm the patient.", thus, it was possible to emphasize the importance of controlling infections since the beginning of the existence of nursing (GIOVANINI, 2009). According to the Ministry of Health, hospital infections are those acquired after the patient's admission, which manifest during hospitalization or soon after discharge, when related to hospitalization or hospital procedures. Likewise, in recent times the National Health Surveillance Agency (ANVISA) has formalized the definition of the IRAS, emphasizing that the diagnosis can be several between 2 or 90 days after hospitalization or procedures and that its characteristics will depend on the type of intervention applied as well as the related site. Some signs and symptoms are related to SARS such as local abscess, fever, blood culture or cultures of lesions or cavities conducive to pathogenic or antibiotic-resistant microorganisms (ANVISA, 2017)

Keywords: 

Infection, microorganism, nursing, disinfection, sterilization.

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1. INTRODUÇÃO

As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), antes conhecidas por infeções hospitalares, infecções cruzadas, são eventos adversos frequentes associados à assistência e hospitalização de um cliente sendo um antigo e grave problema de saúde pública no brasil e no mundo, pois aumentam a mortalidade ao doente e os custos a instituição e ao governo, além de afetar de forma negativa a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde. O termo IRAS foi adotado e passou a ser utilizado a fim de substituir o termo anterior (infecções hospitalares) já obsoleto, na intenção de amplificar, visto que existem atualmente muitas instituições de saúde que não são classificadas como hospitais e prestam serviços de saúde a população, como é o caso de UBS, Clínicas, entre outros. (OLIVEIRA et al., 2009; ANVISA, 2016) 

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