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Assistencia de Enfermagem ao Portador de Bopolaridade

Por:   •  24/11/2021  •  Monografia  •  1.878 Palavras (8 Páginas)  •  154 Visualizações

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM MANIFESTAÇÃO DE COMPORTAMENTO DECORRENTE A PSICOSE MANÍACO DEPRESSIVA

Ana Paulla Pereira Dos Santos

Eduardo Miranda

RESUMO

 

Com este trabalho a autora deseja contribuir para que o enfermeiro tenha mais uma referência norteadora de sua ação ao assistir o paciente com manifestações de psicose maníaco depressiva. São descritos alguns conceitos de psicose e, sumariamente, os quadros clínicos em que este se apresenta. Para a assistência de enfermagem são considerados os problemas do paciente e as medidas gerais que devem ser utilizadas, levando-se em conta a individualidade do paciente.

PALAVRAS CHAVES: Assistência de enfermagem. Manifestações de psicose.

1 INTRODUÇÃO

 Considerando as circunstâncias atuais impostas a sociedade, entende-se a relevância em abordar temas que envolvam Saúde Mental e como identificar sinais comportamentais que o paciente apresenta antes de um surto ou piora do quadro mistos da psicose maníaco-depressiva. Será realizada uma pesquisa bibliográfica a fim de compreender as implicações do Transtorno Bipolar e a Assistência de Enfermagem.

O Transtorno Bipolar (TB) originalmente chamado de psicose maníaco-depressiva é uma condição psiquiátrica caracterizada por alterações graves de humor, que envolvem períodos de humor elevado e de depressão. O Tipo I, em que a elevação do humor é grave e persiste “mania”, e o Tipo II, em que a elevação do humor é mais branda “hipomania” (BOSAIPO et al, 2017).

A psicose maníaco-depressiva em sua fase ou estado maníaco se traduz pelo humor alegre (Ha), associação rápida de ideias (Ir) e movimentação exagerada (Me), ao passo que na melancolia o contrário se observa, isto é, humor triste (Ht), ideação lenta (Il) e movimentação diminuída (Md) ( BOTELHO, 2010).

         Entre as formas típicas de excitação maníaca e de depressão melancólica existem muitas formas intermediárias. Ocasiões há em que os maníacos se mostram passageiramente tristes, silenciosos ou imóveis e que os deprimidos cantam, riem e correm. Estas modificações parciais no estado de excitação ou depressão se mostram frequentes, durando horas, dias e muitas vezes enchendo definitivamente todo o período da crise. É justamente a intromissão de um destes sintomas no quadro onde dominam os sintomas contrários que veio trazer, pelas diferentes combinações não só teóricas como amplamente verificadas em clínicas, a concepção dos chamados estados mistos da psicose maníaco-depressiva. (BOTELHO, 2010)

        O primeiro contato com a saúde mental pode ser na maioria das vezes estressante. Para quem nunca teve nenhum contato com a área, a falta de procedimentos invasivos parecem sem sentido, mas os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) configuram-se como um espaço para interações entre a equipe multiprofissional, com confluência de saberes, onde profissionais treinados de diversas áreas proveem assistência diferenciada e humanizada. A comunicação mostra-se como extraordinário instrumento de alicerce das relações entre profissionais e pacientes. O interesse em manter uma equipe interdisciplinar é de garantir cuidado otimizado ao paciente.

         A razão do trabalho da enfermagem, é o cuidado terapêutico, vislumbrando uma assistência segura, integral e de qualidade. Espera-se que o profissional de enfermagem em saúde mental seja empático, autêntico, criativo e com capacidade de inovar nas práticas do cuidar. O objetivo da enfermagem nos centros de atenção psicossocial deve ser a promoção de ações terapêuticas voltadas para identificar alterações graves de humor  e auxiliar na recuperação do paciente em sofrimento psíquico, visando à reabilitação de suas capacidades físicas e mentais, respeitando suas limitações e os seus direitos de cidadania (RIBEIRO, 2020).
A enfermagem tem que se permitir uma nova proposta, o paciente em sofrimento psíquico apresenta-se ansioso, inseguro de seu destino, desconfortável emocionalmente e com uma vivência na maioria das vezes permeada de solidão e desamparo, acompanhado por tratamentos invasivos, agressivos e até mesmo dolorosos. O profissional deve estar aberto e disponível a essas situações novas, exigindo a criação de um novo modo de agir e pensar (RIBEIRO, 2020).


2 REFERENCIAL TEÓRICO

A saúde mental está em processo de mudança no Brasil desde os anos de 1990, período que evocou as ideias do Movimento de Reforma Sanitária e Reforma Psiquiátrica como elementos-chave na efetivação dos cuidados a pessoas com transtorno mental, em um processo de construção de um modelo que compreendesse e respeitasse estes sujeitos como ser humano (SANTOS et al, 2018).

Entende-se a Reforma psiquiátrica como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais. São no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que este processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios. A terapêutica voltada para a doença foi acrescida e até certo ponto substituída pela promoção à saúde e prevenção da doença de forma individual e coletiva. Tal modificação possibilitada pela reforma provoca uma reflexão sobre os cuidados de enfermagem tornando importante sua inserção junto ao paciente portador de transtorno em todos os níveis de atenção à saúde (CEDRO, 2010).

Considera-se de grande importância o acompanhamento dos usuários e dos familiares, devido à necessidade de o profissional de enfermagem oferecer apoio a essas pessoas, por meio de orientações quanto ao transtorno mental, quanto às atitudes da família nos momentos de crise e quanto a quaisquer dúvidas existentes. Diante de tais práticas, acredita-se ser possível oferecer subsídios para a melhoria da qualidade de vida desses indivíduos e de suas famílias. Soma-se a tudo isso o argumento de que a aliança entre os profissionais de saúde e os familiares colabora no processo de reabilitação psicossocial dos usuários (SCHRANK; OLSCHOWSKY, 2008).

Indivíduos com transtorno mental tende a postergar a busca por serviços de saúde tendo como um dos principais motivos a exposição aos estigmas, falta de interação familiar além de crenças e atitudes em relação ao transtorno.

Nesse sentido uma atuação do enfermeiro com objetivo de orientar e capacitar a família a identificar possíveis gatilhos e os principais sinais e sintomas como angustia, tristeza, desânimo, preguiça, falta de energia física e mental, lentidão de raciocínio e redução da libido, podem evitar o agravamento da doença (BARRETO, 2010).

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