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Segundo Foucault, como a medicina se tornou social na Alemanha, na França e na Inglaterra

Por:   •  12/2/2017  •  Resenha  •  944 Palavras (4 Páginas)  •  1.084 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

DISCIPLINA - SOCIOLOGIA DA SAÚDE / TURMA – ENFERMAGEM - 2016.1

QUESTÕES BLOCO A:

  1. Comente criticamente sobre os elementos essenciais em que, segundo Foucault, a medicina se tornou social na Alemanha, na França e na Inglaterra. (x)

Boa Sorte!

Questão 1 –

Segundo Foucault, a Medicina social já existia no século XIII, onde é mostrado que o capitalismo foi responsável pela socialização do corpo como uma força de produção e de trabalho, onde é notado o interesse nisso em controlar a sociedade através do individuo. Foucault mostra que existiram três etapas para a formação da medicina social, onde entram: a medicina de estado, a medicina urbana e a medicina da força de trabalho compondo o todo.

A medicina de estado foi a que se desenvolveu na Alemanha, onde aparece nessa época, a ciência de Estado, onde este se torna o objeto do conhecimento além de um lugar de conhecimentos específicos também. Houve uma preocupação com o funcionamento desse estado nessa época, que fizeram com que começasse a haver uma medição, uma comparação, imitação e uma tentativa de mudar as relações de força.

É visto que o estado moderno nasceu onde não havia potência politica e desenvolvimento econômico, pois na Alemanha a preocupação maior é na melhoria do nível de saúde da população. Foi criado um sistema de observação eficaz de morbidade, contabilizado por hospitais e por médicos de diferentes regiões; as universidades e a corporação médica é responsável pelo ensino da medicina, o que torna o ensino de boa qualidade e é controlado pelo estado programas de ensino e a atribuição dos diplomas, fazendo com que a medicina e o médico se tornam então o primeiro objeto da normalização, onde o médico foi o primeiro individuo normalizado pela Alemanha.

Foi implantada uma organização administrativa que controlava a atividade dos médicos para que fosse controlada as informações sobre doenças; houve a nomeação de funcionários médicos pelo governo dando a eles responsabilidade pela região de seu domínio para que houvesse um controle. Essa medicina de estado da Alemanha era totalmente estatizada, o estado tinha o controle de todos os processos e era uma medicina funcionarizada, coletiva e que não foi proposta por nenhum outro estado além da Alemanha.

Já a medicina urbana não tinha uma estrutura de estado, era centrada na urbanização e essa medicina é  desenvolvida com as estruturas urbanas que surgem na França. Foi na segunda metade do século XIII que foi colocado o problema da unificação do poder urbano, e então construir a cidade como unidade.

Por razões econômicas era visto a importância da cidade como um local de mercado e as razões politicas eram por conta do aparecimento do operariado, nessa época começaram a surgir tensões entre os diferentes grupos, que vão se dividindo em ricos e pobres e dão origem as grandes revoltas da Revolução Francesa. Até o século XVII as revoltas vinham do campo, mas por conta da mudança de vida das pessoas do campo surgiram revoltas urbanas que foram se tornando cada vez mais frequentes. Diante dessa situação foi que houve a necessidade de um poder politico para controle dessa população, nessa época começa a se instalar medo e pânico na população urbana por conta do estado das cidades, e então foram tomadas medidas medicas e politicas.

Foucault fala do plano de urgência na população, onde as famílias deveriam permanecer em casa, a cidade era constantemente vigiada por regiões, eram feitos relatórios e haviam revistas para verificação de vivos, doentes, mortos, assim como desinfecção das casas. E do modelo da lepra em que o doente era excluso e colocado fora da cidade.

A medicina urbana consiste em analise dos locais de acumulo e amontoamento no espaço urbano que gera perigo para a população que acabavam doentes por conta dessa situação. Houve um novo objetivo que foi controle da circulação, não das pessoas, mas das coisas e dos elementos da cidade, essencialmente a água e o ar para que melhorasse a qualidade de vida da população. O outro objetivo foi a organização de locais, nessa época é criado o plano hidrográfico de Paris, os subsolos passaram a ser propriedade do estado e os cemitérios e matadouros controlados.

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