UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Por: pollyana0112 • 23/2/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 1.838 Palavras (8 Páginas) • 307 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Pollyana Borges de Oliveira
Rafaela Pires Mourão
GESTAÇÃO
Boa Vista – RR
2018
Introdução
Gestação é o tempo de desenvolvimento do embrião no útero, desde sua concepção até o seu nascimento. É entendida como um conjunto de fenômenos fisiológicos que evolui para a criação de um novo ser, sendo esse um período de mudanças físicas e psicológicas.
As mulheres estão tendo menos filhos e engravidando cada vez mais tarde, segundo os dados do Censo 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de fecundidade no país caiu 21,9% na última década. Em 2000, a média de filhos por mulher era de 2,38. No ano passado, baixou para 1,86. A idade da primeira gestação também teve alteração. Há dez anos, metade das gestantes engravidava antes dos 24 anos e, em 2010, esse porcentual caiu para 45%.
Vale lembrar que essa é uma fase muito delicada e requerem cuidados específicos, desde o pré-natal, saúde mental, acompanhamento nutricional entre outros.
Alterações Fisiológicas
De acordo com Silva e colaboradores (2010) a percepção das gestantes sobre as modificações provenientes da gravidez está direcionada ao aumento de peso, das mamas e do abdome, sendo que estas modificações são destacadas de forma distinta por cada mulher, de acordo com o período gestacional em que se encontram. O segundo e terceiro trimestres foram ressaltados como períodos em que ocorrem as mais significativas modificações corporais.
São identificadas ainda Alterações Hormonais (Estrogênio, Progesterona, Gonodotrofina coriônica e Somatomamotropina coriônica humana); Alterações cardiovasculares, renais, pulmonares e gastrointestinais.
Pode - se observar hiperpigmentação da pele graças à ação da progesterona e do hormônio melanotrófico. Há também a presença de estrias devido à atrofia das fibras elásticas da derme e ao estiramento da epiderme.
Alterações metabólicas
Durante a gestação ocorrem ainda mudanças no metabolismo da gestante. Alterações essas no metabolismo hídrico, proteico, dos carboidratos, lipídico e eletrolítico.
Metabolismo Hídrico: a retenção de água é evento fisiológico na gestação devido à queda da osmolaridade plasmática. Edemas nos membros inferiores são comuns, sendo favorecidos pelo aumento da pressão venosa e pela redução da pressão intersticial.
O edema generalizado com ganho repentino de peso é observado em cerca de 30% das gestantes e, quando acompanhado de hipertensão arterial e proteinúria, configura quadro de pré-eclampsia.
Metabolismo Protéico: as necessidades protéicas estão aumentadas na gestação para atender a demanda do feto, do útero, das mamas, da placenta, do volume sangüíneo. Para atender ao balanço nitrogenado positivo, a ingestão protéica deve responder por 25% do valor energético da dieta.
Metabolismo dos Carboidratos: a gestação normal se caracteriza por leve hipoglicemia de jejum, hiperinsulinemia e hiperglicemia pós-prandial. No início da gestação, o estrogênio e a progesterona estimulam a secreção endógena de insulina e melhoram a utilização periférica de glicose. Na segunda metade da gestação, há incremento da produção de hormônios contra-insulares, como a somatomamotrofina coriônica humana, que estimulam a lipólise e poupam a utilização de glicose; o que caracteriza resistência periférica à ação da insulina.
Metabolismo Lipídico: as concentrações sanguíneas de lipoproteínas e de lipídeos totais aumentam no decorrer da gestação. O colesterol total aumenta 50%, enquanto os triglicerídeos podem triplicar. Devido à ação da progesterona e do estrogênio sobre o fígado, a concentração de lipoproteína de baixa densidade (LDL) atinge seu maior valor na idade gestacional de 36 semanas; enquanto a lipoproteína de alta densidade (HDL) atinge seu pico na idade gestacional de 25 semanas, mostrando queda até 32 semanas tendo seu valor é mantido até parto. Na primeira metade da gestação, os valores plasmáticos de lipídeos totais e glicerol diminuem em razão do acúmulo de gordura corporal. No último trimestre, estas reservas eles se tornam necessárias como fonte energética.
Metabolismo Eletrolítico: há retenção de sódio no organismo materno em decorrência do aumento do líquido amniótico e da expansão do líquido extracelular. As necessidades de iodo estão aumentadas na gestação (a tireóide depura 2 vezes o volume habitual de sangue para tentar manter a captação adequada de iodo). As concentrações plasmáticas de cálcio e de magnésio diminuem durante a gestação, mas a absorção intestinal se encontra aumentada para suprir as necessidades fetais.
Alimentação para gestante
Durante toda a gravidez, a mulher deve comer a cada três horas. Os especialistas recomendam uma alimentação bastante variada e colorida, incluindo seis porções diárias de pães e cereais, de preferência integrais, cinco de frutas e três a quatro porções de legumes e verduras. Além disso, carnes, leite e derivados, sempre variando para assim obter os mais variados minerais e vitaminas que mamãe e bebê precisam. Não se esquecendo de beber pelo menos dois litros de água por dia.
Procurar manter uma dieta saudável é crucial para determinar a saúde não só da mamãe, mas do bebê também. Ingerir alimentos ricos em ácido fólico, que pode ser encontrado em vegetal verde-escuro é uma ótima opção na hora de prevenir a má-formação do tubo neural. O ômega 3, que está presente na castanha-do-pará e em determinados tipos de peixes, como atum e salmão, é excelente para ajudar a desenvolver o sistema nervoso central do bebê, reduzindo também o risco de acontecer um parto prematuro. Comer ovos pode ser uma boa pedida, afinal de contas, eles possuem um composto de mais de 12 vitaminas e minerais, além de várias proteínas que auxiliam na formação das células do bebê. Sem esquecer de leite e derivados, couve, espinafre ou brócolis, feijão, carne vermelha entre outros.
O pão integral tem como característica dar uma mãozinha para o intestino, fazendo com que a mamãe se sinta melhor. Comer carne bovina magra, como o patinho, é uma excelente forma de diminuir o risco de anemia durante a gravidez, além de acrescentar também seu alto teor de vitaminas na formação dos músculos, órgãos e tecidos do bebê. O consumo de alimentos ricos em magnésio, como soja, cacau, cereais, frutos do mar, feijões, nozes e ervilhas também é importante para que o bebê tenha uma boa formação.
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