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Analise da eficácia das cápsulas contendo Silimarina com Tocoferol

Por:   •  15/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.746 Palavras (7 Páginas)  •  443 Visualizações

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Analise da eficácia das cápsulas contendo Silimarina com Tocoferol, desenvolvidas para pacientes previamente tratados com esteatose hepática não alcoólica.

 AUTOR DO PROJETO

Francisca Samara Mendes

Margarida Erick Silva

Natalia Policarpo


SUMÁRIO

Introdução.......................................................................................................... Pág.3, 4,5

Objetivos............................................................................................................ Pág. 6

Desenho do estudo............................................................................................. Pág.7

População do estudo........................................................................................... Pág.8

Métodos e avaliações.......................................................................................... Pág.9,10

Suplementos do estudo....................................................................................... Pág.11

Princípios Éticos..................................................................................................Pág.12

Retenção da documentação do estudo clínico..................................................... Pág.13

Referências........................................................................................................... Pág.14

1. INTRODUÇÃO

1.1 ESTEATOSE HETAPATICA NÃO ALCOÓLICA

A DHGNA representa um espectro de condições caracterizadas histologicamente por esteatose hepática macrovesicular. Ocorre em indivíduos que não consomem álcool em quantidades geralmente consideradas danosas ao fígado. O termo DHGNA foi criado para incorporar toda a gama de achados histológicos de dano hepático, que englobam desde esteatose, esteatohepatite não-alcoólica (EHNA) e fibrose avançada, até cirrose. As características histológicas da DHGNA são muito similares àquelas descritas para a doença hepática alcoólica, que também tem esteatose predominantemente macrovesicular (PADOIN AV et al.,2008).

A esteatose é definida quimicamente como conteúdo hepático de triglicérides maior que 5% do volume hepático ou do peso do fígado ou histologicamente quando 5% ou mais dos hepatócitos contêm triglicérides (BORGES VFA et al., 2011).

Morfologicamente, os hepatócitos estão cheios de vacúolos de gordura na ausência de infiltração inflamatória (esteatose), ou de infiltrados inflamatórios (esteatoepatite). Graus variados de fibrose estão presentes. Não há aspectos típicos para separar esteatose alcoólica versus não alcoólica com base em achados histológicos (ROBBINS COTRAN, 2006).

A esteatose pode estar associada ao abuso de álcool, obesidade, suporte nutricional excessivo, nutrição parenteral total, hepatite induzida por drogas ou toxinas, diabete tipo 2, caquexia e pós-operatório de pacientes submetidos à derivação jejuno-ileal (ADAMS et al., 2003)

Em relação às características clínicas, a maioria dos pacientes é assintomática, por isso a DHGNA é, geralmente, diagnosticada através de alterações bioquímicas séricas de enzimas hepáticas em exames de rotina, embora os exames normais não excluam a presença da doença. Alguns pacientes podem apresentar sintomas vagos, como mal estar, fadiga e desconforto em quadrante superior direito do abdômen (PADOIN AV et al. 2008).

1.2 SILIMARINA

 Silybum marianum, também chamado cardo de leite, é uma planta da família Asteraceae. É originária do sul da Europa até a Ásia e atualmente encontrada em todo o mundo. Nomes comuns para essa espécie incluem leite thistle abençoado, Marian Thistle, Mary Cardo, Cardo de Santa Maria, Milk Thistle Mediterrâneo e Thistle Variegated. Na alopatia e na fitoterapia, é utilizada em doenças hepáticas (icterícia, cirrose e hepatite), em doenças da vesícula biliar e serve como hepatoprotetor contra venenos (SALLER R. et al., 2008).

O extrato dessa planta tem seu uso medicinal sob o nome de silimarina, que compreende um complexo composto por várias substâncias (flavonoides: silibina ou silibinina, silidianina, silichristina), também com ações extra-hepáticas descritas, como antifúngicas, antiedema cerebral e antidepressiva (BELLENTANI S. et al., 2000).

A Silimarina tem como principal ação antioxidante natural. Como ela é rica em compostos polifenólicos, ela possui capacidade de quelar radicais livres e inibir, mesmo que reversivelmente, a ação do citocromo p-450, ou seja, ela interfere no metabolismo e biotransformação de diversas moléculas exógenas e endógenas, de modo seletivo, nas reações de fase I (FRANSCHINI et al.,2002).

Os dados da literatura mostram a níveis experimentais e clínicos que o tratamento com a silimarina ajuda a recuperar o fígado de forma mais eficaz. Essa ação seria atribuída à ação nuclear dessa droga, que induz aumento da síntese de RNA ribossomal e da síntese de proteínas no fígado (FRASCHINI et al.,2002; RAINONE, 2005).

1.3. TOCOFEROL (VITAMINA E)

A vitamina E desempenha um poderoso efeito antioxidante sobre a vitamina A e os lipídeos insaturados, especialmente os poli-insaturados, como os ácidos graxos essenciais linoleioco e linolênico ( na sua forma alfa). Esssa característica funcional se deve especialmente a sua estrutura que apresenta um grupo hidroxifenolico. Observaçoes clinica e nutricionais mostram que a associação de outras vitaminas, especialmente de característica solúvel em meio aquoso como a vitamina C apresenta efeitos antioxidantes mais estáveis.Sua função antioxidante se dá pela proteção de ácidos graxos poli-insaturados, evitando, assim, a formação de peróxidos que desencadeiam ação lesiva em tecidos, conhecido como estresse oxidativo (SILVA eat. 2010).

Em artigo recente na revista New England Journal of Medicine, AJ Sanyal e colegas daNonalcoholic Steatohepatitis Clinical Research Network descreveram os resultados do estudo clínico (denominado PIVENS – Estudo da Pioglitazona versus Vitamina E versus Placebo para o Tratamento de Pacientes Não-Diabéticos com Esteatose Hepática), que demonstrou a eficácia da vitamina E para o tratamento da esteatose hepatite não alcoólica(SANYAL et al.,2010).

O tratamento com a vitamina E, foi associado com um índice significativamente mais alto de melhoria na EHNA em comparação ao placebo (43% vs. 19%). As características histológicas indicaram que tanto a vitamina E como o tratamento com pioglitazona reduziram o grau de fígado gorduroso e de inflamação. Ambos os tratamentos também reduziram os níveis sanguíneos de enzimas hepáticas,  demonstrando um efeito positivo sobre a saúde do fígado como resultado desses novos tratamentos. Essas observações são interessantes porque demonstram claramente o efeito positivo do tratamento com vitamina E, semelhante ao que foi observado com a droga contra diabete, mas sem os aumentos concomitantes do peso corporal (SANYAL et al.,2010).

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