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O DIAGNÓSTICO POR IMAGEM: ESTEATOSE HEPÁTICA

Por:   •  8/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.802 Palavras (8 Páginas)  •  82 Visualizações

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM: ESTEATOSE HEPÁTICA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

FISIOPATOLOGIA DA ESTEATOSE HEPÁTICA        4

EPIDEMIOLOGIA        4

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E DIFERENCIAL        5

TRATAMENTO        6

CONSIDERAÇÕES FINAIS        7

REFERÊNCIAS        7

INTRODUÇÃO

        A esteatose hepática é uma patologia definida pela presença de acúmulo de gordura nas células hepáticas, onde a mesma pode vir a evoluir para esteatohepatite e posteriormente para cirrose hepática, havendo como consequência o câncer no fígado e o transplante hepático. Sua etiologia não está completamente elucidada, mas propõe-se que há interferência no metabolismo dos ácidos graxos, levando ao aumento da sua produção ou a impossibilidade de sua utilização (SALGADO et  al, 2006).

        Tal doença está associada a presença de comorbidades que afetam o metabolismo do indivíduco como a hipertensão, dislipdemia, obesidade, diabetes mellitus; e também a aspectos nutricionais como desnutrição protéica e a uso de drogas hepatóxicas (SALGADO et al, 2006).

        A sua incidência tem aumentado ao longo dos anos chegando a ser a patologia hepática mais comum nos países industrializados, o que corresponde a 17 a 46% dos adultos, sendo a segunda maior causa de transplante hepático nos EUA e uma das responsáveis pelo desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares. Sua presença ainda pode variar com as características pessoais do indivíduo, como idade, etnia e gênero (RIDER et al, 2016).

        Usualmente o paciente encontra-se no estado assintomático da doença, onde a mesma só é evidenciada a partir de exames laboratorias e de imagem, como tomografia e ressonância magnética. Entretanto, pode-se ainda estar associada a presença de desconforto abdominal, cansaço excessivo e irritações abdominais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETE, 2014).

        O tratamento da esteatose hepática baseia-se na modificação dos hábitos de vida do paciente, onde o mesmo passa a se alimentar de forma saudável e a praticar atividades físicas, intervenções essas que podem vir a controlar os níveis de gordura corporal, açucar e colesterol, promovendo saúde e qualidade de vida do paciente (YOUNOSSI, 2008).

FISIOPATOLOGIA DA ESTEATOSE HEPÁTICA

        A esteatose hepática é uma patologia cuja característica principal é o acúmulo de gordura no fígado, na forma marjoritária de triglicerídeos, podendo atingir de 5 a 10% do peso do órgão. Sua etiologia pode ser devido ao alcoolismo, a obesidade associada a síndrome metabólica, hepatites virais e administração descontrolada de medicamentos hepatotóxicos (ANGULO, 2002; HAMER, 2006).

        Seus sinais e sintomas são usualmente inespecíficos, como descoforto abdominal e epigástrico, entretanto os indivíduos, na maioria encontram-se assintomáticos (DI MARTINO et al, 2017).

        Sua fisiopatologia consiste na infiltração lipídica, inflamação e em alguns casos ocorre fibrose. Tal mecanismo de ocorrência não é completamente elucidado, mas estudos levam a crença de que esse acúmulo de gordura pode ocorrer devido a redução da produção de VLDL, uma lipoproteína de baixa densidade, ou pela síntese hepática excessiva de triglicerídios, cuja origem pode ser mediante diminuição do estresse oxidativo de ácidos graxos ou pelo aumento de sua porção livre (JOU et al, 2008).

        A resistência insulina tem sido considerada como um fator determinante para o surgimento da esteatose, pois a mesma resulta na proliferação de ácidos graxos livres, os quais são absorvidos pelos hepatócitos originando a esteatose. Tal mecanismo se baseia no fato que no estado de resistência a insulina, as células de gordura e musculares priorizam a oxidação de lipídios, reação que proporciona a liberação dos ácidos graxos livres que acarretam no desenvolvimento dessa patologia (SODER; BALDISSEROTTO, 2009).

         O parênquima hepática afetado pela esteatose encontra-se mais propício ao surgimento de lesões, as quais podem posteriormente se desenvolver a esteatohepatite e cirrose (YOUNOSSI, 2008).

EPIDEMIOLOGIA

        No hemisfério ocidental, a esteatose hepática tem sido uma das doenças hepáticas mais comuns, ocupando a segunda colocação entre as principais causas de transplante hepático e a terceira colocação nos casos de desenvolvimento de carcinoma hepático. Sua prevalência nos Estados Unidos é de 21,4% da populção, enquanto no Brasil esse índice pe de 18 a 23% (COTRIM et al, 2011).

        Entretanto, tais estimativas apresentam valores aproximados, uma vez que essa doença constitui de estado marjoritariamente assintomático, o que faz com que a mesma tenha dificuldade em ser diagnosticada e consequentemente não investigada (EL-KADER et al, 2015).

        O aumento de sua prevalência associa-se com o aumento da incidência e prevalência da obesidade na população, do diabete mellitus e dislipdemia (EL-KADER et al, 2015).

        O prognóstico da esteatose hepática é favorável, sendo reversível na maioria dos casos, mediante a mudança do estilo de vida do paciente e tratamento adequado. Entretanto, 25% dos pacientes podem evoluir para esteatohepatite, a qual em 26 a 37% dos casos pode evoluir para fibrose e 9 a 25% para cirrose (PARK et al, 2011).

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E DIFERENCIAL

        Por ser uma patologia assintomática, seu diagnótico é dificultado, apresentando sintomas como fadiga, hepatomegalia, entre outros, somente em condições mais severas da doença (SALGADO et al, 2006).

Sua determinação tem início a partir dos exames bioquímicos, através da constatação de perturbação dos níveis das enzimas hepáticas como a alaninaaminotransferase (TGP ou ALT), aspartatoaminotranferase (TGO ou AST), fosfatase alcalina e gama glutamil transpeptidase, além desses pode-se dosar proteínas sanguíneas como a albumina. Entretanto, esses dados não são capazes de diferenciar o tipo de doença hepática existente e além desse fato existem casos onde não há variação de tais níveis, sendo necessária outras modalidades diagnósticas (SALGADO et al, 2006).

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