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Ácidos Graxos e performance

Por:   •  27/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.025 Palavras (5 Páginas)  •  643 Visualizações

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             Metabolismo Lipídico: suplementação e perfomance humana

 A produção de ATP (adenosina trifosfato) dá-se através das vias metabólicas celulares, pela combinação dos sistemas creatina fosfato, glicólise e oxidativo. O consumo dos macronutrientes fornece a energia necessária para atividades em repouso e à prática de exercícios. Nos músculos esqueléticos, sistemas bastante eficientes possibilitam a ressíntese constante do ATP que está sendo usado para a contração muscular. Esses sistemas são a fosfocreatina, a glicólise e a fosforilação oxidativa (dependente de oxigênio), tem como característica a baixa potência, mas capacidade praticamente ilimitada, e aptidão a fornecer energia para a ressíntese de ATP, especialmente em esforços de longa duração com intensidades leve ou moderada. Nessa condição, o glicogênio é poupado, havendo maior utilização dos ácidos graxos (AG) como substratos energéticos.

 Foi constatado, com base nos estudos de Curi e Ramirez que a utilização desses ácidos age diferentemente  de acordo com o tipo de cadeia carbônica ( Curta, média e longa), a absorção e utilização dos mesmos.  Afirmaram ainda ainda que a insaturação da cadeia carbônica (saturada e insaturada) influencia diretamente o aumento da disponibilidade dos AGs provenientes do triacilglicerol (TAG) do tecido adiposo, dos quilomícrons e lipoproteínas de muita baixa densidade (VLDL) circulantes e do próprio tecido muscular.

  •                Metabolismo dos ácidos graxos

 Os lipídeos são as principais moléculas de armazenamento de combustível do corpo. Quando o corpo necessita de usar a energia armazenada, seja no tecido adiposo, ou no músculo esquelético, as lipases degradam esses lipídeos formando glicerol e ácidos graxos. Após cair na corrente sanguínea, os ácidos graxos serão oxidados em diferentes tecidos do organismo, como fígado, rins, coração e, especialmente, no músculo esquelético. Diferentemente da glicose ou aminoácidos, os ácidos graxos não são fáceis de se transformar em ATP, a maioria deve ser transportada do citosol para o interior da matriz mitocondrial, onde serão lentamente desmontados a medida que unidade de dois carbonos são removidos da extremidade da cadeia, liberando íons H+, elétrons, NADH e FADH2, uma unidade por vez, no que chama-se por β-oxidação.

 O exercício físico demanda intenso consumo de ATP que pode aumentar em dezenas de vezes dependendo da intensidade e duração do esforço. Nos exercícios físicos de longa duração, é imprescindível que a utilização do estoque abundante de TG/AG seja a maior possível para que a quebra do glicogénio muscular e a oxidação de glicose circulante sejam mínimas. Já em exercícios de baixa intensidade, a proporção de lipídios no mix de combustíveis oxidados é maior do que nos de alta intensidade. Ao prolongar o exercício, a oxidação lipídica começa a se tornar mais pronunciada, por conta do aumento da disponibilidade de AGLs no plasma, em indivíduos não treinados.

 Atletas de endurance têm maior quantidade de sangue circulante no tecido adiposo, em resposta à infusão de adrenalina, do que sedentários. Durante o exercício, há maior possibilidade de liberação de catecolaminas para o tecido adiposo, em razão da concentração similar delas no plasma. Adicionalmente, um aumento na lipólise de TGIM após treinamento de endurance pode ser responsável por uma elevação de glicerol de até três vezes, em sujeitos treinados.  O estrógeno e a progesterona tem papel importante no treinamento de endurance, por melhorar a capacidade de oxidação lipídica pelo aumento da quantidade de mitocôndrias.

  •                           Suplementação lipídica , exercício e performance

 A manipulação da dieta e suplementação com certos tipos de lipídeos ou outros agentes que estimulam a lipólise e oxidação dos AG, vem sendo estudados como estratégias para melhorar o desempenho no exercício. A carnitina, adquirida pela ingestão proteica animal é um agente importante na oxidação dos AG, atuando no seu transporte para o interior da mitocôndria. Após estudos, constatou-se que o uso de L-carnitina retarda a fadiga muscular, além de melhorar a tolerância aos esforços físicos a pacientes com insuficiência cardíaca. Porém foi relatado a ineficácia em pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica. Resultados similares à ineficácia do mesmo, foram descritos por Hawley, onde indivíduos por ele observado, não houveram utilização do glicogénio muscular e na performance. A micro lesão muscular é um acontecimento comum a qualquer indivíduo, independentemente do seu nível de aptidão física. A performance de exercícios aos quais não se está adaptado, de intensidade moderada a alta, resultará em micro lesão muscular.

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