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Cardiologia Angina instável

Por:   •  23/4/2017  •  Resenha  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  511 Visualizações

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Angina instável

                 A angina instável (Al) é definida como uma síndrome clínica situada entre a angina estável e o infarto agudo do miocárdio (IAM). A dor torácica da angina é tipicamente retroesternal, com irradiação para os braços e pescoço, e frequentemente acompanhada por dispneia (RUNGE e OHMAN 2006) sendo desencadeada ou agravada com atividade física ou estresse emocional, é causada pela redução do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco, o que deixa o coração sem oxigênio suficiente para desempenhar a sua função. Ela se diferencia dos demais tipos de angina por ser uma dor que acontece repentinamente e se torna pior com o tempo. Ocorre, aparentemente, sem uma causa específica, por exemplo, a pessoa pode estar descansando ou dormindo e de repente sentir os sintomas. Entretanto, existem alterações relacionadas ao esôfago, estomago pulmão, mediastino, pleura e parede torácica, que apresentam alguns dos sintomas de angina instável, que serão descartadas com os exames necessários. A angina instável é perigosa e pode levar a um ataque do coração. Por esta razão deve ser tratada como uma emergência médica e, ao sentir os sintomas, o paciente deve procurar ajuda. (MÔNICA ARAÚJO 1999).

Fisiopatologia

                O desequilíbrio entre a demanda de oxigênio ao miocárdio determina a angina como manifestação clinica. A isquemia miocárdica acontece como resultado da alteração de perfusão e diminuição da oferta de 02 ao miocárdio. O suprimento inadequado é secundário a anemia, hipóxia e hiperviscosisade sanguínea, às vezes decorrem de uma hipotensão arterial que reduz o fluxo sanguíneo através de uma obstrução coronária. Assim, o desequilíbrio entre oferta e demanda pode ser precipitada por condições extrínsecas ao leito vascular configurando as causas secundarias de angina instável, que estão envolvidos em menos de 10% dos episódios anginosos. O processo primário no lúmen da artéria coronária, que limita a oferta de oxigênio, deve ser o principal responsável pela manifestação clinica que é considerado sob quatro aspectos: Grau de obstrução, leve a moderado, de morfologia irregular e complexa, onde as placas que se rompem apresentam uma fina capa fibrosa de revestimento e um núcleo rico em éster de colesterol e fator tecidual. A vasoconstrição coronária manifesta-se num segmento da artéria epicárdica não envolvida por aterosclerose ou adjacente a uma placa não totalmente ocluída.  Reduções de fluxo sanguíneo, pelo crescimento progressivo das lesões intraluminais, proporcionam um grave desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio. Portanto, os vários mecanismos envolvidos na fisiopatologia da angina instável, associados ao momento imprevisível da sua ocorrência, devem implicar num prognostico bastante variável. (MÔNICA ARAÚJO 1999).

Evolução

               Os pacientes com angina instável evoluem para infarto agudo do miocárdio em cerca de 10% dos casos e, mesmo com o tratamento, este número fica em torno de 4%, o que aumenta o risco de morte a curto e a longo prazos, apesar do estudo TIMI MiB, ter mostrado que ouve uma queda de 2,4% na mortalidade entre pacientes na fase aguda da Angina. A angina instável geralmente é progressiva, apresentando períodos de exacerbação. A progressão da placa aterosclerótica nas coronárias é lenta, inicia-se na infância e pode levar anos para se desenvolver, ou até mesmo não evoluir. Contudo a soma dos fatores de risco como diabetes, obesidade, histórico familiar de doenças do coração, hipertensão, níveis elevados de colesterol LDH, tabagismo, pessoas com idade avançada e sedentarismo, pode contribuir. Tais fatores apresentam características que as colocam em categorias de maior ou menor risco para complicações. Entretanto, o grau de estreitamento provocado pela placa não indica precisamente a chance de complicações. (MÔNICA ARAÚJO 1999).

Tratamento

                 O tratamento para angina instável depende da gravidade do caso clinico. Um dos primeiros tratamentos que o médico irá recomendar é o uso de anticoagulantes como heparina. O médico ainda pode receitar medicamentos que ajudem a lidar com os outros sintomas da doença, como os usados para reduzir a pressão arterial, colesterol, ansiedade ou arritmias. Se não for tratada imediatamente, a angina instável pode ser um precursor do infarto do miocárdio. (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DO CORAÇÃO 2014).

         Se o caso é mais grave, o médico pode recomendar procedimentos mais invasivos para tratar a angina estável, como angioplastias. Ele ainda pode inserir um pequeno tubo com a finalidade de manter a artéria aberta. Se o caso for ainda mais grave pode ser necessária à realização de uma cirurgia cardíaca para criar uma nova rota para o sangue fora da artéria bloqueada. Além destes, é importante que o paciente siga outras recomendações médicas, tais como perder peso, fazer exercícios condizentes com a sua condição e de forma regular, largar o tabaco e adotar um estilo de vida mais saudável de um modo geral. (RUNGE e OHMAN 2006).

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