TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Apendicite

Tese: Apendicite. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/10/2013  •  Tese  •  2.153 Palavras (9 Páginas)  •  624 Visualizações

Página 1 de 9

. INTRODUÇÃO

Apendicite é a inflamação do apêndice vermiforme, decorrente da dificuldade de drenagem do conteúdo apendicular do aumento do volume do apêndice e alterações circulatórias. Neste caso é indicado como tratamento curativo à cirurgia apendicectomia, que é realizada visando diminuir o risco de perfuração do intestino grosso. Essa afecção é muito comum sendo responsável por mais de 50% das emergências cirúrgicas abdominais, apresentando em torno de 10% de complicações no pós-operatório; com predomínio em criança e jovens, principalmente do sexo masculino.

2. APENDICITE

O apêndice é uma pequena projeção digitiforme, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que está ligada ao ceco, exatamente abaixo da válvula ileocecal. O apêndice enche-se com alimentos e esvazia-se regularmente para dentro do ceco, quando se esvazia de maneira ineficaz devido sua luz ser pequena, fica propenso à obstrução, e é particularmente vulnerável a infecção (Smeltezer; Bare, 2004). De acordo Tortora (2002) a inflamação do apêndice denominada apendicite, é precedida pela obstrução do hímem do apêndice por quimo. A inflamação do quadrante inferior direito era considerada uma doença não cirúrgica do ceco (tiflite ou pertiflite) até que Fitz reconheceu apendicite aguda como uma entidade distinta em 1886 (Gomes; Nunes, 20006).

Baseado em Porto (2005), apendicite aguda é um processo inflamatório agudo purulento decorrente da dificuldade de drenagem do conteúdo apendicular, com aumento do volume do apêndice e alterações circulatórias. Nettina (2003), complementa que apendicite pode afetar qualquer grupo etário, porem é mais comum entre homens de 10 e 30 anos. Para Filho (2000), a apendicite aguda trata-se de afecção muito comum sendo responsável por mais de 50% das emergências cirúrgicas abdominais, com predomínio em crianças e jovens, com maior incidência na segunda e terceira, décadas prefere sexo masculino, ocorre antes dos 05 ou 60 anos em cerca de 7% dos casos.

A apendicite pode ser classificada em aguda ou crônica: A apendicite crônica acontece quando há manifestações clínicas recorrentes de comprometimento do apêndice, porém sem sinais de inflamação aguda, comum em apêndices removidos algumas semanas após a crise aguda, onde a parede mostra-se expressada e com infiltrado de mononucleares.(Filho, 2000). Robbins (2001), afirma que os achados morfológicos indicam a apendicite aguda quando ocorre exsudação neutrofilica escassa por toda mucosa, submucosa e muscular; migração neutrofilica perivascular e apendicite aguda avançada (apendicite supurativa aguda), em caso de infiltração neutrofilica mais grave; exsudato seroso fibrinopurulento; formação de abscessos luminais com ulceração necrose supurativa.

Smeltezer e Bare (2004) compreendem que, o apêndice torna-se inflamado e edemaciado em conseqüência de ficar dobrado ou ocluido por um fecalito, tumor ou corpo estranho, e com a instalação do processo inflamatório inicia-se uma dor abdominal superior generalizada, progressivamente intensa que se torna localizada no quadrante inferior direito do abdômen dentro de algumas horas.

Doenges, Moorhouse, Geissler (2003) considera que, o paciente pode relatar dor abdominal ao redor do epigástrio e da cicatriz umbilical, de inicio insidioso e torna-se progressivamente intensa. A dor pode localizar-se no ponto de Mc Burney (metade do trajeto entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca direita) e ser agravada pelo caminhar, espirrar, tossir ou pela respiração profunda.

A dor epigástrica ou periumbilical vaga progride para a dor no quadrante inferior direito e, é acompanhado de febre baixa, náuseas e por vezes vômitos. A perda do apetite é comum, a hipersensibilidade local gerada no ponto de Mc Burney mostra-se presente. A extensão da hipersensibilidade e do espasmo muscular assim como da existência de constipação ou diarréia depende da intensidade do apêndice e da sua localização. "Quando o apêndice se enrola para trás do ceco, a dor e a hipersensibilidade podeser sentidas na região lombar" (Smeltzer; Bare, 2004).

Para Filho (2000), a complicação principal da apendicite aguda é a perfuração do órgão, que acontece quando há necrose da parede, geralmente provocada por transtorno circulatório. A parede torna-se cianótica, friável, esfacela-se, rompendo-se. Lowe e Stevews (2002) afirmam que, podem ocorrer complicações como o envolvimento das alças intestinais adjacentes, causando perfuração do intestino delgado; o omento pode se tornar aderente, localizando a peritonite à direita da fossa ilíaca a disseminação da infecção pelos ramos da veia porta pode atingir o fígado, causa importante de abscessos portais hepáticos prêmicos.

De acordo Nettina (2003), o tratamento indicado é a cirurgia apendicectomia que pode ser apendicectomia laparoscopia ou simples na ausência de ruptura ou peritonite. A terapia cirúrgica é curativa, e a cirurgia laparoscópica é segura e efetiva com mortalidade mínima, quando se faz o diagnostico rápido (Goldman; Ausiello, 2005).

Para Smeltzer e Bare (2004) a cirurgia esta indicada quando a apendicite é diagnostica, e deve ser realizada logo que possível visando diminuir os riscos de perfuração, desidratação, corrigir ou evitar o desequilíbrio hidroeletrolitico. Podendo ser efetuada sob anestesia geral ou espinhal, com uma incisão abdominal baixa, ou por laparoscopia.

A cirurgia seja eletiva ou de emergência é um evento estressante e complexo para o paciente. A intervenção envolve a administração de anestesia local ou geral, aumentando assim o grau de ansiedade ou provocando alterações emocionais decorrente do anuncio do diagnostico cirúrgico. Isso causa, portanto situações desagradáveis no estado bio-psico-socio-espiritual do paciente, acarretando problemas graves, podendo chegar à suspensão da cirurgia ou até mesmo a morte devida à possibilidade de complicações. (Possari,2006).

Smeltzer e Bare (2004) consideram que o cuidado exige, um conhecimento razoável de todos os aspectos da prática de enfermagem peri-operatória e peri-anestesica, de acordo as três fases da experiência cirúrgica.

I.Pré-operatória que começa quando se toma a decisão de prosseguir com a intervenção cirúrgica e termina com a transferência do paciente para sala cirurgia.

II. Intra-operatória período de tempo da transferência do paciente para mesa de cirurgia até admissão na unidade de recuperação pós-anestesica.

III. Fase pós-operatório onde o cuidado de enfermagem cobre uma ampla gama de atividades durante esse período, começa com a admissão do paciente na unidade de recuperação pré-anestésica ou sala de recuperação

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15.5 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com