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Lineker Faria Silva

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Por:   •  8/7/2014  •  464 Palavras (2 Páginas)  •  338 Visualizações

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Antes de começar a disciplina Currículo Escolar eu tinha uma concepção de que currículo era uma coisa mais técnica, o professor organizava o conhecimento que era imposto pela escola e o aluno aprendia o conteúdo levando pra vida profissional, ou seja, o currículo vem do governo para as escolas e das escolas é passado para o professor, em um plano de ação e de conteúdo que tem que ser ministrado por ele, mas ao decorrer da disciplina eu pude notar que era bem mais do que isso, tinha uma análise mais profunda, de uma compreensão social, crítica e histórica.

O currículo é objeto de debates entre os profissionais da educação, havendo certa dificuldade de consenso sobre seu conceito, que se estende desde um plano de ação até a expressão de uma decisão política, materializada na prática docente, o autor Tomaz Tadeu da Silva destaca vários conceitos de currículo. Ele diz que uma teoria “descobre” o “real”, ou seja, existe uma relação entre a “teoria” e a “realidade”, então a teoria é uma representação da realidade, uma imagem, um reflexo, ou seja, o currículo seria um objeto que anteciparia a teoria, no qual a teoria ajudaria a descobri-lo, descrê-lo, explicá-lo.

No pós-estruturalista não é possível separar a teoria de seus efeitos de realidade, ela não se limitaria só em descrer, descobrir ou explicar, mas sim ela estaria comprometida na sua produção. Quando ela descreve um objeto, por exemplo, é um produto de sua invenção. Ela primeiro cria e depois descobre, porém aquilo que ela cria acaba aparecendo como uma descoberta. Fala que o currículo também é uma questão de poder, e que as teorias devem estar ligadas e envolvidas em questões de poder.

Vindo disso, a questão do poder separa as teorias tradicionais das teorias criticas e pós-criticas do currículo. As teorias tradicionais pretendem ser teorias cientificas, neutras, desinteressadas e as teorias críticas e as pós-criticas, dizem que nenhuma teoria é cientifica, neutra, ou desinteressada, mas sim tem relações de poder.

O currículo não apresenta qualquer valor próprio, sendo, é algo que pode ser trabalhado de acordo com as forças que lhe são exteriores. O currículo se constrói a partir dos influxos políticos, sociais, econômicos, espaciais, temporais entre outros, mas não perde a representação das relações de poder e a produção de subjetividades.

O currículo é um processo e está num constante refazer-se pela prática docente. A forma como se compreende o currículo e como ele é visto impacta a sala de aula e a docência, como teoria em prática. É necessário compreender o currículo como um espaço, um campo de culturas múltiplas que dialogam e negociam seus significados, e só se pode fazê-lo pela prática docente, na medida em que o currículo se estende muito além do papel e da distribuição de disciplinas, conteúdos, métodos e metas.

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