Um estudo sobre o cumprimento das práticas realizadas durante o parto e a posição dos enfermeiros em relação à humanização

1 INTRODUÇÃO

O caos na saúde publica brasileira em todos os estados é um problema seríssimo para os profissionais da área de saúde, a superlotação, as filas para atendimentos ,o tempo enorme de espera pra algum procedimento, espera de ate seis meses em atendimentos consultorias,dentre outros.Com isso prejudica-se e mata a população. A falta vontade política para resolver o problema, a falta de verba suficiente ,administradores negligentes,habitualmente pode ser considerado um agravante importantíssimo, entretanto, quando esta existe é corroída por dois tipos de cupins insaciáveis: a má gestão e a corrupção.

A humanização na área da saúde ainda é escassa, talvez pelas más condições de trabalho oferecidas pelo SUS (sistema único de saúde),a enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através dos séculos, mantendo uma estreita relação com a história da civilização. Tem um papel preponderante por ser uma profissão que busca promover o bem estar do ser humano, considerando sua liberdade, unicidade e dignidade, atuando na promoção da saúde, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e agravos, nas incapacidades e no processo de morrer, cada um deve ser compreendido e aceito como um ser único e integral e, portanto, com necessidades e expectativas particulares.

Com o avanço científico, tecnológico e a modernização de procedimentos, vinculados à necessidade de se estabelecer controle, o enfermeiro passou a assumir cada vez mais encargos administrativos, afastando-se gradualmente do cuidado ao paciente, surgindo com isso a necessidade de resgatar os valores humanísticos da assistência de enfermagem.

O nascimento é historicamente um evento natural. Como é indiscutivelmente um fenômeno mobilizador, mesmo as primeiras civilizações agregaram, a este acontecimento, inúmeros significados culturais que através de gerações sofreram transformações, e ainda comemoram o nascimento como um dos fatos marcantes da vida.A história do parto tem inicio na precariedade, onde inicialmente era realizado como rituais, as mulheres ficavam em pé, sentado ou de cócoras, depois de séculos foi introduzida às parteiras onde era realizado em residências e já na posição horizontal (deitada) onde facilitava o trabalho delas. Com o desenvolvimento da ciência da saúde houve um crescimento progressivo da medicalização da parturição, e como isso a fragmentação desse processo em parto e nascimento, o qual perdura até hoje. O processo de parto e nascimento retirados do seu contexto natural pode ser traumático tanto para a mãe quanto para o bebê.

Esse projeto terá como enfoque a assistência humanizada ao parto, com a seguinte problemática: QUAL É A VISÃO DAS ENFERMEIRAS OBSTETRICAS DA MATERNIDADE DO ISEA EM CAMPINA GRANDE QUANTO À HUMANIZAÇÃO AO PARTO. O nosso projeto se realizará de janeiro a julho de 2012, na Maternidade do ISEA de Campina Grande - Pb, a sua finalidade é observar quais as práticas realizadas durante o trabalho de parto, e qual a posição das enfermeiras quanto à humanização.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Identificar acerca da visão das enfermeiras obstétricas da maternidade do ISEA em campina grande,com relação ao parto humanizado.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS’

 Identificar se existe ou não por parte das enfermeiras resistência à respeito da humanização no parto

 Averiguar quais as praticas realizadas pelas enfermeiras obstétricas na hora do trabalho de parto

 Identificar quais as faixas etárias existente na equipe de enfermeiras obstétricas

 Identificar na equipe de enfermagem possíveis práticas desumanas

 Identificar o que a equipe de enfermagem sabe à respeito da humanização ao parto

 Identificar quanto tempo de atuação as enfermeiras obstétricas da maternidade do ISEA tem.

 Conhecer quantos partos são realizados em média pelas enfermeiras obstétricas do ISEA.

 Identificar quantas parturientes realizaram o pré natal desde o inicio da gestação,em PSF e na maternidade do ISEA.

 

3 JUSTIFICATIVA

A humanização é direito de todos os usuários do sistema único de saúde, pois o atendimento humano para com os enfermos dará suporte psicológico e social aos usuários que irão se sentir mais confortáveis com o modelo implantado na saúde, é preciso que todos que trabalham no SUS estejam preparados e abertos a novas políticas públicas que pedem a implantação da humanização, faz-se necessário de se discutir este tema com os enfermeiros que são os que acolhem diretamente todos os pacientes do SUS,e principalmente com os enfermeiros obstétricos onde este lidam diariamente com o nascimento de novos seres,e que o momento do nascimento para as mães é muitas vezes conflitante por receio de sofrer durante o trabalho de parto ou até mesmo acontecer algo de mais grave com a mãe ou o bebê. O modelo anterior da assistência médica, tutelada pela Igreja Católica, descrevia o sofrimento no parto como desígnio divino, pena pelo pecado original, sendo dificultado e mesmo ilegalizado qualquer apoio que aliviasse os riscos e dores do parto (DINIZ,1997 apud DINIZ 2005.p.228) , a profissão da obstetrícia veio para tentar amenizar as dores e sofrimento durante o parto, mas com o tempo tornou-se uma área bastante mecânica, pois tratavam as parturiente de forma desumana sem respeitar sua privacidade e desejos de participar de forma mais ativa no parto, muito processos intervencionistas foram criados afim de diminuir o tempo de duração do parto, como o uso de ocitocina para acelerar e induzir o parto e também o uso da incisão lateral chamada de episiotomia, que sabe-se hoje que esse modelo intervencionista não respeita a fisiologia da mãe e muitas vezes acometem sérios problemas pós parto, pensando nisso iremos realizar uma pesquisa de campo, com o enfoque nas enfermeiras obstétricas da maternidade do ISEA afim que analisar e perceber a visão destas para com o parto humanizado, e vê como é a preparação da mulher em trabalho de parto,

Acredita-se que esta pesquisa reforçará bases teóricas para a implantação da humanização,pois fazendo com que as enfermeiras obstétricas da maternidade do ISEA pense e repense os valores que o parto normal