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O efeito nutrigenômico do Ômega 3 no organismo

Por:   •  29/3/2024  •  Artigo  •  7.062 Palavras (29 Páginas)  •  36 Visualizações

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O EFEITO NUTRIGENÔMICO DO ÔMEGA-3 NO ORGANISMO

Ana Carolina Ferreira Passarini

RESUMO

O presente trabalho é uma revisão bibliográfica cujo objetivo é apresentar o conceito de nutrigenômica, e através da interação entre a dieta de cada indivíduo, o meio em que se vive e seus genes, traçar suas predisposições genéticas e utilizar este conhecimento na tentativa de uma melhor prevenção de determinadas doenças. Além de expor os efeitos benéficos da ingestão dos ácidos graxos ômega 3, de uma maneira geral e especificamente, sua importância particular durante algumas fases da vida, como a gestação, lactação e seu uso em pessoas idosas.

PALAVRAS-CHAVE: Nutrigenômica; Ômega-3; Ácidos graxos

ABSTRACT

The present work is a bibliographical review whose objective is to present the concept of nutrigenomics, and through the interaction between the diet of each individual, the environment in which they live and their genes, to trace their genetic predispositions and to use this knowledge in the attempt of a better prevention of certain diseases. In addition to exposing the beneficial effects of ingestion of omega

3 fatty acids, in general and specifically, their particular importance during some stages of life, such as gestation, lactation and its use in the elderly.

KEYWORDS: Nutrigenomics; Omega 3; Fatty acids

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO9

  1. NUTRIGENÔMICA E NUTRIGENÉTICA11
  1. Mecanismos Epigenéticos14
  2. Interação dos genes com a dieta16 2 CARACTERIZAÇÃO DO ÔMEGA 317
  1. Principais fontes de Ômega-319
  1. OS BENEFÍCIOS DO ÔMEGA-322
  1. O Ômega-3 na gravidez e lactação24
  2. O ômega-3 para pessoas idosas26 CONCLUSÃO30

REFERÊNCIAS31

INTRODUÇÃO

Embora a nutrigenômica seja uma área relativamente nova da ciência, esta se mostra de extrema relevância para o futuro da nutrição uma vez que através dela se pode ter um novo olhar sobre determinadas doenças. Isso, devido ao fato dela ser uma terapêutica preventiva, onde através dos nutrientes e compostos bioativos presentes no alimento pode-se ter uma modulação da expressão gênica.

Dentro desse contexto é importante que se domine também a nutrigenética, que consiste em conhecer a predisposição do indivíduo a certas doenças crônicas não transmissíveis. Esse conhecimento se faz possível através do mapeamento genético de cada pessoa. Tendo esse conhecimento, o profissional de nutrição pode então adequar a dieta de forma individualizada, buscando os benefícios nutrigenômicos, ou seja, com o intuito de prevenir que o indivíduo chegue a apresentar as doenças de acordo com a sua predisposição genética.

A prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis são de extrema importância nos dias de hoje, visto que segundo o Ministério da Saúde estas foram responsáveis por 72,6% das mortes no ano de 2013, número esse que vem aumentando com o passar dos anos. Nesse contexto, a nutrigenômica se mostra se extrema relevância para a saúde uma vez que esta atua como uma terapêutica preventiva.

Muitos são os estudos que mostram o efeito nutrigenômico, ou seja, preventivo e com potencial de inibir o aparecimento de certas doenças, do ácido graxo ômega-3, em especial o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosa-hexaenoico). Dentre seus benefícios destaca-se a sua capacidade de diminuir a concentração sanguínea dos triacilgliceróis, resposta inflamatória e fatores relacionados a doenças cardiovasculares e cânceres.

O ômega-3 pode ser ingerido através da alimentação, sendo muito encontrado em peixes como a sardinha e o salmão. Porém, alguns autores preferem o seu uso por suplementação, evitando assim a intoxicação por metais pesados.

Dentro da nutrição materno-infantil, a suplementação do ômega-3 vem sendo indicada com muita frequência para as gestantes já há alguns anos, devido aos seus inúmeros benefícios para o feto durante a fase gestacional, e também para o lactente durante a amamentação, como por exemplo a melhora do perfil lipídico, da

saúde visual e do melhor desenvolvimento fetal. Essa suplementação também traz grandes benefícios quando feita corretamente nos idosos, melhorando a qualidade de vida e prevenindo a progressão de certas doenças cardiovasculares e cognitivas.

Há diversos estudos sobre o papel nutricional do ômega-3, principalmente em pessoas de idade mais avançada, entretanto notou-se a necessidade de realizar um trabalho visando averiguar o efeito nutrigenômico desse ácido graxo no organismo, visando assim programar uma forma mais personalizada na prevenção de doenças não transmissíveis. Essa revisão bibliográfica vai abordar o histórico da nutrigenômica, as características do ácido graxo ômega-3 e enfim os benefícios de uma dieta rica em ômega-3 em diferentes estágios da vida humana.

  1. NUTRIGENÔMICA E NUTRIGENÉTICA

A Nutrigenômica surgiu no contexto do Programa do Genoma Humano e tem como objetivo, entender como os componentes da dieta afetam a expressão dos genes e descobrir que genes são induzidos ou reprimidos em face de um determinado nutriente ou CBA e como variações no genoma influenciarão a maneira como o individuo responde à dieta (KAPUT & RODRIGUEZ, 2004; KUSSMANN et al., 2006).

Em 26 de junho de 2000 saiu o primeiro rascunho do genoma humano, seguido de uma versão bem mais detalhada em fevereiro de 2001. Só em abril de 2003 declarou-se oficialmente terminada a primeira etapa do Projeto Genoma Humano. Mais de 99% dos 2,9 bilhões de pares de base que constituem a porção eucromática do genoma humano haviam sido sequenciados com exatidão superior a 99,999%.

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