O Projeto floricultura
Por: lucassoares12351 • 3/2/2022 • Projeto de pesquisa • 1.089 Palavras (5 Páginas) • 141 Visualizações
Efeito de diferentes substratos na propagação por estaquia de alamanda (Allamanda cathartica L.)
Integrantes: Arthur Matias, Lucas Guilherme, Selton Santos.
Introdução
A espécie Allamanda cathartica L. é uma planta da família Apocynaceae, vulgarmente conhecida por como dedal-de-dama ou simplesmente, alamanda. Planta trepadeira ou arbustiva mediante poda, nativa do território brasileiro, comumente com 3 a 3.6 m de altura, podendo atingir até 6 m de altura. Ramos longos e lenhosos a semi lenhosos e suas inflorescência são do tipo terminais, em racemos com flores amarelas em forma de funil. As flores de A. cathartica são incompatíveis e as sementes raramente são produzidas por variedades cultivadas, portanto, a propagação é feita através de estacas vegetativas (Khanam et al., 2020).
A propagação de espécies de flores tropicais ornamentais, por meio da estaquia está bastante difundida por diversos floricultores e amantes da flora tropical, porém os resultados de propagação são variáveis de acordo com os fatores externos e internos que acomete a propagação de diferentes espécies. Entre os fatores internos, destacam-se os seguintes pontos: variação genética, condições fisiológicas, a idade da planta mãe, tipo de estaca e o estágio de desenvolvimento da planta. E como fatores externos, citam-se as condições ambientais a que as estacas são submetidas e o substrato utilizado (Monteguti et al., 2008).
Objetivo
Avaliar a utilização de diferentes substratos para a produção de mudas de alamanda via estaquia.
Metodologia
O experimento será conduzido em casa de vegetação coberta com tela preta tipo sombrite® que permite a passagem de 50% de luminosidade, na Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus Capitão Poço, Pará (UFRA/CCP). O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Am com precipitação anual em torno de 2.500 mm, e uma curta estação seca entre setembro e novembro (precipitação mensal em torno de 60 mm), temperatura média de 26 °C e umidade relativa do ar entre 75 à 89% (SCHWART, 2007). O experimento será executado na época caracterizada como chuvosa (fevereiro a maio de 2022).
O delineamento será o inteiramente casualizado. Serão seis tratamentos constituídos por diferentes substratos (Carolina Soil®; Basaplant®; Bioplant®; Maxfértil®; areia lavada e vermiculita expandida de granulometria média), quatro repetições e 10 estacas por parcela acondicionadas em tubetes com capacidade volumétrica de 280 cm3 contendo os diferentes substratos (tratamentos). Os substratos serão previamente umedecidos a fim de evitar o estresse das estacas. Os tubetes serão suspensos em bancadas a 70 cm do solo.Os substratos serão adquiridos no comércio local, sendo suas características químicas e físicas obtidas a partir de dados existentes nas embalagens, informações diretas junto aos fabricantes e análises realizadas em laboratório.
As estacas de alamanda serão coletadas de plantas matrizes existentes no jardim do campus da UFRA/CCP. Serão utilizadas estacas semilenhosas (terço mediano sem folhas) sadias com 15 cm de comprimento. As estacas serão preparadas com um corte em bisel e, em seguida, imersas, em solução de hiplocorito de sódio a 0,2%, durante 30 segundos e posteriormente na concentração de 8000 ppm de ácido indolbutírico (AIB), por 20 segundos de acordo com a metodologia proposta por Loss et al. (2008). Estas serão plantadas na profundidade equivalente a 1/3 do seu tamanho. Durante a condução do experimento, a irrigação das estacas será efetuada duas vezes ao dia utilizando-se um pulverizador costal com tanque de polietileno e capacidade de 20 L (PJH, Jacto®).
Serão avaliadas, ao final do experimento, as seguintes variáveis: percentual de formação de tecido caloso (TC) (%); sobrevivência de estacas (SE) (%); número de folhas (NF): obtidas pela contagem manual de folhas totalmente expandidas; diâmetro do caule (DC) (mm): obtido por meio de um paquímetro digital; comprimento radicular (CR) (cm): obtido por meio da utilização de uma régua graduada em centímetros; massa fresca da parte aérea (MFPA) (g) e massa fresca do sistema radicular (MFSR) (g): pesadas por meio da utilização de uma balança semi-analítica; massa seca da parte aérea (MSPA) (g) e massa seca do sistema radicular (MSSR) (g): obtidas pelo método da secagem em estufa com circulação forçada de ar à temperatura de 65 ºC por 72 horas e pesadas em balança semi-analítica; e índice de qualidade de Dickson (IQD) - estimado pela fórmula IQD = [MST/(H/DC + MSPA/MSSR)] descrita por Dickson et al. (1960) e por Sousa et al. (2021) para a espécie ornamental Ixora coccínea. Em que: MST = massa seca total; H/DC = razão altura da parte aérea/diâmetro do caule; MSPA = massa seca da parte aérea; e MSSR = massa seca do sistema radicular.
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