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Aproveitamento de água da chuva em Ananindeua

Por:   •  13/11/2015  •  Artigo  •  1.820 Palavras (8 Páginas)  •  561 Visualizações

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POTENCIAL DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA PARA O MUNICIPIO DE ANANINDEUA - PARÁ

Ricardo Angelim da Silva1, Ronaldo Lopes Rodrigues Mendes2, Hermes Matos do Nascimento3, Braian Saimon Frota da Silva4.

1 Estudante de Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, UFPA, CEP 66075 - 110, Belém - PA. Fone (91) 8174-4573. E-mail: ricardoangelimesa@hotmail.com

2 Prof. Doutor, Núcleo de Meio ambiente, UFPA, Belém - PA

3 Estudante de graduação de Engenharia Civil, UFPA, Belém - PA

4 Cie ntista Ambiental formado pela Universidade Federal do Pará, UFPA, Belém – PA

RESUMO: A deficiência no abastecimento de água nos centros urbanos faz com que aumente a procura por água de chuva. Diante disto se faz necessário identificar a disponibilidade existente e a possibilidade de atendimento a demanda. Este trabalho tem por objetivo estimar o potencial de aproveitamento de água da chuva do município de Ananindeua – PA.

PALAVRAS–CHAVE: Água de chuva, Chuva, Aproveitamento,.

POTENTIAL UTILIZATION OF RAINWATER FOR THE MUNICIPALITY OF ANANINDEUA - PARA

ABSTRACT: The deficiency in water supply in urban centers will lead to increased demand for rainwater. Given this it is necessary to identify the existing availability and the ability to supply the demand. This study aims to estimate the potential use of rainwater from the city of Ananindeua - PA.

KEYWORDS: Rainwater, rain, utilization.


1 – INTRODUÇÃO

A região amazônica apresenta sérios problemas de acesso à água, tanto no meio rural com nos centros urbanos. Entre os municípios com mais de 50 mil habitantes, apenas 63,7% é atendida por sistema público (SNIS 2011). Neste contexto, a captação de água de chuva pode dar uma importante contribuição. Para tanto, há a necessidade de se conhecer o potencial de aproveitamento de cada região para assim determinar a viabilidade deste método de abastecimento.

GHISI et al (2006) realizaram um estudo específico sobre o estado de Santa Catarina, que focou o potencial de uso econômico da água da chuva. Os resultados revelam grande potencial do aproveitamento de água da chuva como fonte de abastecimento. Isto em um estado com pluviosidades anuais menores que os estados amazônicos (em torno de 1.700 mm) e maior densidade demográfica. LIMA et al (2011) estudaram a porção Ocidental da Amazônia, aplicando o mesmo método de GHISI et al (op cit). A pesquisa envolveu 40 cidades situadas em 4 estados: Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima. Também demonstra elevado potencial de aproveitamento.

A elevada pluviosidade da Região Metropolitana de Belém (RMB) faz com que a captação de água da chuva seja uma ótima alternativa de abastecimento para a região. O município de Ananindeua, objeto deste estudo, está na RMB e possui apenas 36% de sua população atendida por sistema de abastecimento de água (SNIS 2011). Entende-se que este trabalho permita indicar o potencial de uso de água de chuva no município e colaborar para ampliar o abastecimento.

2 - MATERIAL E MÉTODOS

Para a realização deste estudo foram os utilizados os mecanismos do método de GHISI et all (2006) e replicados por LIMA et all (2011), além de FLORES et all (2012), onde 3 variáveis são fundamentais para determinar o potencial de aproveitamento de água da chuva. São elas: precipitação pluviométrica, consumo de água e infraestrutura de captação (área de telhado).

PLUVIOSIDADE: A pluviosidade foi determinada a partir de dados de precipitação de séries históricas de 30 anos da estação do 2° DISME do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET PA - 2011), e trabalhados por FLORES et al (op cit). Foram trabalhadas séries históricas do período que vai de 1931 até 1960 e de 1961 até 1990. A partir destas séries foram determinadas as normais climatológicas da Região metropolitana de Belém, que são as médias aritméticas calculadas para os meses do ano a partir das séries históricas fornecidas.

DEMANDA: A demanda de água potável na região foi obtida através do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2010).

ÁREA DE CAPTAÇÃO: O método utilizado para determinar a área de captação disponível nos municípios da região metropolitana de Belém foi semelhante ao utilizado por Flores (2012). Para isto foi determinado o número de amostras de telhado a serem medidas. O cálculo estatístico foi aplicado a partir do número de domicílios particulares permanentes do município de Ananindeua, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2010). As amostras foram estratificadas por área do município com um nível de confiança de 95% e margem de erro de 2%.

As amostras de telhados medidos foram selecionadas de maneira aleatória, da seguinte maneira: em cada quarteirão foi realizada contagem no sentido horário onde as casas escolhidas ficavam num intervalo de 5 casas de uma para outra. A medição das áreas dos telhados foi realizada com a importação das imagens fornecidas pelo Google Earth e exportadas e medidas no software Auto Cad. De posse dos dados de precipitação e área de captação é possível estimar o volume de água que poderia ser captado e se este pode suprir a demanda a ser atendida. Os dados são interpretados e manipulados da seguinte maneira: Para cada 1 mm de chuva precipitado sobre 1 m² de telhado temos 1 litro de água captada. Assim, 1 mm de chuva = 1 litro / m². Então: Disponibilidade de água (litros / mês) = (mm de chuva / mês) x área de captação (m²).

3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Região Metropolitana de Belém se caracteriza por não possuir estações do ano bem definidas, mas sim por apresentar um período chuvoso, que se estende de Janeiro até Maio, e um período menos chuvoso que se estende de Junho até Dezembro. Na figura 1 são apresentadas as normais climatológicas disponibilizadas pelo INMET com as series históricas de 1931 a 1960 e 1961 a 1990.

ÁREAS DE TELHADOS: Para determinar a área média dos telhados de ananindeua foram selecionadas 1091 amostras de um total de 125.853 domicilios (IBGE 2010). Neste municipio foi constatada a predominancia de casas com áreas de telhado compreendidas entre 20 m² e 60 m², representando 47,5 % dos domicilios (Figura 2).

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