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GESTÃO ORGANIZACIONAL CONCEITOS GERAIS

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Por:   •  16/5/2014  •  3.720 Palavras (15 Páginas)  •  278 Visualizações

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A estrutura organizacional influencia diretamente a postura estratégica das organizações, sendo este um fator importante, que aumenta a inatividade, impactando positivamente a competitividade e a longevidade das empresas. No Brasil, o universo das empresas inovadoras vem crescendo nos últimos anos, ocasionando o aumento da taxa de inovação.

Entretanto, não se encontram estudos que verificam se a estrutura organizacional das empresas inovadoras no contexto Brasileiro é vertical ou horizontal, bem como se esta estrutura influencia na taxa de inovações. Para tanto, este estudo tem como objetivo verificar a estrutura organizacional das empresas inovadoras Brasileiras, e analisar a sua influência sobre as inovações. Como resultado, tem-se que no contexto das empresas Brasileiras, as inovações são influenciadas positivamente pela estrutura organizacional vertical.

Atualmente, as organizações necessitam estar globalizado, conhecer os seus processos, suas interações e seus resultados, para gerenciá-los de forma adequada, a fim de manter o sistema controlado e seus objetivos e metas atendidos. Ozsomer, Calantone e Di Benedetto (1997) ressaltam que a estrutura organizacional influencia diretamente a postura estratégica da empresa, sendo este um fator importante, que aumenta a inatividade.

A escolha de uma empresa por agressividade, competitividade, estratégia de risco, influencia a inatividade. As empresas inovadoras se diferenciam dos seus concorrentes, alterando os seus métodos de produção e produtos, bem como no modelo de gestão. Consoante isso, a estrutura organizacional da empresa pode influenciar diretamente no desenvolvimento das inovações (Menguc, Auh, 2009).

2.0 Desenvolvimento

2.1 Estruturas Organizacionais

Estrutura organizacional é a forma pela qual as atividades desenvolvidas por uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Num enfoque amplo inclui a descrição dos aspectos físicos (ex.: instalações), humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e econômicos. Não existe uma estrutura organizacional acabada e nem perfeita, existe uma estrutura organizacional que se adapte adequadamente às mudanças. Em macroeconomia também se usa o termo estrutura para as organizações, marcadamente para as indústrias ("estrutura industrial"), ou seja, quando há grandes variações no valor agregado industrial há a explicação de ocorrência de mudanças "estruturais" profundas.

A estrutura organizacional de uma empresa pode ser demonstrada através de um organograma organizacional, onde dois enfoques são normalmente observados. Sendo eles, as chamadas horizontalização ou verticalização. A base é definida como a ampliação da quantidade de órgãos ligados a um núcleo de comando ou, por outro lado, a redução da quantidade desse comando. Quando há a amplitude de comando ou aumento quantidade de subordinados de uma determinada chefia, está sendo considerada uma estrutura horizontal (Ostroff, 1999; Lumpkin, Dess, 2004; Brews, Tucci, 2004).

O modelo tradicional de uma estrutura organizacional vertical tem uma estrutura hierárquica ou piramidal, com um presidente na parte superior, um pequeno número de vice-presidentes ou administradores subordinados ao presidente, e outros níveis hierárquicos abaixo deste, até base da pirâmide, assim o número de níveis hierárquicos depende do tamanho da organização (Brews, Tucci, 2004).

Para Hansen e Nohria (2004) qualquer organização, independente da forma como está constituída, deve executar certas tarefas, a fim de realizar o trabalho a que se propôs em sua constituição. Os postos de trabalho na estrutura organizacional vertical geralmente são agrupados por função em departamentos como marketing, contabilidade, vendas, recursos humanos, entre outros. O agrupamento de funções permite a eficiência e promove o desenvolvimento e uma maior especialização (Brews, Tucci, 2004).

Neste cenário, uma desvantagem do agrupamento por funções é que pessoas com as mesmas habilidades e conhecimento podem desenvolver uma visão simplista dos departamentos e ter dificuldade em apreciar outra visão do que é importante para a organização, assim, os objetivos organizacionais, as ideias inovadoras, podem ser sacrificados em prol de objetivos departamentais. Contudo, a coordenação dos trabalhos para além do agrupamento por funções pode tornar-se um desafio de difícil manejo, especialmente quando a empresa cresce em tamanho e se espalha para múltiplas localizações geográficas (Hansen, Nohria, 2004).

Segundo Fayol (1946) a unidade dentro da cadeia de comando, a autoridade, a disciplina, a especialização de tarefas, e outros aspectos do poder de organização e separação de trabalho criou todo um contexto para as organizações verticalmente estruturadas, as quais são caracterizadas por classificações de cargos distintos e estruturas de autoridade de cima para baixo, ou ainda uma forma que ficou conhecida como a estrutura organizacional tradicional ou clássica.

Em uma estrutura hierárquica verticalizada a alta cadeia de comando e subordinação dos interesses individuais aos objetivos da organização foi combinada para resultar em organizações constituídas por departamentos funcionais, onde deve ser mantida a ordem, a disciplina as regras, os regulamentos, e os procedimentos operacionais padronizados (Kennedy, 1985; Lumpkin, Dess, 2004; Brews, Tucci, 2004). Para Lumpkin e Dess (2004) essa visão clássica, ou estrutura burocrática das organizações foi o padrão dominante de organizações de pequeno porte, sendo responsável pelo chamado o boom econômico que ocorreu desde o inicio do século XIX até a Grande Depressão por volta de 1930.

Neste contexto, muitos são os autores que defendem a abordagem de achatar a organização, para desenvolver as conexões horizontais e de enfatizar as relações de subordinação vertical, onde muitas vezes trata-se de simplesmente eliminar as camadas de gerência (Kennedy, 1985; Rummler, Brache, 1995; Nadler, Shaw, Walton, 1995; Ostroff, 1999).

Ticoll (2004) explica que a estrutura organizacional vertical ainda perpetua sobre as práticas atuais de gestão. A estrutura de cada organização é única, em alguns aspectos, mas todas as estruturas organizacionais se desenvolvem ou são projetadas para permitir que esta possa realizar seu trabalho. Consoante isso, a estrutura de uma organização evolui à medida que a organização cresce e se modifica ao longo do tempo.

Segundo Ostroff (1999) a organização horizontal reduz níveis hierárquicos pela eliminação de trabalhos que não agregam valor e pela transferência

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