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Infraestrutura De Redes

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Por:   •  18/9/2013  •  3.222 Palavras (13 Páginas)  •  522 Visualizações

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REDES SOCIAIS "Redes são estruturas organizacionais frágeis como os desejos humanos, porém tão fortes quanto eles." SOBRE ESTE DOCUMENTO Um projeto de construção de um conceito de rede torna-se necessário, no mínimo para servir de parâmetro para o debate. Este documento se propõe a ser uma compilação de aspectos fundamentais do tema redes sociais aplicados ao contexto corporativo/social em questão. REFERÊNCIAS DESTE DOCUMENTO Fritjof Capra e Manuel Castells, através de textos de Cássio Martinho PRESSUPOSTO É possível construir formas de organização social inovadoras, baseadas em princípios democráticos, inclusivos, emancipadores e que busquem a sustentabilidade do sistema em que se inserem. Desta forma, organizações, pessoas e grupos de todas as partes, do local ao global, podem somar seus talentos, vocações e recursos em torno de objetivos comuns e fortalecer a ação de todos. O padrão de organização em rede favorece os atores sociais a empreenderem, obterem resultados e promoverem a transformação da realidade. UMA DEFINIÇÃO Ela é articulação entre diversas unidades que, mediante certas ligações, vão trocando elementos de qualquer natureza entre si – informações, recursos, bens etc. –, fortalecendo-se, reciprocamente. Esses elementos podem se multiplicar em novas unidades, que fortalecerão todo o conjunto e, ao mesmo tempo, serão fortalecidas por ele. É processo em contínua expansão que fortalece seus membros. Conceito sucinto para rede: padrão de organização constituído, necessariamente, de agentes autônomos que, interligados, cooperam entre si. Eles são os elementos da rede. Rede pressupõe ocorrência de processos colaborativos em plano, sem subordinação. COMO A REDE SE AUTO-REGULA "A primeira e mais óbvia propriedade de qualquer rede é a sua não-linearidade - ela se estende em todas as direções. Desse modo, as relações num padrão de rede são relações não-lineares. Em particular, uma influência, ou mensagem, pode viajar ao longo de um caminho cíclico, que poderá se tornar um laço de realimentação. (...) Devido ao fato de que as redes de comunicação podem gerar laços de realimentação, elas podem adquirir a capacidade de regular a si mesmas. Por exemplo, uma comunidade que mantém uma rede ativa de comunicação aprenderá com seus erros, pois as conseqüências de um erro se espalharão por toda a rede e retornarão para a fonte ao longo de laços de realimentação. Desse modo, a comunidade pode corrigir seus erros, regular a si mesma e organizar a si mesma. Realmente, a autoorganização emergiu talvez como a concepção central da visão sistêmica da vida, e, assim como as concepções de realimentação e auto-regulação, está estreitamente ligada a redes." A ORDEM DAS REDES Na rede, a ordem é uma co-produção de todos. Essa ordem é produzida por uma dinâmica de auto-ajuste recíproco entre cada um dos elementos que compõem a rede, em função de laços de realimentação. Os elementos da organização-rede se

ajustam uns aos outros, em função de seus erros e acertos, até o estabelecimento de um modo coordenado de funcionamento. É um processo de intenso movimento e rearranjo. Não há um controle central em tal dinâmica, isto é, não é um ou outro dos elementos que comanda o grupo, dizendo "assim está bom, assim não está bom". Não. A organização emerge das relações entre os elementos. Trata-se, portanto, de um processo de auto-organização. Nunca o termo "coordenação" foi tão bem empregado. * UMA DEFINIÇÃO ACADÊMICA “Uma estrutura social com base em redes é um sistema aberto altamente dinâmico suscetível de inovação sem ameaças ao seu equilíbrio. Redes são instrumentos apropriados para a economia capitalista baseada na inovação, globalização e concentração descentralizada; para o trabalho, trabalhadores e empresas voltadas para a flexibilidade e a adaptabilidade; para uma cultura de desconstrução e reconstrução contínuas; para uma política destinada ao processamento instantâneo de novos valores e humores públicos; e para uma organização social que vise a suplantação do espaço e a invalidação do tempo.” Manuel Castells, cientista social espanhol, autor de “A Sociedade em Rede”, primeiro volume da enciclopédica trilogia “A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura”. * MOBILIZANDO AFETOS E DESEJOS Gratuidade e desejo são dois dos fluxos psicossociais que deflagram a participação voluntária nas redes. São processos espontâneos, profundamente humanos, que movem as pessoas em direção a projetos que transcendem a lógica acumulativa do lucro e a ambição de mercado. Nesse sentido, as redes se sustentam sobre o exercício do que poderíamos chamar de paixões humanas solidárias, próprias dos vínculos afetivos sociais. A prática da cooperação desinteressada, que pode ser encontrada num sem-número de situações cotidianas, em ambientes familiares, mundanos ou públicos, é uma manifestação clara desse agenciamento de solidariedade inerente ao convívio social. ANIMANDO A REDE As estratégias de animação nas redes compreendem basicamente quatro grandes conjuntos de ações: 1) POTENCIALIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO; 2) CRIAÇÃO DE ESPAÇOS PRESENCIAIS DE CONVERSAÇÃO; Significa promover encontros presenciais, nos quais os participantes da rede possam ter a oportunidade de estabelecer contatos, conversar, trocar idéias e intercambiar experiências, se reconhecer no outro, construir sensos de identidade, comparar diferenças e criar vínculos afetivos. Tais encontros podem ser de tipos variados: desde contatos de articulação e reuniões de trabalho (encontros de pequeno porte), passando por grupos de estudos, cursos e palestras a eventos de maior envergadura, como seminários ou congressos. Encontros presenciais podem ter caráter de trabalho, de decisão, de intercâmbio técnico, de manifestação política ou somente de interação pessoal, festa e diversão. Não importa o seu formato, feitio ou ambição. Os encontros presenciais são capazes de animar a participação porque constituem-se em espaços de conversação nos quais as humanidades podem se reconhecer e se realimentar. A experiência tem revelado que os índices de participação em atividades de trabalho, listas de discussão e reuniões de rede mantêm relação direta com a ocorrência de um encontro presencial mobilizador. Na medida em que se distancia no tempo o momento de ocorrência desse evento, a participação nas ações da rede vai se reduzindo. Até que novo encontro presencial de significado

relevante surja para elevar de novo os índices de participação. Com efeito, o ápice de participação coincide com a realização desses encontros. 3) ESTÍMULO À INTERAÇÃO LATERAL NO

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