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Por:   •  28/5/2014  •  Tese  •  1.072 Palavras (5 Páginas)  •  375 Visualizações

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Somos cada dia mais escravos do tempo e nosso corpo nos dá o troco. Para não perdermos o tempo, perdemos a vida

Você já se deu conta que o tempo é hoje um dos grandes vilões da humanidade? Muitas das nossas grandes frustrações como a falta de humor, felicidade, prazer com coisas pequenas da vida pode estar relacionada a esta palavra: tempo. Ou melhor, a falta dele. A vida moderna nos deixou escravos da marcação precisa do tempo, e uma pequena máquina que mede horas, minutos e segundos, mudou completamente nossa vida e está presente o tempo todo em: horários rígidos de reuniões, estresse, agitação, longas jornadas de trabalho, compromissos inadiáveis, correria em levar os filhos aos cursos, tempo de ganhar dinheiro, espera nas longas filas do cinema, dos supermercados, das liquidações e finalmente dos congestionamentos que nos enlouquecem.

E quais são as consequências disto para nós, você já teve um tempinho para pensar? É um ser humano mais domesticado, aliás, mais robótico, somos praticamente sistemas tecnológicos que nos deixam cada dia mais ansiosos, insensíveis ao que é belo, a perceber um sorriso de nosso filho, estamos sem conexão com a natureza, esquecemos até de dar e receber amor.

Se não conseguimos parar de ser escravos do tempo porque a vida de hoje nos impõe este tipo de regra, que tal ao menos começar a ter consciência e tentar amenizar este efeito? Eu li um livro que me ajudou bastante a começar uma outra postura em relação a vida, chama-se: “Perca Tempo – É no lento que a vida acontece”, do sociólogo e jornalista Ciro Marcondes Filho. Ele começa analisando aquela velha frase eleita como a que representa com mais exatidão a forma que nossa civilização atualmente trata o tempo: “Tempo é dinheiro”. O autor afirma que hoje o tempo é visto como algo a ser ganho, acumulado, apropriado progressivamente, sem medidas ou limites. Mas o livro nos faz enxergar que é preciso parar e voltar a perder tempo com nós mesmos, traz dicas ótimas de como nos apropriarmos novamente do tempo de nossas vidas. Sabe, estou cada vez mais convencida de que o correto é seguir o título deste livro, afinal, “é no lento que a vida acontece”!

“Tempo é dinheiro” pode ser, sem dúvida alguma, eleita como a frase que representa com mais exatidão a forma que nossa civilização atualmente trata o tempo. Hoje o tempo é visto como algo a ser ganho, acumulado, apropriado progressivamente, sem medidas ou limites. Como se ter mais e mais fosse o exemplo a ser seguido, o objetivo maior e unânime, o modelo instaurado, propagado e obedientemente reverenciado.

Da mesma forma egoísta, insustentável e irracional que o homem faz com as terras, os imóveis, os recursos e todo patrimônio universal contido no globo. Poucos são donos de muito. E o resultado não poderia ser outro: desequilíbrio. A desarmonia prevalece num sistema que coloca resultados, lucros e metas na frente da saúde ou da qualidade de vida.

Os bancos oferecem empréstimos para as pessoas realizarem o quanto antes o sonho de ter um carro zero ou fazer a primeira viagem à Europa. As lojas de departamento disponibilizam crediários para os consumidores não esperarem meses juntando para redecorar suas casas. As universidades disputam novos estudantes com o argumento de quem forma em menos tempo. A indústria comercializa produtos que prometem mais nutrição em menos tempo, mais músculos em menos tempo, mais beleza em menos tempo. E, mais do que tudo, menos peso em menos tempo.

É dentro desse conturbado contexto social e humano, que Ciro Marcondes Filho desenvolve os estudos e as idéias que o fizeram escrever Perca Tempo – É no lento que a vida acontece. O livro traça um panorama da situação em que a civilização moderna se encontra, expondo as consequências que a vida maquínica pode ter e esclarecendo de que forma podemos mudar esse quadro.

“Nossa vida cotidiana marcada por pressa,

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