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RESUMO CERRADO ECOSSISTEMA X PROBLEMAS AMBIENTAIS

Por:   •  15/3/2019  •  Resenha  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  168 Visualizações

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UNIVERSIDADE CEUMA

PRO - REITORIA ACADÊMICA DE ENGENHARIA

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE I

PROFESSORA  NAILA ARRAES DE ARAÚJO

ALUNOS: MAICON JARDIM CAMPELO - CPD: 67496

JADSON BRUNO DE MORAES – CPD: 66822

“ECOSSISTEMA X PROBLEMAS AMBIENTAIS”

SÃO LUIS-MA

2016

KLINK, Carlos. A conservação do Cerrado brasileiro.  

FERNANDES, Paula. O Cerrado e suas atividades impactantes: uma leitura sobre o garimpo, a mineração e a agricultura mecanizada.

O Cerrado é o segundo maior bioma do território brasileiro, ficando atrás apenas da Amazônia, ocupa 21% do território do Brasil, onde está localizado na região central brasileira. O clima do Cerrado é estacional, com temperaturas médias entre 22° C a 27° C, possui um período chuvoso que vai de outubro a março, seguido de estiagem que vai de abril a setembro. O Cerrado possui a mais rica flora dentre as savanas do mundo com mais de 7.000 espécies, com alto nível de endemismo. A riqueza de espécies de aves, peixes, répteis, anfíbios e insetos é igualmente grande.

        Tendo seu solo considerado improdutivo, os remanescentes do Cerrado que existem hoje, foram desenvolvidos nesse solo, que para torna-los para agricultura é utilizado fertilizante e calcário. Portanto, a pobreza desse solo não se torna um impedimento para a ocupação de grandes extensões dessa área pela agricultura moderna, principalmente a agricultura da soja.

        Cerca de metade dos 2 milhões de km² da área que o Cerrado ocupa foi transformado em cultivo de pastagens, culturas anuais e outros tipos de uso. A destruição do Cerrado continua de forma acelerada. As taxas anuais de desmatamento também são mais elevadas no Cerrado: entre os anos de 1970 e 1975, o desmatamento médio no Cerrado foi de 40.000 km² por ano – 1,8 vezes a taxa de desmatamento da Amazônia durante o período de 1978-1988.

        As transformações ocorridas no Cerrado têm acarretado grandes consequências e problemas ambientais, como: fragmentação de hábitats, extinção da biodiversidade, invasão de espécies exóticas, erosão dos solos, poluição dos aquíferos, degradação dos ecossistemas, etc.

        As queimadas feitas para estimular a rebrota das pastagens, ocasionam a perda de nutrientes do solo, a compactação e a erosão.

        A mineração e o garimpo têm seus papéis na aceleração do desaparecimento do Cerrado, seus impactos causam várias formas de poluição entre elas, estão: poluição das águas, poluição sonora, poluição do ar e subsidência do terreno. Com isso, esses de tipos de extrações não afetam apenas o bioma, atingem também as populações locais que vivem nessas regiões desse ecossistema, que acabam não obtendo água própria para o consumo e precisam conviver com o ar poluído, assim como, com a poluição sonora. Sabe-se que inúmeros resíduos na mineração, e que são de alta periculosidade tanto para o bioma, quanto para o homem. Na exploração mineral ferro, na região de Minas Gerais, tem como principal problema a antigas barragens de contensão, que causa a poluição das águas. O chumbo, zinco e a prata têm como principal resíduo o arsênio.

        A exploração do ouro também tem grande impacto ao ambiente, pois o uso do mercúrio, na sua exploração, atinge as populações ocupacionais e as não-ocupacionais. A exploração do ouro causa a exposição direta dos trabalhadores ao mercúrio metálico nos ambientes de trabalho e a exposição indireta de populações não-ocupacionais que estejam próximas as áreas garimpeiras.

A carvoaria foi uma atividade de grande impacto negativo nesse ambiente, o que gerou perdas de árvores, com sua cultura sendo feita de forma errada, para a geração de carvão com a finalidade de suprir as necessidade das siderurgias, além de servir para abastecer as residências no uso doméstico.

Mas as principais ameaças do Cerrado nos últimos tempos estão centradas na expansão da agricultura e da pecuária. A agropecuária expandiu-se com o uso intensivo de agrotóxicos, fertilizantes e corretivos; irrigação sem controle; pisoteio excessivo de animais; monocultura e cultura em grande escala; uso inadequado de fatores de produção, traduzido, no caso especifica, no emprego de alta tecnologia química e pesada mecanização. A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas as maiores e mais amplas ameaças a biodiversidade.

Estima-se que até 2.000 mais da metade da área total do Cerrado atual foi modificada pela agropecuária. Concomitantemente com o aumento das atividades agropastoris e com o acelerado ritmo de processo de urbanização na região, no período de 1970 a 1991, houve um incremento demográfico de 93% na região do bioma Cerrado. Essa rápida invasão também contribui para o aumento da pressão sobre as áreas ainda não ocupadas pelo Cerrado.

        As amplas transformações ocorridas do Cerrado e a ameaça de muitas de suas espécies tem provocado o surgimento de iniciativas de conservação por parte do governo, de organizações não governamentais, pesquisadores e do setor privado. Uma rede de ONGs (a Rede Cerrado) foi estabelecida para promover localmente a adoção de práticas para o uso sustentável dos recursos naturais. Em 2003, a Rede Cerrado encaminhou um documento conceitual ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) com recomendações para a adoção de práticas urgentes para a conservação desse ecossistema. O MMA consequentemente definiu um grupo de trabalho que em 2004, propôs um programa de conservação chamado Programa Cerrado Sustentável. A proposta visou também a integração de ações para a conservação em regiões onde atividades agropecuárias são especialmente intensos e danosos e amplamente disseminadas.

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