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O Ensino da Matemática

Por:   •  29/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.674 Palavras (7 Páginas)  •  227 Visualizações

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Revisão de literatura

Considerado o pai da Etnomatemática no Brasil, D’Ambrósio (1990) a Etnomatemática é a arte de explicar, de conhecer, de entender como nos diversos contextos culturais investigações que adotam essa linha de pesquisa procuram identificar as técnicas ou mesmo habilidades práticas desenvolvidas por grupos de culturas diferentes com o objetivo de conhecer, de entender o mundo que nos cerca e utilizar esse entendimento em favor do desenvolvimento do grupo ou individual. Temos como consequência dessa busca por entendimento a pesquisa e como a mesma pode ser trabalhada em uma aula de Matemática, bem como apontar os aspectos relacionados a Etnomatemática.

A matemática crítica e a Etnomatemática têm uma ligação que fica bem evidente em alguns trabalhos que foram publicados em congressos, trabalhos de conclusão de curso de graduação e de pós graduação, alguns dos temas que reforçam essa relação são: “Etnomatemática e Educação Indígena”, “Etnomatemática e Educação Urbana”, “Etnomatemática e Educação Rural”, “Etnomatemática e a Formação de Professores”

Um tema que se destaca e a Etnomatemática na educação de jovens e adultos. O EJA e uma modalidade de ensino que contempla jovens e adultos que não cursaram o ensino fundamental e médio na idade apropriada. A lei que rege a educação no nosso país é a LDB 9.394/96, que no seu artigo 37 e 38 trata dessa modalidade de ensino. A matemática no EJA é melhor absolvida pelos alunos quando trabalhada na forma contextualizada, fazendo relação com o cotidiano dos alunos assim aplicando a matemática a realidade vivida pelos alunos, como sugerido por Fonseca:

“O processo de ensino e aprendizagem de matemática na EJA deve incorporar à prática pedagógica, conceitos, procedimentos e atitudes relativos ao conhecimento matemático e desenvolvidos em meio às vivências dos alunos, os quais emergem em suas interações sociais, experiências pessoais e profissionais e integram sua cultura. Dessa maneira, é necessário incorporar à educação matemática os conhecimentos e procedimentos construídos e adquiridos nas leituras que esses jovens e adultos fazem do mundo e de sua própria ação nele, de maneira a expandir e diversificar as suas práticas de leitura do mundo,

possibilitando o acesso democrático à cultura letrada”.

(FONSECA, 2002,p. 59).

Não existe mais espaço na educação matemática para os modelos antigos que eram baseados na mera reprodução, o professor no modelo antigo passava um problema matemático e de forma passiva os alunos reproduzem de forma mecânica as soluções, esses mesmos alunos ao saírem do ambiente escolar serão alunos sem opinião, sem critica. O professor tem que ser um mediador na sala levantando questionamentos que fazem parte do cotidiano dos alunos para mostrar a parte prática e a aplicação real, sempre questionando e construindo saberes e não meramente reproduzindo.

Uma alternativa proposta por D’Ambrósio é que o currículo matemático seja voltado para a criatividade, para a curiosidade e para a crítica e questionamentos permanentes, assim contribuindo para a formação de um cidadão no sentido mais amplo e não para ser apenas uma mão de obra para as classes dominantes. O ensino da matemática de forma não mecânica deve ser acessível a todo indivíduo e a importância dessa não mecanizada tem reflexo em contexto social, político, econômico e ideológico.

Ao se realizar esse estudo se faz necessário identificar os conceitos e definições nas quais os mais diferentes autores consideram sobre a Etnomatemática. O professor e autor Ubiratan D’Ambrósio é considerado o idealizador da expressão ”Etnomatemática”. O professor e autor nos mostra ao longo de suas obras alguns pontos defendendo a existência de varias matemáticas, consideradas como Etnomatemática. Para o professor Ubiratan:

“Indivíduos e povos têm, ao longo de suas existências e ao longo da história, criado e desenvolvido instrumentos de reflexão, instrumentos materiais e intelectuais [que chamo ticas] para explicar, entender, conhecer, aprender para saber e fazer [ que chamo de matema] como resposta a necessidades de sobrevivência e de transcendência em diferentes ambientes naturais, sociais e culturais [que chamo de etnos] “

(D’AMBROSIO, 2009, p.60)

A alternativa que o professor propõe é orientar o currículo matemático para a criatividade, para a curiosidade e para crítica e questionamento permanentes, contribuindo para a formação de um cidadão na sua plenitude e não para ser um instrumento do interesse, da vontade e das necessidades das classes dominantes. A invenção matemática é acessível a todo indivíduo e a importância dessa invenção depende do contexto social, político, econômico e ideológico.

a motivação do aluno pela disciplina Matemática passa por muitos fatores, que vem desde a qualificação do professor que está ministrando a matéria, que em muitas das vezes a sua formação acadêmica é em outra área, e a mistificação que muitos dos pais, passam a seus filhos devido aos mesmos terem tido alguma dificuldade, há alguns anos atrás com a matemática, mas especificamente a tabuada era motivo de medo de muitos, devido as consequências dos erros, quando o professor iria fazer a pergunta ao aluno.

Para tentar quebrar esse paradigma da disciplina como vilã, o professor como um interlocutor do processo de ensino aprendizagem no que diz respeito a educação, tem que se utilizar de recursos que venham a motivar e trazer a matemática para a realidade dos alunos como instrumento para as aulas pois como nos diz D`Ambrósio (1998, p31):

É muito difícil motivar com fatos e situações do mundo atual uma Ciência que foi criada e desenvolvida em outros tempos em virtude dos problemas de então, de uma realidade, de percepções, necessidades e urgências que nos são estranhas. Do ponto de vista de motivação contextualizada, a Matemática que se ensina nas escolas hoje é morta. Poderia ser tratada como um fato histórico.

O professor na figura de motivador tem que adaptar as suas aulas, de modo que as mesmas fiquem mais atrativas, matemática atrelada a cultura dos alunos pode ser um instrumento dessa motivação à medida que o professor leva para sala de aula e trabalha o conteúdo com seus alunos através de textos de assuntos que fazem parte da realidade vivida pelos alunos e que após o trabalho com os textos o aluno seja capaz de construir pensamentos estruturados sobre o objeto de estudo que está inserido no texto.

A Matemática Crítica deve partir do principio que

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