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Iniciativas Público-privadas Para o Avanço da Economia Circular no Brasil

Por:   •  11/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  513 Palavras (3 Páginas)  •  136 Visualizações

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A economia circular, apesar de ser um conceito relativamente novo, tem sido cada vez mais utilizada – de forma estratégica – pelas empresas de todo o país. Baseada na proposta dos Três R’s (reduzir, reutilizar e reciclar) popularizada pela organização ambientalista Greenpeace, a economia circular diz respeito a melhor uso e/ou destinação de resíduos e, necessariamente, deve envolver uma terceira parte como beneficiária e parceira.

Empresas como a Braskem, ArcelorMittal, Flextronics e Nespresso já utilizam há anos estratégias que possuem o mesmo o conceito da economia circular e, no evento Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro de 2020, promovido pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, debateram, junto a representantes do governo, de instituições bancárias e de outros diretores da iniciativa privada, novas formas de o país ampliar ações voltadas ao uso mais eficiente de seus materiais.

O vice-presidente da Braskem, Edson Terra, contou que a empresa se dedica há anos a ações de sustentabilidade, sem saber que se tratava do conceito. Uma pesquisa realizada pela CNI em 2019, mostrou que 76,4% das indústrias no Brasil desenvolvem algum tipo de iniciativa de economia circular, porém 70% dos entrevistados afirmaram nunca ter ouvido falar sobre o termo. Essa mesma pesquisa mostrou que 73% dos empresários acreditam que a cooperação para o aumento das ações deve ser promovida entre consumidores, empreendedores e atores governamentais. 60% entendem que essas práticas são geradoras de emprego, tendo, assim, um papel social importante.

Na avaliação da diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, o avanço da economia circular no Brasil só será possível a partir do estabelecimento de um conjunto de políticas públicas e do aprimoramento de linhas de financiamento voltadas para estimular investimentos em inovação e novos negócios.

Atualmente, as empresas utilizam práticas de sustentabilidade para fortalecimento da própria imagem e, às vezes, obter retorno financeiro com resíduos que, anteriormente, eram simplesmente descartados. No entanto, o papel do governo se torna importantíssimo, à medida que essas ações impactam todo o contexto socioambiental do país – e do planeta. Para incentivar as empresas, poderiam ser criados programas de incentivo fiscal (Rouanet para o setor da cultura, Lei do Bem para o setor de tecnologia) e até mesmo grandes pacotes de investimento, como houve na construção civil, com o programa Minha Casa, Minha Vida.

Outra opção seria o aumento das políticas de financiamento para novos projetos de economia circular. Muitas vezes, as empresas tem ideias e projetos para melhor tratamento de resíduos e não colocam em prática por não terem acesso ao capital necessário para tal. Quando a empresa consegue uma linha de crédito bastante limitada, ela tende a priorizar o investimento em seu processo produtivo, em melhorias no parque fabril para só depois pensar em resíduos, subprodutos, etc.

Além disso, existem milhares de pequenas empresas que poderiam estar na outra ponta da economia circular, sendo, por exemplo, responsáveis por tratar resíduos de alguma grande indústria e transformá-los em novos produtos, assim como cooperativas e associações que poderiam, com acesso a financiamento do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, se estruturar para também

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