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O Fordismo na Economia

Por:   •  17/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.294 Palavras (14 Páginas)  •  147 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

        O presente trabalho é uma análise interdisciplinar do artigo "Da Rotina à Flexibilidade: Análise das Características do Fordismo Fora da Indústria", analisado detalhadamente onde o conteúdo do texto reflete sobre os temas abordados no semestre letivo. O objetivo deste trabalho é relacionar os itens expressos no artigo com o que foi assimilado neste período, assim, o conteúdo está dividido entre as quatro disciplinas abordadas no semestre, na primeira parte, no que tange a disciplina Fundamento e Teoria Organizacional, a analise consiste em relacionar o conteúdo do artigo à estrutura e princípios do fordismo, e como são aplicadas nas organizações modernas, no segundo item, será abordado a disciplina Comunicação e Linguagem, com ênfase na relação do homem com o trabalho e a cultura organizacional predominante especificamente na rede fast-food Mc Donald's.

 No terceiro tópico, a resenha "A Corrosão do Caráter: As consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo" servirá de complemento para que se estabeleça uma relação entre este e o artigo, com base no trabalho, a cultura e a ideologia, segundo Karl Marx, incluídos na disciplina Homem, Cultura e Sociedade, por fim, na disciplina Comportamento Organizacional,  será abordado o termo informacionalismo, e como esse fenômeno alterou os processos comunicacionais no decorrer da história.

Para a formulação deste trabalho foi utilizado todo o conteúdo exposto no decorrer do semestre,  webaulas, textos e livros das disciplinas,  conteúdos abordados nas teleaulas e aulas atividades, alem dos textos de apoio mencionados, o objetivo na elaboração do conteúdo com base nestas referências é homogeneizar todo o conhecimento adquirido de forma  fragmentada, devido a divisão do período estudado em disciplinas distintas, levando assim a absorção de forma geral deste conhecimento.  

2. PRINCIPIOS DE FORD NAS ORGANIZACOES MODERNAS

Segundo MAXIMINIANO (2006), Ford não somente inovou a fabricação de carro, tendo como destaque o Ford modelo T, que trazia consigo manual de orientação aos proprietários, inovou também na jornada de trabalho de seus funcionários, quando adotou oito horas diárias e para despertar a fúria de seus concorrentes dobrou o valor do salário de seus funcionários. Henry Ford desenvolveu três princípios de administração, são eles:

  1. Princípio da intensificação: com esse processo, o ciclo da finalização do produto diminuiu o que o tornou bem competitivo no mercado;
  2. Princípio da economicidade: propunha a redução de estoque da matéria-prima em transformação. Através da agilização da sua linha de montagem conseguiu que os carros fabricados em suas indústrias chegassem à mão do consumir com maior rapidez e liquidez;
  3. Princípio de produtividade: recomenda o máximo de produção dentro de um determinado período por meio de especialização do operado da linha de montagem.

Esses princípios foram aprimorados e podem ser vistos em diversas áreas nas organizações modernas, o principio da intensificação, por exemplo, que consistia em reduzir o ciclo de tempo desde a chegada da matéria prima até a saída do produto ao mercado nos dias atuais é representado pelo aprimoramento na linha de produção ou na redução do tempo de atendimento e execução do serviço solicitado tanto no setor formal quanto informal da economia, onde o controle do tempo destinado para execução ou criação do bem ou serviço inflige diretamente sobre os resultados da empresa, por sua vez o principio da economicidade visava um estoque em transformação reduzido, hoje é representado, além de outras formas, pelo esquema just-in-time (na hora certa), ou seja, só é produzido o necessário, reduzindo o estoque ao mínimo, assim, com estoques menores não há investimento em grandes locais para armazenamento e os bens são produzidos de acordo com a demanda, muitas empresas em diversos ramos de mercado utilizam este sistema como a Dell, Mc Donald’s e Toyota, entre outras. Por ultimo o principio da produtividade, que se entende por aumentar a capacidade de produção num mesmo período de tempo, tanto pela capacitação do trabalhador quanto por adaptações na linha de montagem, diminuindo, por exemplo, o tempo gasto com deslocamentos desnecessários, esse sem duvida é o principio com maior utilização no mercado atual, na fabricação de automóveis continua sendo o único modelo capaz de atender a demanda de produção, também é observado nas diferentes politicas de remuneração e benefícios oferecidos aos funcionários incentivando o mesmo a permanecer por mais tempo numa mesma empresa aperfeiçoando sua técnica na execução da função, como no investimento em tecnologias que aprimorem o meio de produção, tornando mais eficiente e diminuindo o tempo que o produto leva para chegar ao mercado.

2.1 O FORDISMO NO TRABALHO INFORMAL

 O Trabalho informal é definido como a prática de uma determinada atividade econômica sem que haja registros oficiais, como, por exemplo, assinatura da carteira de trabalho, emissão de notas fiscais, algum tipo de contribuição e contrato social de empresa, além de salários, férias, normas ou regulamentos definidos. Em várias áreas deste setor da economia podemos observar as características do fordismo, Fraga (2005, p.6) narra que “Mas se utilizam de algumas características do fordismo, como a rotina e o controle de tempo, como estratégia para aumentar as vendas”. Um exemplo da aplicação destas características está nos vendedores alimentos como salgados fritos ou assados, sucos e guloseimas nos pátios dos terminais rodoviários, quem dos que utilizam este meio de transporte nunca escutou a frases do tipo “pastel sírio, quibe, esfirra, empada” ou “salgado mais copo de suco trê real” lançadas ao vento em busca de uma clientela que ficará no local por uma quantidade pequena de tempo, neste exemplo podemos observas o fordismo desde o inicio, ou seja, na compra da matéria prima para a fabricação dos produtos, produtos estes que são produzidos em quantidade controlada, uma vez que o vendedor já conhece a possível capacidade de venda diária, seus horários precisam ser rigorosos, pois um atraso na preparação incide sobre a perda do horário de um ou outro ônibus, refletindo assim no lucro final do dia, outro ponto importante é o tempo gasto no atendimento de cada cliente, pois enquanto mais rápido o cliente for atendido, maior a quantidade de clientes atendidos no fim do período que o ônibus se manteve parado, técnicas são adotadas para a diminuição do tempo gasto para a realização do atendimento, tais como a separação dos produtos por categoria ou recheio, a disponibilidade de troco independente do valor da nota entregue pelo cliente, os valores disponíveis para troco também devem ser separados corretamente, a informação sobre os produtos vendidos devem ser passadas de forma clara, eliminando qualquer duvida do cliente e agilizar a escolha, aperfeiçoamento da técnica desde a forma como o produto é oferecido, o movimento feito para pegar e entregar o produto ao cliente, quanto para receber e dar o troco quando necessário, diminuindo o tempo gasto desnecessariamente, tanto pela parte estrutural da venda, onde seu produto é posto de forma que o deslocamento seja facilitado aumentando assim a área de venda, uma vez que o produto deve chegar ao cliente no menor tempo possível.

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