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Resenha Prática Estratégica

Por:   •  27/4/2016  •  Resenha  •  1.175 Palavras (5 Páginas)  •  285 Visualizações

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De formas distintas, cada texto apontou de forma focalizada uma característica do planejamento estratégico atuante de forma intrínseca ao ambiente e ao contexto em que está inserida.

Analisando os quatro textos, fica clara a valorização da estratégia prática nas entidades, ainda que a o plano estratégico formalizado não seja descartado nem apontado como desnecessário.

De forma sintética, podemos afirmar que o planejamento é a ação administrativa mais importante e demonstra racionalidade. Contudo, ter uma formalização no planejamento estratégico não significa que a empresa tem estratégia em si, de forma que a estratégia prática é posta em discussão e destaque. Isso porque ao utilizar uma estratégica deliberada, intencionada, formal e inflexível, qualquer ação é palpavelmente possível, uma vez que a formalização se dá no papel, ao invés de ser praticada. Dessa forma, não há barreiras que impeçam a ideia de ser formalizada de fato.

Neste cenário formal, pressupõe-se uma previsibilidade ambiental, envolvendo tanto agentes diretos quanto indiretos, internos e externos, confabulando uma situação de complexidade, centralização e certa lentidão. De maneira oposta, os textos estudados apresentam ideias que impulsionam e fortalecem características opostas, como a aprendizagem, a descentralização, a imprevisibilidade, a agilidade, a simplicidade, etc, tudo isso intrínseco ao ambiente em que a entidade está situada, tornando o planejamento estratégico uma processo mais responsivo e adaptativo.

Abordando estas novas características, que não estão valorizadas no plano estratégico formal, percebe-se que a prática se torna a definidora de como as coisas vão funcionar. Ações como envolver o âmbito operacional de uma empresa em um processo, ao invés de prever sua execução, por exemplo, é mais inteligente do que atuar com a pretenção de que a organização faz tudo acontecer como o planejado, numa formalização e estabilidade fantasiosa no ambiente.

Como bem apontado por Mintzberg e Waters, a adoção de uma estratégia emergente (que está mais próxima dessa prática estratégica) possibilita às empresas descobrir, por meio da vivência e experimentação, o que funciona para cada uma delas, onde estão suas forças e suas fraquezas. É tomar uma decisão de cada vez, de acordo com a responsividade do ambiente e do mercado, de maneira a criar uma possível padrão, uma consistência. É trabalhar na ideia (ainda pouco aceita no contexto empresarial), de que gestores podem mudar suas práticas e intenções dentro de suas empresas de atuação, visando uma melhor adaptação ao mercado e até mesmo internamente. Um exemplo prático disso pode ser a adoção de uma estratégia – antes não planejada - criada especificamente para o nível operacional, gerando um direcionamento local e, consequentemente, um resultado global. Dessa forma, torna-se possível um processo mais simples, descomplexado, onde é possível perceber a atuação de todos os envolvidos, não só uma cúpula formalizada (que, inclusive, tende a montar um processo completo para todas as camadas da organização, sem ter qualquer conhecimento aprofundado das práticas nos demais níveis hierárquicos, especialmente os que estiverem mais distantes.).

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Pettigrew também enfatiza a necessidade de adaptação, responsividade e flexibilidade no processo estratégico, de forma com que este envolva um contínuo esforço da organização em saber alinhar o contexto em que esta está inserida e as estratégias certas para a tomada de decisão e prática da ação, retomando a ideia supracitada de que cada organização tem necessidades, características e objetivos diferentes.

Além disso, enfatiza-se, também, a ideia de que a formalização traz, intrínseca a ela, a desatualização imediata do processo estratégico, uma vez que, à medida que você põe uma ação no papel ao invés de praticá-la, ela está exposta e presa ao tempo, um agente em constante mudança. Praticar a estratégia, por outro lado, possibilita uma constante mudança e, consequentemente, melhor adaptação. Dessa forma, fica claro que ação e contexto estão intimamente interligados, bem como que a implementação de uma estratégica hoje, fornece parte do contexto estratégico do futuro.

Em termos de configuração estratégica, a perspectiva responsiva permanece sendo enfatizada, tanto por Mintzberg quanto por Miller, uma vez que é apresentada essencialmente como um processo compreendido por padrões de respostas articuladas com as demais variáveis presentes no ambiente - interno e externo. Para a configuração estratégica, faz-se necessária a consistência criada no processo de tomada de decisão (como já apresentado acima), para que se tenha uma melhor compreensão das situações estratégicas e do setor estratégico de atuação. Essa consistência, por sua vez, vem da prática responsiva. Dessa forma, a configuração estratégica consegue ser planejada segundo a manutenção relacional presente na prática estratégica, levando em consideração aspectos internos e stakeholders externos cruciais, como os

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