VISÃO ESTRATÉGICA NA GESTÃO DE PESSOAS

Estudo de Caso:

VISÃO ESTRATÉGICA NO GERENCIAMENTO DE PESSOAS

Anne Riley: Dispensada

REFERÊNCIA: SUCHER, Sandra J.; ANDREWS, Phillip. Anne Riley: Dispensada. Harvard Business School, Setembro/2011.

O presente estudo de caso visa contar a trajetória da estudante de MBA, Anne Riley, durante sua curta passagem pela empresa Storrow. Formada em contabilidade com foco em finanças, Anne trabalhou por três anos em um dos maiores bancos de investimento do mundo, em Nova York, até que decidiu arriscar-se na área de PE (Private Equity). De início, o texto relata os momentos que antecederam a entrevista de emprego de Anne na empresa Goldman Sachs’ Private Equity Group. A entrevista era para um trabalho de verão e o salário era similar ao que recebia no emprego anterior, mas o que a motivava era a possibilidade de um bônus, que chegava a 50% do seu salário. Anne esperava ser efetivada na empresa e permanecer por dois anos até que começasse a fazer seu MBA. Para conseguir pôr em prática os seus objetivos, mudou-se de Nova York para Chicago. Como analista no grupo de aquisição, Anne trabalhou nos investimentos de fabricação da empresa. Com praticamente nenhum capital disponível para aquisições, a maior parte do trabalho do grupo consistia em gerenciar o portfólio atual, incluindo monitorando as iniciativas de cortes de custos, observando e medindo o desempenho, gerando projeções financeiras e recomprando dívidas.

Ainda em 2008, poucos meses após a sua contratação, devido à crise econômica mundial especulou-se que dispensas na empresa poderiam ocorrer. Anne mostrou certa preocupação, mas acreditava que por serem analistas e uma mão de obra mais barata para a empresa. Ela também se preocupava em como se recuperaria caso a Storrow a dispensasse, mas em seu íntimo pouco cogitou sua dispensa. Para sua surpresa, ela estava entre os inúmeros analistas dispensados. De acordo com o chefe de seu grupo de analistas, a decisão por sua dispensa não havia sido baseada em suas habilidades ou mérito, mas pelo fato de que analistas como ela ainda estavam em processo de desenvolvimento profissional. Nos dias seguintes a sua demissão, Anne ficou se comparando a outro analista de seu grupo que fora mantido na empresa. Ele tinha base de formação mais técnica e não de finanças, com certa frequência ela tinha de ajudá-lo. O analista que foi mantido era casado e tinha um filho recém-nascido. Anne se sentia injustiçada pelo recrutamento de seleção da empresa, que presava por suas políticas progressistas e bem estabelecidas que encorajavam a diversidade.

Outra grande surpresa foi a reação de indiferença ao dar a notícia da sua dispensa para a família e alguns amigos. Alguns amigos falaram para que ela não se preocupasse, pois receberia dois meses de paramento mais o bônus proporcional ao período. Outros sugeriram que Anne reavaliasse suas prioridades e aspirações profissionais. Nada disso mudou o sentimento de derrota interiorizado por Anne, visto que o emprego de Analista na Storrow era início da carreira que ela havia planejado. Passados alguns dias ela percebeu que precisava decidir entre permanecer na área de PE (Private Equity) ou se projetar em um novo ramo. Anne acreditou que a melhor opção seria tentar

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