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A ARQUITETURA E A MEDICINA: OS AMBIENTES HOSPITALARES E A SAÚDE DOS PACIENTES

Por:   •  9/6/2018  •  Bibliografia  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  632 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O hospital como instrumento terapêutico é uma invenção relativamente nova, que data do final do século XVIII. A consciência de que o hospital pode e deve ser um instrumento destinado a curar aparece claramente em torno de 1780 e é assinalada por uma nova prática: a visita e a observação sistemática e comparada dos hospitais. (FOUCAULT, 1989, p.99, apud LUKIANTCHUKI, 2008, p.4).

Até meados do século XVIII, ainda não existia a noção de que o hospital era um instrumento de alta complexidade capaz de tratar a saúde humana. Isso se deve, principalmente, à revolução industrial e ao iluminismo que trouxe uma nova visão sobre a relação entre o homem e a natureza, fator que favoreceu um avanço significativo do conhecimento da época e, com isso, melhores condições sanitárias surgiram, aspecto que se intensificou ao longo do século XIX (FOUCAULT, 1989 apud LUKIANTCHUKI, 2008).

Assim, com o tempo, novas tecnologias surgiram e, gradativamente, a exigência por melhores condições de vida se tornaram maiores. Diante disso, críticas a respeito do funcionamento e condições ambientais dos centros de saúde passaram a ser constantes e, dessa forma, a arquitetura passa a ser um fator fundamental para que haja uma garantia do bom funcionamento do hospital.

Nesse sentido, quesitos como o conforto ambiental, a estética, limpeza e disposição dos ambientes, por exemplo, são alguns dos elementos que passaram a ganhar importância para a concepção e construção do edifício. Dessa forma, o paciente passa a fazer parte da formação das casas de saúde e estudar o modo como esse agente passa a atuar dentro dessa edificação se tornou um requisito necessário para atingir o padrão de qualidade esperado.

Em contrapartida, por conta do avanço dos processos terapêuticos, reduziu-se a permanência dos pacientes internados, fator que gerou uma despreocupação com a humanização dos ambientes hospitalares. Isso apenas foi modificado a partir do século XX, quando começou a surgir a ideia de que a saúde não era somente a ideia de ausência de doenças. Assim, segundo a Organização Mundial de Saúde (1978) uma pessoa teria que passar por uma série de exames físicos, sociais e psicológicos para avaliar o quão saudável ela é como um todo. A isso também está inserida a questão da arquitetura hospitalar. Além de possibilitar a cura pelo tratamento, também proporciona descontração e descanso, fator que auxilia para o cuidado do paciente.

Com isso, a iluminação, ventilação, sensação térmica e acústica, bem como a noção da psicologia das cores e salubridade começam a ganhar suas importâncias dentro desse cenário. Porém, em conjunto com essa noção, também crescem, na atualidade, soluções que envolvem sistemas mecanizados de climatização ambiental que deixam de lado as questões humanas e sustentáveis cada vez mais críticas.

É diante desse contexto que a arquitetura trazida por João Filgueiras Lima entra como exemplo de humanização eficiente dentro dos ambientes hospitalares. Nos hospitais da rede Sarah Kubitschek que projetou, a integração entre os espaços contribui para o processo de cura do paciente e valoriza o edifício como um todo.

Ao projetar hospitais feitos para curar, Lelé devolve ao edifício hospitalar a capacidade de contribuir para o processo da cura. Ao

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