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Infraestrutura de edifícios com a modernização de São Paulo: Edifício Martinelli e Complexo Viaduto do Chá

Por:   •  24/4/2019  •  Artigo  •  5.847 Palavras (24 Páginas)  •  186 Visualizações

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INFRAESTRUTURA DE EDIFÍCIOS COM A MODERNIZAÇÃO DE SÃO PAULO

Subtítulo (se for o caso) Edifício Martinelli e Complexo Viaduto do Chá

Mariana Mosca Zerbinatti

Prof. Dr. Marcelo Suzuki

Estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo; Bolsista Senac;

mah.mosca@hotmail.com

Professor do Centro Universitário Senac

marcelo.suzuki@sp.senac.br

Linha de Pesquisa: Arquitetura e Design

Projeto: URBElab: infraestruturas, sistemas e fluxos da cidade

Resumo

Poucas entidades disponibilizam a localização de dutos de encanamento e sistemas, fiação enterrada, passagens, catracas, elevadores internos e externos e instalações no geral, e com as evoluções e mudanças de características ao passar do tempo, há muitas dúvidas ao construir, reformar, requalificar estes edificios. No centro de São Paulo especificamente, nem entidades do proprio governo sabem quanto a posição das instalações de infraestrutura que estão ocultas e subterrâneas nas ruas da cidade.

Palavras-chave: instalações, infraestrutura, requalificar, centro de São Paulo

Abstract

Few entities provide the location of pipelines and systems, buried wiring, passageways, ratchets, internal and external elevators and facilities in general, and with the evolution and changes of characteristics over time, there are many doubts when constructing, reforming, re-qualifying these buildings. In São Paulo’s downtown specifically, not even government entities know about the position of infrastructure facilities that are hidden underground in the streets of the city.

Keywords: facilities, infrastructure, requalify, São Paulo’s downtown

1. Introdução

As cidades brasileiras crescem muito rapidamente, e, entre elas, São Paulo mais que qualquer outra. A velocidade é tão grande, a ponto de apagar, no espaço de uma vida humana, o ambiente de uma geração anterior: os jovens não conhecem a cidades onde, jovens como eles, viveram os adultos. Assim, as lembranças são mais duradouras que o cenário construído, e não encontram nele um apoio e um reforço. (BENEVOLO, 1980 apud TOLEDO, 2004)

A “cidade de taipa”, como era chamada São Paulo, dos anos 1760, pelos imigrantes que a estudavam, por apresentar maioria de suas construções feitas de taipa de pilão, e a pavimentação das vias era de barro batido, tinha inicialmente um perímetro marcado por três ruas, que hoje se denominam: Rua XV de Novembro, Rua Direita e Rua São Bento.

Dentro deste triângulo, as ruas eram espaçosas e retas, as inclinações não passavam de 10 metros de altura. Porém estava rodeada pelo vale do córrego Anhangabaú, com a declividades de 30 metros em relação ao perímetro triangular.

A partir deste primeiro centro, caminho de tropeiros, foi-se expandindo a cidade com a compra de terrenos, sítios e chácaras (não necessariamente de produções agrícolas) que foram sendo loteados, divididos e transpostos por novas vias para que o caminho pudesse ser mais acessível.

Foi assim, até a chegada da ferrovia São Paulo Railway, um século depois, que ligava a colina triangular à Serra do Mar. Foi então, que São Paulo começou a se desenvolver, e urbanisticamente ser pensada.

A companhia Cantareira, constituída em 1877, ampliou os sistemas de água e esgoto da cidade chegando a completa-la em apenas dez anos. Segundo Richard Morse, São Paulo “contava com o melhor sistema de água e esgoto do Brasil”.

Também na época, inaugurou-se a Companhia Paulista de Eletricidade (1888), a qual trouxe a mudança de sistema de iluminação pública, o que antes era alimentado por gás, agora alimentava-se por meio da eletricidade.

O declive de 30 metros do Vale do Anhangabaú que separava o entorno do triângulo central do resto da cidade, é finalmente vencido em 1896, pela primeira construção do Viaduto do Chá.

Com a chegada do século XX, período da era industrial, houve a instância da velocidade, com os novos veículos automotores e também a implantação dos bondes movidos à eletricidade, meios de comunicação, sistemas hidráulicos, construtivos e de transposição (tanto horizontal como vertical) e com isso a verticalização das edificações, estas que primeiramente eram em taipa passaram a ser feitas com alvenaria e por último chegou o concreto que as possibilitava ainda mais crescerem em altura.

As transposições verticais fizeram com que o uso do elevador e escadas rolantes se tornasse importante na acessibilidade dos andares e na velocidade de deslocamento. O crescimento e evolução da cidade fez com que essas novas tecnologias se implantassem na própria interação urbana e em conjunto nos edifícios que estavam levantando-se na época. Dentro da capital paulista, mais especificamente em sua região central, há inúmeros exemplos desta mudança de visão.

Com o passar do tempo, houve a expansão da ocupação principalmente para áreas à oeste do centro como Campos Elíseos, Vila Buarque e Santa Cecília, o que levou também o mercado imobiliário para Higienópolis e comercial para Av. Paulista, assim como a chegada da Companhia Light & Power de Energia Elétrica, que aproveitou as obras de mudança de curso do Rio Pinheiros para valorização das terras de várzea de sua propriedade. O quadrante Sudoeste de São Paulo começa a ser mais ocupado, valorizado tanto no mercado comercial, como no imobiliário. Também usufruindo de novas tecnologias vindas da Europa.

Somado o mercantilismo agressivo do mercado imobiliário, o pretenso purismo ideológico dos arquitetos de ponta e a legislação urbana nociva, não surpreende que os bairros que cresceram a partir dos anos 1960 fossem tão diferentes do legado urbanístico do centro, de Higienópolis e da Paulista. (LORES, 2017)

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