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Tudo que é sólido se desmancha no ar / Comunidade e sociedade / As grandes cidades e a vida do esírito

Por:   •  9/12/2015  •  Ensaio  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  567 Visualizações

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Tudo que é sólido desmancha no ar

Marshall Berman

Berman analisa o período moderno, e tem o intuito de auxiliar a compreendê-lo. E ainda define modernidade como um turbilhão de acontecimentos, experiências e sensações novas, onde tudo do passado se torna obscuro (o ter, o saber e o ser).

Segundo ele, nesse período há muitas descobertas, avanços tecnológicos, Estados mais poderosos (...) e paralelamente a isso, é visto como uma revolução contra a existência moderna, uma ““tradição de destruir a tradição” (Harold Rosenberg), “cultura de negação” (Renato Poggioli)”. Onde busca destruir os valores sem pensar em reconstruí-los.

Ele divide a modernidade em três partes:

1a - Século XVI ao século XVIII: Início. Onde as pessoas ainda não compreendem o que está acontecendo e tentam se familiarizar.

2a – 1970 (onda revolucionária): Quando as pessoas se dividem em aderir ao sentimento de revolução e viver material e espiritualmente.

3a – Século XX: Quando a essência da modernidade se perde na fragmentação das ideias do seu público, devido ao crescimento de pessoas atingidas por essa ideia inicial de modernidade.

        De acordo com a novela A Nova Heloísa de Rousseau, Berman conclui a origem da sensibilidade moderna. A desordem, a agitação, o aturdimento psíquico, (...).

Para ele, o período mais brilhante e criativo da história da humanidade é o século XX, onde a arte ganha vida e os artistas davam muito orgulho diante daquele mundo que se envergonha e é temido. Ao mesmo tempo, o pensamento desse período é o de “Não a vida moderna!”, em que analisando pelo outro lado, se encontra uma visão semelhando do que seja a vida.

        Em comparativo, no século XIX, os pensadores eram ardorosos e inimigos da vida moderna, de suas ambiguidades e contradições. Já era possível observar um cenário de zonas industriais, surgimentos de novas cidades, diferentes meios de comunicação, movimentos sociais de massa, (...), segundo ele.

        Dizia também que “(...) a modernidade é constituída por suas máquinas, das quais homens e mulheres modernos não passam de reproduções mecânicas.” E ao mesmo tempo menciona, a partir de Marx, a vida humana está se equiparando à matéria, ao sólido, devido ao grande e importante papel que as máquinas estão tendo no dia a dia das pessoas.

        Ele cita que Nietzsche aposta num homem de um futuro próximo que crie novos valores com coragem e imaginação. Diferente do homem e da mulher modernos, que vivem com “perigosos infinitos” palavras de Nietzsche.

        Falando ainda de Nietzche, ele acredita que nenhum papel social nos tempos modernos é um “figurino perfeito”, ou seja, um papel aceitável pra essa época.

        Voltando a falar de Berman, ele citou que os futuristas viam as máquinas como ser humano exemplar, o qual a população deveria se espelhar como modelo de vida. O problema é que as máquinas exerciam papéis principais nas indústrias, restringindo ao homem apenas a função de ligar e desligar o botão.

        Uma visão afirmativa do modernismo dos anos 60 que foi elaborada por escritores coincidiu com o surgimento da pop-art onde sua intenção era “despertar para a vida que vivemos” (Cage)e eliminar fronteiras. Pensado no modernismo, eliminar as barreiras entre a arte e atividades cotidianas: a tecnologia industrial, o design, política (...). Tinham também a visão de conectar o presente agitado com o passado e futuro com o intuito de deixar as pessoas mais a vontade.

        Esse modernismo pop trazia uma questão: “nunca desenvolveu uma perspectiva crítica que pudesse esclarecer até que ponto devia caminhar essa abertura para o mundo moderno e até que ponto o artista moderno tem a obrigação de ver e denunciar os limites dos poderes deste mundo”.

Porém essas tentativas foram falhas, desenvolvendo assim a ausência dessas visões na década seguinte, uma década monótona (anos 70). Os cientistas foram forçados a deixar de lado um modelo de vida moderna. Para assim fracionar componentes dessa época: construção, urbanização, industrialização, formação de elites, (...) e que não aceitam qualquer forma de integração. Ou seja, a destruição do espaço público. Agilizando essa desagregação formando um conjunto de massas de interesses privado, material e espiritual. Tento uma vida mais isolada.

Segundo um poeta modernista Octavio Paz “a modernidade tornou-se incapaz de retornar as suas origens para, então, recuperar seus poderes de renovação”.

Para finalizar, uma breve conclusão de Berman: “Pode acontecer então que voltar atrás seja uma maneira de seguir adiante: lembrar os modernistas do século XIX talvez nos dê a visão e coragem para criar os modernistas do século XXI. Esse ato de lembrar pode ajudar-nos a levar o modernismo de volta às suas raízes, para que ele possa nutrir-se e renovar-se”.

Comunidade e Sociedade

Ferdinand Tönnies

Segundo Tönnies, a vontade humana é o elemento mais importante na configuração das relações sociais. Ela tende ou à conservação ou à destruição (positivas ou negativas). Existem dois tipos de vontades: vontade essencial é espontânea, orgânica, que estimula a vontade humana e abrange pessoas comuns, camponeses, artesãos; vontade arbitrária é a vontade reflexiva, deliberada e finalista, descreve as atividades de negócios, pessoas de classe superior e dos cientistas.

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