UMA ANÁLISE SOBRE “A CASA DAS PERGOLAS DESLIZANTES – FGMF ARQUITETOS”
Por: Isanoronha • 20/5/2020 • Trabalho acadêmico • 404 Palavras (2 Páginas) • 393 Visualizações
UMA ANÁLISE SOBRE “A CASA DAS PERGOLAS DESLIZANTES – FGMF ARQUITETOS”
Por: Isabella Alves Noronha e Natália Silva Borba
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Executada entre 2012 e 2014, a Casa das Pérgolas Deslizantes, obra do escritório FGMF Arquitetos, é uma residência unifamiliar projetada para um professor especializado na área de inovação tecnológica interessado por propostas fora do usual, e sua companheira, que desejava um lar tradicional, simples e com uma íntima relação com o terreno. A casa está situada em um terreno com cerca de 500m², em um condomínio fechado na cidade de Bauru, São Paulo, e possui área construída de 160m².
Em suas propostas iniciais, e casa seguiria as linhas da casa “Tic-Tac”, estudo para uma residência unifamiliar, desenvolvido em 2009 pelo escritório, visando flexibilidade, fluidez e mutabilidade. E na Casa das Pérgolas Deslizantes, isso garantido através de pérgolas móveis, adequando os espaços externos às necessidades climáticas, e integrando-os aos volumes internos.
A peça chave do projeto foi a implantação, já que a residência foi dividida em pequenos volumes, de acordo com setores, e posicionados em lugares estratégicos dentro do terreno. Devido à falta de vistas interessantes no entorno, o terreno foi murado, assim, a casa passa a voltar-se para si mesmo dando a ideia de uma “casa pátio”. Com essa ideia de muros e pequenos volumes que se integram, criou-se uma certa tensão entre o construído e o não construído, o que torna a obra ainda mais interessante, intensificando as sensações espaciais.
A divisão dos volumes da casa térrea foi dada por 8 módulos de 3,86m, e os espaços internos foram distribuídos em 4 destes, de acordo com a irregularidade das faces laterais, e com questões climáticas. Estes 4 módulos internos retangulares, são conectados por uma grande circulação longitudinal.
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A ausência de visuais interessantes no entorno e a busca pela fluidez e flexibilidade dos espaços levaram a adoção de uma configuração baseada na ideia da casa-pátio fechando-se a construção em suas laterais e fundo com um muro elevado que impede o contato físico e visual com o entorno; inserindo, em determinados pontos dos espaços internos, aberturas que possibilitam a completa integração entre o interior e o exterior; e criando nos espaços externos várias áreas onde podem ser desenvolvidas atividades de lazer, circulação e contemplação. Assim, todos os ambientes internos possuem laterais que se conectam aos vários “pátios” externos produzindo uma intensa relação de integração, ampliando a casa de 160m² para 500m².
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