TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C TUTELA DE URGÊNCIA

Por:   •  16/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  88 Visualizações

Página 1 de 6

AO DOUTO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE FEIRA DE SANTANA/BA

CARLOS DA SILVA PEREIRA, brasileiro, casado, desempregado, portador do CPF n° xxx.xxx.xxx-xx e do RG n° xxxxxxxxxxxx-xx, portador da CTPS xxxxxxxxxx, PIS/PASEP n° xxxxxxx, residente e domiciliado na Rua Alameda dos Construtores, n° xxx, Bairro da Construção, Feira de Santana – BA, CEP xxxxx-xxx, por seu advogado abaixo assinado, com escritório no endereço: xxxx, onde recebe todas as notificações e citações sob pena de nulidade, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 840 da CLT c/c art. 300 do CPC, ajuizar a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C TUTELA DE URGÊNCIA

em face da ÔMEGA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° xxxxxxxx, estabelecida e sediada na Rua A, n° xx, Bairro B, Feira de Santana – BA, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

A concessão da gratuidade da justiça, trata-se da necessária observância a princípios constitucionais indisponíveis preconizados no art. 5° XXXV da Constituição Federal Brasileira/88, pelo qual assegura a todos o direito de acesso à justiça em defesa de seus direitos, independente do pagamento de taxas, por ausente provas em contrário do direito ao benefício.

A presente demanda versa justamente sobre a falta de pagamento das verbas rescisórias e demais valores inerentes ao trabalho prestado pelo Reclamante, o que afeta em demasia a sua situação financeira.

Ainda, considerando que o Reclamante se encontra desempregado no momento, tem-se por insuficiente para cumprir todas as suas obrigações alimentares e subsistência de sua família, para tanto faz-se juntar em anexo Declaração de hipossuficiência assinada de próprio punho pelo Reclamante que possui presunção de veracidade.

Por tais razões, com fulcro no artigo 5°, LXXV, da Constituição Federal, pelo artigo 98, do CPC e por enquadrar-se no artigo 790, §§ 3º e 4° da CLT, requer a concessão da Gratuidade de Justiça, uma vez que a sua situação econômica não lhe permite pagar as custas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento.

II - DOS FATOS

O Reclamante foi contratado em 10/03/2019 pela Reclamada para exercer o cargo de auxiliar de serviços gerais, percebendo 1 (um) salário mínimo mensal, trabalhando 8 (oito) horas por dia, de segunda a sábado, com intervalo de 40 minutos para repouso e alimentação, sem jamais ter recebido pagamento de horas extras ou indenização.

Despedido sem justa causa em 25/07/2022, o obreiro não recebeu todas as verbas rescisórias devidas, somente o saldo de salário e as férias vencidas, situação que vai totalmente contra o que dispõe a legislação trabalhista, o que acabou por deixar o trabalhador em situação financeira e moral extremamente comprometidos.

Por fim, após aguardar e tentar a solução amigavelmente, inclusive, através de cobrança extrajudicial ressalta-se, SEM LOGRAR ÊXITO, não lhe restou outra opção, senão propor a presente reclamação trabalhista, como meio necessário a pleitear o reconhecimento, por meio de sentença, das devidas verbas rescisórias e demais valores devidos pela Reclamada.

III – DO DIREITO

1. DAS HORAS EXTRAS

Como se vê, o reclamante sempre laborou em sobrejornada, mediante carga semanal de 48 horas, ou seja, acima do limite previsto no art. 7º, XIII, da CF, que é de 44 horas. A reclamada, entretanto, não lhe pagava pelas horas extras realizadas, tendo direito à referida verba, com adicional de 50% e reflexos.

Além disso, o reclamante não gozava intervalo intrajornada mínimo de 1 (uma) hora, como prevê o art. 71 da CLT, fazendo jus ao pagamento de uma indenização de 20 minutos por dia, pertinente à proporção não usufruída, acrescida de 50%, nos termos do § 4º do art. 71 da CLT.

Nesse sentido, vejamos os seguintes entendimentos jurisprudenciais:

HORAS EXTRAS. SOBREJORNADA. INTERVALO INTERJORNADAS. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. Admite-se a cumulação do pagamento de horas extras pelo trabalho em sobrejornada com o pagamento das horas extras suprimidas do intervalo interjornadas. Inteligência da Tese Jurídica Prevalecente n. 11 deste Regional.

(TRT-3 - RO: 00112649620155030028 MG 0011264-96.2015.5.03.0028, Relator: Manoel Barbosa da Silva, Data de Julgamento: 17/04/2017, Quinta Turma, Data de Publicação: 24/04/2017.)

HORAS EXTRAS. SOBREJORNADA, INTERVALO INTRAJORNADA E FERIADOS. Provado nos autos que o reclamante laborava em sobrejornada, não gozava do intervalo intrajornada, bem como que laborava em feriados sem a correspondente contraprestação, correta a sentença que deferiu tais pleitos. Recurso conhecido e não provido.

(TRT-11 - RO: 00015381520155110016, Relator: MARIA DE FATIMA NEVES LOPES, Data de Julgamento: 01/02/2018, 3ª Turma, Data de Publicação: 05/02/2018)

Portanto, restando comprovado que o Reclamante não recebeu as devidas indenizações pelo intervalo intrajornada que não usufruiu, bem como pelas horas extras que laborou, não há o que se discutir acerca da responsabilidade da Reclamada em arcar com os respectivos valores.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.2 Kb)   pdf (45.4 Kb)   docx (10.2 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com