TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Petição Inicial Anulatória

Por:   •  22/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  149 Visualizações

Página 1 de 4

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARCA DE BOA VISTA/RR

JOANA XXXXX XXXX, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, nascida aos XXXX, portadora da carteira de identidade n° XXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF sob n° XXXX, endereço eletrônico XXXX, residente e domiciliada na XXXX, por seu advogado abaixo subscrito, com endereço profissional na XXXXXXX, para fins do artigo 106, I do Novo Código de Processo Civil, vem a este juízo, propor a presente:

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO

Pelo rito comum, em face de JOAQUIM XXXX XXXX, XX, XX, XXX, nascido aos XXXX, portador da carteira de identidade n° XXX, expedida pelo XXX, inscrito no CPF sob n° XXXX, endereço eletrônico XXXX, residente e domiciliado na XXXX, pelas razões de fato e de direito abaixo aduzidas:

I- DOS FATOS:

No dia 20 de dezembro de 2016 a requerente recebeu a notícia de que seu filho Marcos encontrava-se preso ilegalmente e que havia sido encaminhado de forma equivocada para o presídio X.

Diante da notícia a requerente procurou, no mesmo dia, um advogado criminalista para atuar no caso. O advogado cobrou o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais) de honorários, o que causou desespero na requerente, uma vez que ela não possuía a quantia cobrada.

Ao chegar em casa e encontrar o requerido, que é seu vizinho, contou a ele o que havia acontecido e falou também que não tinha o montante exigido pelo advogado.

O requerido, vislumbrando o estado de extrema comoção da requerente e aproveitando-se da real necessidade, propôs a requerente comprar o seu carro pelo valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), e, na situação em que se encontrava, ela celebrou o negócio jurídico. No entanto, o preço de mercado do automóvel é de R$50.000,00 (cinquenta mil reais).

No dia posterior à celebração e tradição do referido negócio, a requerente foi informada que a avó paterna de seu filho tinha contratado outro advogado criminalista e que, inclusive, tinha conseguido a liberdade de Marcos através de um habeas corpus.

Perante a informação que lhe foi repassada, a requerente pediu ao requerido para que fosse desfeito o negócio, pois a venda do carro não mais se fazia necessária, todavia, ele comunicou que não pretende desfazer o negócio jurídico celebrado.

II – DOS FUNDAMENTOS:

Dos fatos, apurou-se evidentemente que a propositura da demanda adveio em razão de existir no contrato celebrado um vício que enseja à anulação do negócio jurídico, pois o requerido beneficiou-se da premente necessidade da requerente em socorrer o filho que estava preso, induzindo-a a vender seu automóvel por preço muito inferior ao valor de mercado, o que causou um defeito no negócio jurídico em comento, além de provocar lesão ao patrimônio da requerente.

A esse respeito, prevê os artigos 156, caput, e 171, caput, do Código Civil:

“Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.”

No mesmo sentido, os artigos 145 e 171 do Código Civil afirmam que os negócios jurídicos são anuláveis por dolo, quando este for sua causa, e por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.3 Kb)   pdf (110.8 Kb)   docx (9.9 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com