Vida e obra de Hobbes
Por: Gabriela Moura • 18/4/2015 • Dissertação • 415 Palavras (2 Páginas) • 429 Visualizações
Thomas Hobbes
Thomas Hobbes viveu entre 1588 e 1679. Foi fundador da filosofia moral e da política inglesa. Sua obra mais famosa é o Leviatã, nome de um monstro bíblico que ele usa para definir o Estado que zela pelo bem-estar e proteção do homem natural como se fosse um homem artificial. Hobbes foi influenciado por Galileu Galilei, Descartes, Francis Bacon, Tácito, Aristóteles. E influenciou John Locke, Spinoza, Montesquieu, Rousseau, Nietzsche.
Hobbes é contratualista, afirma que para construir uma sociedade é necessário que cada indivíduo abra mão de certos direitos para o governo a fim de obter a ordem social. Para ele, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um só corpo.
Seu homem natural não é selvagem, é o mesmo que vive em sociedade. Afirma que todos os homens são absolutamente iguais. Hobbes ainda deduz que em seu estado natural todo homem pode tudo, para tanto, utiliza-se de todos os meios para conseguir seus objetivos. Conclui assim que o homem é o lobo do próprio homem, já que possui o poder da violência ilimitado.
De acordo com Hobbes, o maior interesse do homem não está em produzir riquezas, e sim em ter honra, vivendo em uma verdadeira imaginação, na qual ele imagina que tem poder, ser respeitado ou ofendido por seus semelhantes e a ação do outro. Dessa forma é criado um verdadeiro caos, já que cada um se imagina como poderoso, perseguido e traído. Em sua natureza há três causas da discórdia: a competição, a desconfiança e a reputação. A primeira leva o homem a atacar os outros em vista do lucro; a segunda, a segurança; e a terceira, a reputação.
Sendo assim é necessária a intervenção do Estado, já que durante o tempo em que os homens vivem sem poder comum capaz de mantê-los em respeito, eles se encontram em uma verdadeira guerra, que é de todos os homens contra todos os homens. È preciso de um Estado dotado da espada, armado, para forçar os homens ao respeito. Para Hobbes o poder do Estado deve ser absoluto, a transmissão do poder dos indivíduos deve ser total, caso contrário corre-se o risco de cair no Estado de Guerra novamente. Quando o indivíduo assina o contrato social, renuncia automaticamente seu direito de natureza. É dado tal poder ao soberano a fim de instaurar a paz, o homem só abriu mão de seus direitos para proteger a sua própria vida, se esse fim não for atendido pelo soberano, o súdito não lhe deve mais obediência.
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