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Violencia Contra a Mulher

Por:   •  11/1/2016  •  Seminário  •  1.200 Palavras (5 Páginas)  •  425 Visualizações

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Violência Contra a Mulher

Atualmente vemos em vários meios de comunicação que, cada dia mais, as mulheres vêm sendo agredidas, que mulheres são mortas por seus namorados, maridos etc., os chamados “crimes passionais”, mas ao se ver tudo isto, surge uma duvida a duvida de qual seria o motivo deste aumento da violência contra as mulheres, qual o fator que leva um homem a agredir ou mesmo matar uma mulher?

Bom, a meu ver, o motivo é basicamente um resquício, uma herança histórica (que já deveria ter sido erradicada a muito tempo de todo o mundo) onde as mulheres a um tempo atrás (e infelizmente não era a muito tempo atrás, como eu gostaria de dizer) não tinham poder algum perante a sociedade, não tinham valor nenhum, a mulher nascia simplesmente para se casar e ter filhos, não podendo nem entrar no mercado de trabalho ou nem ao menos podendo votar e decidir que iria representar o País em que elas viviam, logo, acreditava – se que a mulher era um ser que não tinha a menor significância era um mero objeto que o homem tinha e que podia fazer o que bem entendesse.

Antigamente, casos notórios de violência contra a mulher, como por exemplo, o caso que ocorreu no dia 30 de dezembro de 1976, que foi o assassinato de Ângela Diniz pelo seu companheiro Raul Fernandes do Amaral Street, popularmente conhecido pela alcunha de Doca Street, conseguiu mostrar o quão frágil era a situação da mulher perante a sociedade, já que Doca, após desferir 3 tiros no rosto de Ângela e um tiro em sua nuca, conseguiu ser condenado pelo Tribunal do Júri, a uma pena pífia, de simplesmente dois anos por um assassinato, ou seja, demonstrou para o publico         que a violência contra a mulher era algo que o Estado não se importava muito, não punia de forma energética como punia um homicídio comum, com base em justificativas de tipo de que a mulher com certeza deve ter feito algo para que o homem integro e mantenedor da casa (segundo a visão da sociedade da época) chegasse ao ponto de cometer o assassinato, algo do tipo de uma justificativa para o que aconteceu, onde se jogava a culpa toda em cima da mulher e se protegia o homem de forma exaustiva para que sua imagem fosse de um assassino que agiu depois de ser provocado e não a imagem de um assassino frio (o que em muitos casos, a pessoa era somente um assassino frio), por sorte o caso de Doca teve outro julgamento e por pressões populares, principalmente por ação dos movimentos feministas, pegou uma pena bem mais pesada, e teve afastada a tese da defesa, de que ele simplesmente matou Ângela agindo em legitima defesa e defendendo sua honra.

Com este caso, vemos o quão protegido era o homem e o quão exposto estavam às mulheres, tudo consequência do pensamento patriarcal que existia e ainda existe em nossa sociedade, a meu ver, esta é a maior causa do aumento da violência contra as mulheres e também da não extinção desta forma de violência, este pensamento de que o homem é o dono da mulher e pode fazer o que bem entender com ela, desde lhe agredir até lhe assassinar, afinal ela é sua propriedade e não um ser humano que merece ser respeitada e ter sua vida preservada, e com este pensamento sendo passado de geração em geração, gerou esta epidemia de violência contra a mulher que enfrentamos hoje em dia.

Um outro caso marcante e bem mais recente que o caso de Doca e Ângela, é o caso do ex-goleiro do Flamengo, o Bruno, que ao ser confrontado por sua amante a reconhecer o filho, fruto deste romance que ele teve fora do seu casamento, assassinou Eliza Samudio de forma brutal, afinal, era somente uma mulher que o teria provocado e ele “agiu sem pensar”, no meu entender, foi um caso que mostrou que o pensamento patriarcal, de que o homem é o ser superior, ainda esta impregnado em nossa sociedade, antes este goleiro já havia sido denunciado por ter agredido sua esposa, e um outro goleiro, Felipe, na época, o goleiro titular do Corinthians, ao comentar sobre a acusação de agressão que estava sendo imputada a Bruno, comentou que era “normal”, em uma briga, bater na mulher, dizendo a frase:” Quem nunca bateu na sua esposa durante uma briga?”, na época isto gerou uma imensa revolta e foi necessário que o goleiro viesse a publico pedir desculpas e alegar que ele simplesmente foi mal interpretado, que era contra a violência contra a mulher, porem, com isto percebe – se o pensamento de que ao brigar com o homem, a mulher “pede” para ser agredida, por desrespeitar o “ser superior”, uma mostra clara do machismo que esta de forma solida em nossa sociedade. Afinal, o machismo traz o pensamento de que o homem é o “macho alfa”, e qualquer coisa que venha a lhe tirar deste “posto” tem que ser repelido, punido etc.

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