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Zeitgeist

Por:   •  15/5/2016  •  Resenha  •  1.180 Palavras (5 Páginas)  •  955 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Zeitgeist – The Movie é um filme alemão classificado na categoria documentário produzido por Peter Joseph e lançado em 2007.

Este documentário aborda diversos temas com o objetivo de nos mostrar como o “sistema” funciona. No primeiro momento o documentário faz uma analogia entre vários momentos distintos da evolução a respeito do cristianismo. Em sua segunda parte ele trás questionamentos a cerca da tragédia do Onze de setembro ocorrido nos Estados Unidos e para finalizar, em seu terceiro momento, o foco passa a ser o sistema bancário mundial com sua estrutura e manipulação a cerca da economia.  

Assim, Peter Joseph, com todas as evidências que apresenta em seu documentário, expõe todos seus expectadores a uma profunda reflexão e remete-os a uma avaliação crítica onde os apresenta sob uma linha bastante tênue, em que a veracidade das informações explanadas e as convicções pré-estabelecidas se confrontam.  

Expressando, literalmente, a matriz do documentário, Peter Joseph (2007) nos apresenta a seguinte definição para o termo ZEITGEIST, “é uma palavra alemã que pode ser compreendida como o espírito do tempo ou espírito da época, ou seja, o conjunto de todo o conhecimento humano acumulado ao longo dos tempos”.

Na primeira parte do filme, intitulado “A maior história já contada”, o autor apresenta várias teorias que corroboram para que acreditemos que Jesus Cristo é uma figura mitológica criada com base na astrologia e em várias outras histórias de deuses mais antigos como os deuses Hórus, Attis, Krishna, Dionísio e Mithra, onde todos partilham de fatos semelhantes com os de Jesus Cristo: a sua concepção através de uma virgem, o seu nascimento e visita dos reis magos, criança prodígio, batismo, discípulos, morte e ressureição. Também, faz referência a passagens bíblicas que considera plágios de histórias das antigas civilizações.

Segundo Peter Joseph (2007), a religião parte de uma história romana cujo objetivo é estritamente político, diz-se que o conhecimento era privilégio da Igreja e serviu para afastar os seres humanos uns dos outros como do seu meio natural, sustentando a submissão do ser humano à autoridade, reduzindo, assim, a responsabilidade humana sob a premissa de que “Deus” controla tudo. Nesse sentido, usando o mito para manipular e controlar as sociedades.

        Para os cristãos, as evidências apontadas pelo autor, apesar de serem inúmeras as referências, são facilmente contestadas e refutadas. Os estudos do grande teólogo medieval, São Tomás de Aquino, nos mostra, ao reconciliar a fé e a razão, que através de seu mais notável trabalho “Cinco vias” compreendemos a existência de Deus, como nos coloca Araújo (2014):

O doutor Angélico, pela natureza e lógica de seu pensamento, organiza de tal modo as provas da existência de Deus que estas se tornaram de fácil compreensão, porque ao observar o universo qualquer homem (senso comum) poderá chegar ao raciocínio das vias e, à posterior prova da existência de Deus, mesmo que esta seja limitada e imperfeita.         

        Do mesmo modo que esta primeira parte do filme tenta nos convencer que Jesus Cristo foi criado para que a elite clerical nos manipulassem, assim o autor faz na segunda parte do filme onde nos deparamos com a ideia “O mundo inteiro é um palco” que intitula este segundo momento e nos mostra como a mídia sensacionalista omite informações para que conheçamos apenas a verdade que a elite aristocrata quer que conheçamos.

  Ribeiro (2013) nos expõe que é preciso levar em conta a relação que foi construída, décadas antes, entre o Oriente e o Ocidente que perpassou fatos que estimularam o ódio e pré-conceito entre eles. De um lado um desejo de soberania capitalista dos ocidentes que visava expandir ainda mais suas riquezas explorando os recursos do oriente e de outro uma civilização tradicionalmente religiosa que não perdoaria o apoio político e financeiro dos EUA a sua nação inimiga, Palestina.

Com os acontecimentos de Onze de setembro, vários questionamentos surgem com os depoimentos dos personagens desse fatídico dia; Ligações entre o presidente dos Estados Unidos e Osama Bin Laden, Inteligência Americana e cidadãos árabes ligados Al Qaeda, depoimentos de vítimas que descrevem o atentado como uma explosão e explicações de especialistas com relação ao abalo as estruturas, empresas americanas com lucros após a tragédia e empresas que podem ter financiado as ações “terroristas”, além da confusão de treinamentos antiterroristas que aconteceram, coincidentemente, no dia do atentado.

Todos esses aspectos corroboram para a ideia de que houve, no mínimo, uma conivência do governo para que uma determinada elite se beneficiasse e para que fosse aprovada a USA Patriot Act (Lei Patriota), uma vez que daria plenos poderes ao governo que invadisse casas, interrogasse suspeitos e espionasse cidadãos sem pedir autorização judicial ou respeitar o direito a defesa e julgamento. Ratificando a perspectiva do documentário:

..., olhando criticamente não apenas o resultado, mas as condições do desenvolvimento dessas ações dos Estados Unidos, especialistas afirmam que nas entrelinhas desses empreendimentos contra o terror estava um projeto de expansão e fortalecimento da hegemonia norte-americana no mundo e que tinha a questão do combate ao terrorismo mais como pretexto do que como objetivo. (Ribeiro, 2013)

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