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A Economia Brasileira durante o Período Imperial

Por:   •  9/4/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.329 Palavras (10 Páginas)  •  414 Visualizações

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Economia no Império[1]

  • Período 1822-1840
  • Período marcado pelo aumento da dívida externa:
  • Aumento dos gastos, superando a arrecadação. A resposta do Império foi a tomada de empréstimos
  • Empréstimos tomados junto à Inglaterra para pagar indenização a Portugal pela independência. Inicio da dívida externa brasileira
  • A Guerra da Cisplatina e o combate às revoltas regenciais consumiram recursos dos cofres públicos
  • Revoltas Regenciais
  • Por conta desses excessivos gastos, ocorre a falência do Banco do Brasil
  • Período 1840-1865
  • Redução, em termos relativos, da dívida externa brasileira
  • Maioridade de D. Pedro II
  • A subida ao trono do monarca, por representar um cenário mais estável, permitiu que o risco diminuísse, garantindo melhor administração da dívida externa brasileira
  • Economia do Café
  • Entrada de divisas na economia brasileira por meio das exportações de café
  • Fim das tarifas máximas, permitindo maior arrecadação de impostos sobre as importações
  • À época da independência, assinou-se tratados que previam a existência de tarifas máximas de importação
  • Assim, o fim da vigência desses tratados permitiu que o governo brasileiro elevasse as tarifas de comércio internacional, aumentando a arrecadação por parte do governo brasileiro. Esse efeito é significativo, pois grande parte das receitas do Estado advinham dos impostos do comércio exterior
  • Período 1865-1889
  • Aumento da dívida externa
  • Guerra do Paraguai. O conflito exige que o Brasil captasse recursos estrangeiros para financiar o conflito
  • Indisciplina fiscal da Princesa Isabel. A partir da década de 70, Princesa Isabel acaba assumindo crescente papel na administração da economia do império, aplicando crescentes recursos em projetos sociais e na igreja
  • Na década de 1880, verifica-se uma redução nos preços internacionais do café, o que gerou uma deterioração das contas externas brasileiras. Neste momento, o café já começa a demonstrar excedentes de produção

Economia na República Velha

  • Período de 1889 – 1898:

Neste período inicial da república velha, o Brasil praticava o câmbio flutuante, isto é, a determinação do câmbio ocorria pela interação entre oferta e demanda de divisas.

Por outro lado, a política cambial das grandes potências da época era pautada pela lógica do padrão-ouro, que exigia um câmbio fixo.

  • Câmbio flutuante[2]

  • 1889 – 1: 27 pences de libra
  • 1898 – 1:7 pences de libra
  • Ou seja, houve a desvalorização da moeda brasileira nesse período.
  • Isso pode ser explicado pela queda expressiva no preço do café (entrada de libras passa a ser menor que a saída de libras, resultando em um escasseamento da divisa e consequentemente desvalorização do mil-réis)
  • Crise do Encilhamento (Ministro da Fazenda: Rui Barbosa)
  • Lei Bancária (1890)
  • Consistiu na flexibilização da emissão de moedas.
  • Essa flexibilização se deu pela permissão para alguns bancos privados emitirem moedas, resultando em uma expansão da oferta de moeda.
  • Objetivo do governo era estimular a economia brasileira por meio da concessão de créditos.
  • Havia a necessidade de monetização da economia nacional diante das mudanças ocorridas (abolição da escravidão fluxos de e migrantes, resultando em um aumento da camada assalariada; eliminar a importância do escambo nas trocas comerciais).
  • O governo buscava estimular a industrialização, que no entender do governo era dificultada pela falta de moeda/credito no mercado.
  • O governo considerou que haveria um aumento na demanda de moeda (ex-escravos, imigrantes). Diante dessas pressões na demanda por moeda, o governo decidiu pelo aumento na oferta de moeda.
  • A emissão de moeda foi lastreada em títulos públicos
  • Problema: Ao invés de criar um aumento na capacidade produtiva (aumento da OA), o aumento da oferta de moeda resultou em um ambiente altamente inflacionário e especulativo (“crack” de 1892)[3]. A emissão de moeda resultou ainda em um grande aumento da dívida pública[4]
  • Essa situação de alta da inflação criou uma zona de conforto para os cafeicultores, na qual a queda no preço do café em libras era compensada pela desvalorização da moeda nacional. Celso Furtado denominou esse processo de “socialização das perdas[5]
  • A menor entrada de libras gerou dificuldades para honrar compromissos com a dívida externa (valorização da libra). Há, assim, a reiterada queda nas reservas internacionais nacionais.
  • Período de 1898 – 1906:
  • 1º Funding Loan (1898)[6]
  • O Governo Campos Sales, diante das dificuldades de arcar com os custos da dívida externa, realizou o funding loan.
  • Diante da crise da dívida externa, o Brasil negocia um novo empréstimo junto aos credores internacionais
  • Empréstimo de 10 milhões (5% a.a)
  • Suspensão do pagamento do principal da dívida por 13 anos (Brasil só voltaria a pagar a dívida em 1911)
  • Suspensão do pagamento dos juros da dívida por 3 anos
  • Contrapartidas a serem feitas pelo Brasil:
  • Ajuste fiscal (reduzir gastos e aumentar arrecadação)
  • Ajuste monetário (retirar moeda de circulação)
  • Brasil oferece como garantia a Alfândega do Rio de Janeiro (peso muito importante na arrecadação do governo, uma vez que a principal fonte de arrecadação era os impostos de importação e exportação)
  • Governo de Campos Sales[7] (1898-1902)
  • Política Fiscal Contracionista
  • Aumento dos Impostos (ex: tributo sobre selo)
  • Diminuição dos gastos
  • Política Monetária contracionista
  • Venda de títulos públicos para retirar moeda de circulação
  • As medidas governamentais resultaram em uma queda no crescimento econômico
  • Redução da inflação[8]
  • Governo Rodrigues Alves[9] (1902-1906)

Diante dos ajustes realizados por Campos Sales, Rodrigues Alves assume o governo em condições favoráveis.

  • Expansão dos gastos públicos

  • Reforma urbana do Rio de Janeiro ("Bota Abaixo")
  • Programa de saúde pública (Osvaldo Cruz)
  • Aumento do crescimento econômico
  • Valorização da moeda nacional (1896-1906)
  • Suspensão do pagamento da dívida externa[10]
  • Aumento da Exportações de borracha
  • Diminuição da base monetária[11]
  • Isso prejudicava os cafeicultores, minimizando o processo de socialização das perdas”, pois não só o preço internacional do café continua em queda, mas também agora a moeda nacional estava se valorizando.
  • Convenio de Taubaté (1906-1911)

O Convênio de Taubaté foi o 1º Plano de valorização do café, organizado pelos Estados produtores.

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