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A História do Cacau

Por:   •  14/5/2018  •  Bibliografia  •  3.912 Palavras (16 Páginas)  •  219 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ENGENHARIA FLORESTAL

PRODUTOS FLORESTAIS MADEREIROS E NÃO MADEREIROS

CACAU- Produção, comércio e usos não madeireiros.

Diego Medeiros Paiva

Rodrigo Carlos Batista de Sousa

GOIÂNIA,

JUNHO 2014


SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        PRINCIPAIS DOENÇAS NA CULTURA DO CACAUEIRO        4

3.        MANEJO DE SOMBREAMENTO        6

4.        PRODUÇÃO BRASILEIRA E MUNDIAL        6

5.        COTAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL        9

6.        MULTIPLOS USOS DO CACAU        11

6.2. SEMENTES        11

6.2.1. CHOCOLATE        11

6.3.        OUTROS USOS        12

6.3.1.        POLPA DO CACAU        12

6.3.2.        CASCA DO FRUTO        13

7.        COOPERATIVAS PRODUTORAS        14

8.        CONSIDERAÇÕES FINAIS/PLANTIO NO CERRADO        14

9.        REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS        14


  1. INTRODUÇÃO

Em 1520 o cacau começou á ganhar o mundo, a partir do momento em que as amêndoas foram levadas da América para a Europa. No final do século 16 os espanhóis abriram as primeiras fabricas chocolateiras. E à medida que o consumo do chocolate crescia na época houve muitas tentativas de planta-lo em diversas regiões as quais possuíam clima e solos característicos de seu habitat natural. No Brasil, em 1679 através da Carta Régia que autorizava os colonizadores planta-lo em suas terras, oficialmente iniciou-se o cultivo da cultura cacaueira.

O cacau (theobroma cacao) é classificado como pertencente á família Esterculiáceas, o nome cientifico é devido ao significado desde a sua época do descobrimento, como já citado, o qual significa ‘alimento dos deuses’ ou ‘manjar dos deuses’. É cultivado em solos profundos e bem drenados e desenvolve em climas com temperaturas médias superiores á 21ºC, exige precipitação pluviométrica superiores á 1300 mm anuais, regiões com deficiência hídrica superior á 100 mm anuais não são recomendadas á exploração econômica da cacauicultura.

Segundo os botânicos, o cacau propaga-se em duas regiões principais originando dois grupos importantes: Criollo e Forastero. Havendo também um grupo intermediário denominado ‘Trinitário’. O criollo origina frutos grandes com superfície enrugada. O Forastero, que levamos para degustação é o encontrado aqui no Brasil, fazendo parte da grande produção de chocolate pelo mundo, chegando á 80% desta. Produz frutos ovoides, como superfície lisa, imperceptivelmente sulcada ou enrugada; é conhecido como o verdadeiro cacau. O Trinitário é um fruto intermediário entre as duas espécies mais conhecidas, recebendo este nome por ser encontrado em Trinidad, após 1727, quando plantações de Criollo foram destruídas por ciclones e tempestades. Tal espécie tem excelente qualidade, e responde hoje por, cerca de 15%  da produção mundial. A época de maturação dos frutos ocorre em duas épocas do ano, porém a principal colheita é feita de abril á setembro.

Quanto a origens, acredita-se que o cacau é originário das cabeceiras do rio Amazonas, propagando-se em duas direções principais, originando dois grupos importantes:  Criollo e Forastero. O Criollo, que propagou em direção ao norte, para o rio Orinoco, penetrando na América Central e Sul do México, produz frutos grandes, com superfície enrugada.  Suas sementes são grandes, com o interior branco ou violeta pálido.  Foi o tipo de cacau cultivado pelos índios Astecas e Maias. O Forastero propagou-se pela bacia amazônica abaixo e em direção às Guianas.  É considerado o verdadeiro cacau brasileiro e se caracteriza por frutos ovóides, como superfície lisa, imperceptivelmente sulcada ou enrugada. O interior de suas sementes é violeta escuro ou, algumas vezes, quase preto.

Para desenvolver-se melhor, o cacaueiro exige solos profundos e ricos e clima quente e úmido, com temperatura média de cerca de 25°C e precipitação anual entre 1.500 e 2.000 milímetros, sem períodos secos prolongados.

O presente trabalho teve como objetivo o levantamento da produção, comercio e situação do cacau no Brasil, levando em consideração os principais fatores positivos e negativos referentes a sua cultura.

  1. PRINCIPAIS DOENÇAS NA CULTURA DO CACAUEIRO 

A Vassoura-de-Bruxa é uma praga natural da região amazônica, causada pelo fungo Crinipellis perniciosa, infecta as partes meristemáticas da planta, principalmente frutos novos sendo considerada uma das mais ameaçadoras do cacaueiro. Quando não se adotam medidas de controle no aparecimento, a praga progride rapidamente através do vento e da água, comprometendo completamente a produção, devastando plantações nas últimas décadas, atuais 120000 toneladas.

Pesquisadores acreditam que é necessário conhecer a biologia do fungo para que haja uma solução química efetiva para a doença. O fungo tem duas fases, a hipertrófica e necrotrófica, sendo esta fase a responsável pelo nome da doença. Nessas duas fases o fungo é bastante diferente, na primeira fase da doença a planta lança uma enorme quantidade de gás (Óxido Nítrico) este gás, tem como propriedade bloquear a respiração do fungo, porém não sendo efetivo no combate do mesmo.  No mercado também não existe fungicidas que são capazes de combater de maneira efetiva o ataque pelo fungo. Pesquisadores da Unicamp, em parceria com empresas de agroquímicos, estão desenvolvendo moléculas especificas para o controle da doença. Porem hoje já são ofertadas pela Ceplac sementes híbridas e plantas clonadas ou selecionadas que possuem resistência a esse fungo. Sendo ainda hoje a forma de controle mais eficiente a pratica de podas periódicas, controle de sombreamento combinado com aplicações de  defensivos á base de cobre. A Vassoura-de-Bruxa pode ser confundida com a podridão parda, devido as semelhanças de sintomas, mas a diferenciação é feita apalpando o fruto infectado, pois a podridão parda ataca o fruto de fora para dentro ao contrário da vassoura que é o inverso.

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