Teoria microeconómica tradicional
Artigo: Teoria microeconómica tradicional. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: FerreiraSLB • 19/6/2013 • Artigo • 847 Palavras (4 Páginas) • 605 Visualizações
Para Paul Krugman e Robin Wells,
"uma das principais questões da microeconomia é a busca da validade da intuição de Adam Smith, saber se os indivíduos na busca dos seus interesses próprios contribuem para promover os interesses da sociedade no seu conjunto"4 .
Efetivamente, o foco de interesse da microeconomia é, antes de tudo, o estudo das escolhas dos agentes económicos, isto é, da forma estes procedem dado um conjunto de diferentes opções, comparando os benefícios e inconvenientes para a prossecução dos seus objetivos ou para a satisfação dos seus interesses - o postulado utilitarista.
A microeconomia estuda as interações que ocorrem nos mercados em função da informação existente e da regulação estatal. Distinguem-se os mercado de bens e serviços dos mercados de fatores de produção, capital e trabalho, por terem diferentes agentes e formas de funcionamento.
A teoria compara os agregados da quantidade global demandada pelos compradores e da quantidade fornecida pelos vendedores, o que determina o preço.
Constrói modelos que descrevem como o mercado pode conseguir o equilíbrio entre o preço e a quantidade, ou como pode reagir a alterações do mercado ao longo do tempo, que é o que se denomina de mecanismo da oferta e da procura.
As estruturas de mercado, como a concorrência perfeita e o monopólio, são analisadas para tirar conclusões sobre o seu comportamento e a sua eficiência económica.
A análise de um mercado é feita a partir de hipóteses simplificadoras, como por exemplo a racionalidade dos agentes e equilíbrio parcial (parte-se do pressuposto de o mercado não é afetado pelo que se passa em outros mercados ).
Uma análise em equilíbrio geral é um estudo mais abragente, que permite avaliar as consequências sobre os outros mercados, para compreender as interações e os mecanismos que podem levar a uma situação de equilíbrio.5
Teoria microeconómica tradicional[editar]
A teoria microeconómica standard assume que os agentes económicos, as famílias ou as empresas, são "racionais"6 :6, isto é, supõe-se terem habilidades cognitivas e informações suficientes para, por um lado, construir critérios de escolha entre diferentes opções possíveis, por outro, para maximizar a sua satisfação dadas as restrições a que estão sujeitos. Presume-se que são capazes de identificar as restrições sobre estas escolhas, tanto restrições "internas" (as suas capacidade tecnológica, no caso das empresas, por exemplo), como as "externas" (por exemplo, as resultantes da conjuntura económica). É o paradigma do homo economicus7 :1, que não implica a priori que os critérios de escolha dos indivíduos sejam puramente egoístas. Podem perfeitamente ser "racionalmente" altruístas.
Esta teoria deve sua existência à síntese feita pela economia matemática neoclássica das décadas de 1940 e 1950, entre os contributos da corrente marginalista do século XIX e da teoria do equilíbrio geral de Walras8 e Pareto9 .
John Hicks e Paul Samuelson são considerados os pais da microeconomia tradicional atual10 :247, que podemos dividir em quatro áreas:
A teoria do consumidor, que estuda o comportamento das famílias ao fazer opções de consumo sujeitas a restrições orçamentais;
A teoria da firma, que estuda o comportamento de empresas que pretendem maximizar seus lucros sujeitos a restrições tecnológicas;
A teoria das trocas dos mercados,
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