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- Qual a razão do descompasso do pais em relação á legislação trabalhista?

R: A razão é simples: a legislação trabalhista brasileira se situa na contramão da história. Sua inadequação é um dado incontestável diante da velocidade em que o mundo mudou. Não só no plano interno como no externo; não só no plano dos fatos como no plano das idéias.

A CLT ( Consolidação das Leis do Trabalho ) surgiu na era Vargas com o intuito de proteger os trabalhadores. Entretanto, a CLT, é a mesma nos dias atuais, porém, com a nova Constituição Federal de 1988 houve algumas mudanças, mas grande parte dessa legislação permanece até os dias de hoje.

Com o avanço da tecnologia, a indústria produz mais com menos funcionários, devido à automação e robotização da produção, em contra partida o setor de serviços cresce cada vez mais e vão surgindo novas profissões, e algumas profissões antigas estão desaparecendo, ressaltando que apenas 90 profissões estão regulamentadas no Brasil.

A falta de regulamentação de novas profissões faz com que haja esse descompasso com o novo cenário do mercado de trabalho.

2 - Que sugestões você daria para melhorar o atual quadro?

R: Atualmente vivemos em um conflito de paradigmas. De um lado, o modelo interventivo varguista, de cunho recessivo e retrógrado; de outro, os modelos não intervencionistas, mais modernos e funcionais. A lógica econômica moderna conflita com a lógica trabalhista tradicional. Sem urgentes mudanças nos sistema trabalhista, o Brasil estará perpetuando seu atraso em relação as principais potências.

Portanto, a sugestão seria a reforma do atual modelo trabalhista, na certeza de que isso implica o surgimento de uma nova mentalidade intelectual, empresarial, governamental e sindical, menos dependente do Estado e mais de si próprias, na busca conjunta por resultados práticos.

3 - Como você montaria um quadro de controle dos salários e dos encargos sociais de sua empresa?

R: Os encargos sociais são previdência social, FGTS, salário educação, acidentes de trabalho, SESI, Senai, Sebrae, Incra, tempo não trabalhado, descanso semanal remunerado, férias, feriados, abono de férias, aviso prévio, auxílio enfermidade, despesas de rescisão contratual, incidência FGTS sobre 13 sal, entre outros.