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Cenário Econômico

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Por:   •  9/8/2013  •  1.231 Palavras (5 Páginas)  •  263 Visualizações

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Ambiente Macroeconômico

O cenário internacional começa a evidenciar sinais de recuperação. Nos Estados Unidos a expectativa de crescimento é de 2% a 3% para 2013, considerando a existência de uma política econômica de afrouxamento monetário. Contudo, há grande volatilidade do mesmo tendo em vista a divergência de opiniões no discurso de diretores dos bancos locais, que possuem grande relevância nas decisões de política econômica estabelecida pelo FED. Além disso, um ponto de atenção é o fato da dívida pública ser de aproximadamente 100% do PIB considerando que essa relação reflete a capacidade do país de honrar com os seus compromissos.

O cenário europeu é de recessão estável no qual diversos países possuem políticas de ajuste fiscal e alto índice de desemprego, tais como: Espanha, Grécia e Portugal. Na Alemanha o crescimento foi de 0,1% no primeiro trimestre, porém, a perspectiva é de aceleração da atividade econômica no segundo semestre do ano. Essa previsão está pautada na recuperação da atividade da indústria civil, na melhora das perspectivas para o comércio internacional e na confiança das empresas para investir.

No que refere a economia do Japão, o Iene ficou apreciado durante muito tempo, além de país ter vivdo inflação negativa e baixo nível de consumo. Para mudar este cenário, o governo japonês está fazendo uso de medidas expansionistas para estimular o consumo e, como consequência, a meta de inflação foi elevada para 2% a.a. Além disso, foi preciso depreciar a moeda e tornar o mercado japonês mais atrativo para investidores estrangeiros. Uma consequência negativa para as medidas expansionistas é o risco iminente causado pelas desvalorizações constantes competitivas, de modo a atrapalhar a recuperação europeia. Os Estados Unidos estão olhando de forma defensiva para esta guerra cambial, pois com a desvalorização do Iene os produtos japoneses tornam-se mais competitivos no mercado norte-americano.

A partir de 1970 a China tem realizado abertura comercial, crescendo a taxas maiores de 10% a.a. quase que exclusivamente pautada na demanda do mercado externo. Atualmente, o crescimento da China está desacelerando e a expectativa para 2013 está em torno dos 7,5% a.a., diminuindo a demanda de commodities no mercado, o que implicará na queda dos preços mundiais, principalmente zinco e minérios de ferro.

Devido a forte incerteza no mercado mundial, como visto acima, relacionado às políticas monetárias e ao baixo crescimento esperado para os próximos anos, observa-se aversão ao risco nos mercados financeiros de todo o mundo, como perdas recentes de aproximadamente 1% nas bolsas europeias. Este impacto foi observado no Brasil com redução nas operações da Bovespa maior do que os principais pares estrangeiros. Como alguns costumam citar: “Quando lá fora está bom aqui geralmente não acompanha, e quando está ruim, aqui fica péssimo”.

Analisando o cenário brasileiro, a inflação se manteve pressionada no início do ano, fechando o primeiro trimestre com variação de 1,9% e o IPCA dos 12 meses atingiu 6,6% superando o teto da meta, sendo que cerca de 50% da taxa acumulada foi resultado do grupo de alimentos e bebidas. No entanto, parte do aumento refere-se a itens com efeitos transitórios no índice de preços, como alimentos in natura, os quais as oscilações de preços são influenciadas por efeitos climáticos que afetam a oferta por curto período de tempo, como por exemplo o caso do tomate.

Apesar da alta no início do ano, há consenso em nosso grupo de que o IPCA acumulado seja de 5,7% em 2013 e 5,9% em 2014 visto que os preços dos alimentos devem diminuir em função do efeito remanescente da redução do PIS e COFINS, com forte queda nos preços dos grãos, que já repercute no preço da carne suína e do frango, além da normalização da oferta dos alimentos in natura.

No contexto de política monetária brasileira, o Banco Central iniciou um ajuste para cima na curva de juros. Na última reunião do COPOM a decisão de aumento de 0,5% a.a. foi unânime, sendo a taxa Selic estabelecida em 8% a.a. Em sua ata, o COPOM reforçou o viés de alta para assegurar a queda da inflação. Segundo nossa projeção, acreditamos que a Selic será de 9% até o final deste ano e 9,5% para 2014, portanto em 2013 esperamos 1% a.a. de alta, sendo 0,5% a.a. na próxima reunião do COPOM e mais 0,25% a.a. até o fim do ano. Nossas projeções são mais otimistas do que o consenso do mercado de 9,25% a.a, pois conforme os dados mencionados acima referente à inflação, acreditamos que o mercado reagirá mais rapidamente

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