Estrutura de mercado do setor supermercadista do Rio Grande do Sul e identificação do seu grau de concentração
Pesquisas Acadêmicas: Estrutura de mercado do setor supermercadista do Rio Grande do Sul e identificação do seu grau de concentração. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jefsonfla123 • 28/10/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 5.911 Palavras (24 Páginas) • 561 Visualizações
Estrutura de mercado do setor supermercadista do Rio Grande do Sul e identificação do seu grau de concentração
Everson Vieira dos Santos
RESUMO
O trabalho estudou as transformações estruturais ocorridas no setor super- mercadista do Rio Grande do Sul entre 1994 e 2005, explorando o paragdima Estrutura-Conduta-Desempenho (E-C-D) e conceitos dele decorrentes E fatores que com ele interagem. Calculou-se, ainda, o grau de concentração de mercado, utilizando-se o Índice de Concentração (Ck). Os resultados apontaram para concentração neste segmento da economia gaúcha, considerado oligopólio com franjas, que acompanha as tendências nacionais e mundiais, no qual as quatros maiores redes supermercadistas responderam por 41,64% do faturamento do setor em 2003, 42,02% em 2004 e 47,25% em 2005.
PALAVRAS-CHAVE Estrutura; Setor supermercadista; Índice de concentração.
ABSTRACT
The study examined the structural changes that occurred in the Rio Grande do Sul’s supermarket sector, between the years of 1994 and 2005, exploring the Paradigm Structure-Conduct-Performance (ECD) and concepts arising from it; as well as factors that interact with it. The degree of market concentration was calculated as well using the following index: Concentration Index (Ck). The re- sults showed a concentration in this segment of the state’s economy, considered an oligopoly with fringe, which tracks national and global trends, in which the four largest supermarket chains accounted for 41.64% of the sector’s revenues in 2003, 42.02% in 2004 and 47.25% in 2005.
KEY WORDS Structure; Supermarket sector; Concentration index.
Estrutura de mercado do setor supermercadista do Rio Grande do Sul e identificação do seu grau de concentração
158 Negócios e Talentos • número 6 • 2009
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas duas décadas, o comércio varejista teve uma evolução significativa, proporcionada pelo desenvolvimento tecnológico. Neste processo a informática teve destaque, uma vez que propiciou , a gera- ção de técnicas de gestão mais eficientes, melhor conhecimento sobre o modo de circulação dos produtos e serviços, ganhos de eficiência e incorporação de novos modelos organizacionais, mais intensivos em conhecimento e informação. Conforme Tigre (2005, p. 45), as “[...] tecnologias da informação e comunicação têm um papel central neste processo, pois constituem não apenas uma nova indústria, mas o núcleo dinâmico de uma revolução tecnológica [...]”. O setor varejista, principalmente o supermercadista, vive um momen- to de estruturação, influenciado pelas transformações que têm ocorrido na economia brasileira. Uma das características deste momento é a busca por operacionalização eficiente e competitividade. Para isso, o setor tem promovido ações como realizam troca de controle acionário, fechamento de lojas menos rentáveis, profissionalização da adminis- tração, capitalização das empresas, maior utilização de automação comercial, uso intensivo da informática, racionalização de operações, programas de redução de custos e diferenciação de produtos e serviços. A estabilização da moeda, proporcionada pelo Plano Real, possi- bilitou, por um lado, um substancial incremento no faturamento das empresas do setor de supermercados e, por outro, impôs a necessidade de implementar mudanças no posicionamento estratégico das empresas, conforme descrito no quadro abaixo.
Quadro 1: O Setor Supermercadista Brasileiro –Totais do Setor – 1994 a 2005. Critérios de análise 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
2004
2005
N° lojas (Total Auto-Serviços)
37.543
41.839
43.763
47.847
51.502
55.313
61.259
69.396
68.907
71.372
71.951
72.884
Everson Vieira dos Santos
159Negócios e Talentos • número 6 • 2009
Faturamento Anual *
34,9
40,6
46,8
50,4
55,5
60,1
69,2
74,2
81,7
89,3
98,7
106,4
Participação % do faturam. sobre PIB
6
6,6
6,2
6,02
6,1
6,1
6,3
6,2
6,1
5,7
5,5
5,5
N° empregos diretos
650.000
655.200
625.000
655.000
666.752
670.086
701.622
710.743
718.631
739.846
788.268
800.922
Área de vendas (em milhões de m2)
-
-
-
12
12,7
13,1
14,3
15,3
15,9
...