Planejamento Financeiro Pessoal

PLANEJAMENTO E GESTÃO DAS FINANÇAS PESSOAIS

1. - Introdução

2. - Moeda

3. - Diagnóstico Financeiro

3.1 - Orçamento Doméstico

3.2 - Patrimônio Pessoal

3.3 – Perfil deficitário e Endividamento

3.4 – Perfil superavitário e Investidor

4. - Elaboração do Planejamento Financeiro Pessoal

] Introdução

O Dinheiro na vida das pessoas e das famílias é um assunto por demais subjetivo e reservado. Sendo tema de conversa em poucas ocasiões, até mesmo entre familiares e amigos, não raro é motivo de discórdia e inimizades entre as pessoas.

Será que os motivos pelos desequilíbrios financeiros residem nos salários recebidos? na economia do país? nos preços exorbitantes? nas altas taxas de juros? ou na maneira indiferente com que tratamos o dinheiro?

Se houve alguma dúvida para responder a pergunta acima, iniciaremos uma nova pergunta: quanto do nosso tempos foi investido para estudarmos finanças, nos últimos 3 anos?

Se não demos a devida importância ao tema finanças, pode ser que estejamos pagando pelas coisas, financeira e afetivamente, um preço muito maior que o devido, e nesse caso tanto faz ser bem posicionado na carreira com acesso a informações ou não.

Princípios de finanças podem ser aprendidos em qual-quer momento da vida - quando mais cedo melhor - e embora não sejam fáceis e precisem de muita disposição e sacrifícios, possibilitam-nos compreender a importância de fazer dinheiro e administrá-lo da melhor forma possível.

Existe uma lei universal que muito vai lhe ajudar a gerir o seu dinheiro:

“Para ser rico, tem que gastar menos do que se RECEBE”

Esta lei pode parecer muito simples e o é: gaste menos do que faz de dinheiro e invista bem a diferença, que todo o resto se organizará na busca da sua independência financeira.

Então porque um bom número de brasileiros não conse-guem seguir essa lei, embora tenham total liberdade para escolher o destino de sua renda?

Procuraremos responder a essa e outras perguntas que surgirão no decorrer deste curso, pois o objetivo é repassar conhecimentos sobre finanças pessoais e motivar os participantes a administrar melhor seu dinheiro e recursos através de planejamento e controle de um orçamento que lhes permitam: - ter tranquilidade pessoal, realizar seus sonhos de consumo, garantir a formação dos filhos e conquistar a independência financeira -, pois embora dinheiro não caia do céu, pode sair voando da sua mão.

2. Moeda

2.1 – História

Há aproximadamente três mil anos atrás, o escambo (trocas de mercadorias por mercadorias) era a única fonte de comercialização de produtos. Mas como não existiam medidas certas de valor (nada tinha preço marcado), isso gerava uma grande confusão, pois os desejos tinham que ser coincidentes e as mercadorias terem a mesma percepção de utilidade e valor.

Para resolver esse e outros problemas, surgiu a moeda que é qualquer mercadoria ou produto que funcione como meio de troca, padrão de valor e reserva de valor e aceito por todos.

Em princípio, determinadas mercadorias tais como sal, o trigo, o gado e outros, serviram de moeda, porém as dificuldades de divisão e manutenção fizeram com que cedesse lugar para as moedas de metal.

Mas as dificuldades para carrega-las e o perigo a que expunham seus possuidores foram motivos suficientes para que logo surgissem lugares para guardar essas moedas - os templos e as oficinas dos ourives -, fato originador da moeda papel, pois eram emitidos papeis certificando que as pessoas possuíam uma quantidade de moedas de ouro, prata e bronze depositadas nos lugares acima citados.

Logo esses papéis começaram a ser transacionados entre as pessoas e as oficinas de ourives foram sendo procuradas para atender necessidades financeiras de outras pessoas, fazendo aparecer os Bancos e o papel moeda.

Nas economias contemporâneas é difícil imaginar o funcionamento dos sistemas econômicos sem a existência de instrumentos monetários.

2.2 - As funções da moeda (papel-moeda)

Meio de troca – através da moeda as aquisições ficaram mais simplificadas, pois permitem que os produtos excedentes de uns sejam trocadas pelos produtos excedentes de outros a usando (moeda) como intermediária de troca.

Unidade de referência - é a utilização do dinheiro para estabelecer preços e possibilitar a contabilidade pessoal das empresas e da economia.

Reserva de valor – a moeda me proporciona a oportunidade de guarda-la para uma utilização futura.

Independente da época exata, região ou formato do dinheiro o poder foi uma questão que sempre o envolveu, inclusive originando diversos acontecimentos históricos, tais como: as grandes navegações, as cruzadas e as guerras em geral.

O dinheiro por mais concreto e objetivo que seja não é estático. Ele é um caminho que não só leva a lugares físicos, mas a lugares subjetivos que garatem respeito, prestígio, poder, status, segurança e, principalmente, felicidade. Mas será que o dinheiro propicia isso tudo efetivamente?

Portanto o dinheiro pode ser visto sob a forma subjetiva e objetiva

2.3 - A subjetividade do dinheiro

Um dos principais formadores da subjetividade do di-nheiro é a sua associação à conquista da felicidade.

Ser feliz não é algo simples, pois a felicidade não é automática, tem que ser reconhecida primeiramente para depois ser valorizada. O problema maior é que muitas pessoas não conseguem valorizar suas conquistas diárias, remetendo sua conquista para um tempo futuro. E às vezes esse tempo futuro nunca chega.

O que é felicidade?

Devido a sua intensa subjetividade, essa definição está relacionada com a individualidade de cada um, e muitas vezes associada à posse de objetos ou conquistas de posições sociais. Conquistá-los, ou não, é motivo de satisfação, ou insatisfação.

Como o dinheiro é o meio pelo qual esses objetivos são alcançados, observamos homens e mulheres se dedicando cada