Teoria Clássica De Administração Aplicada à Enfermagem
Dissertações: Teoria Clássica De Administração Aplicada à Enfermagem. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: janus999 • 23/11/2013 • 1.045 Palavras (5 Páginas) • 3.208 Visualizações
Os autores clássicos pensavam a Administração a partir do paradigma cartesiano - newtoniano. Portanto, de acordo com a lógica mecanicista. Para eles, a Administração, assim como a ciência moderna, deveria basear-se em leis ou em princípios universais que seriam aplicadas na realidade a posteriori, a partir de um conjunto de princípios gerais construídos a priori. Esses princípios prescrevem como o administrador deve se comportar. Daí o caráter prescritivo e normativo da Teoria Clássica.
O paradigma cartesiano – newtoniano, como anteposto, trabalha a partir de uma lógica mecanicista, ou seja, todas as realidades são definidas como um conjunto de peças que devem trabalhar harmoniosamente, engrenadas, obedecendo a uma idéia pré-estabelecida. Isso aplicado a uma sociedade, por exemplo, denota que todos os elementos humanos têm o seu papel bem definido a priori e devem obedecê-lo para o bem andar do todo. Dentro desta perspectiva, as organizações são como um arranjo rígido, construídas a partir de um projeto e montadas como peças mecânicas. A máxima eficiência é procurada através da avaliação pormenorizada do seu funcionamento.
Dentro do sistema classicista, portanto, qualquer agrupamento social organizado, desde uma empresa até a sociedade inteira, consiste em uma máquina. As pessoas seriam peças obedientes a um mecanismo e a uma finalidade pré-determinados. Aqueles que não estão bem ajustados em uma engrenagem, idealizada de antemão, são considerados “peças defeituosas” e passíveis de troca.
Os princípios gerais da Administração foram, pois, construídos como um referencial abstrato para ser adotado pelo administrador como condicionamento do cotidiano de uma organização, ou seja, em sua realidade prática. Portanto, como as leis naturais condicionam o comportamento do universo, dando-lhe harmonia, as regras universais devem reger o comportamento da organização, dando-lhe a máxima a eficiência.
De acordo com Chiavenato (2007, p. 12)
Fayol listou cerca de 14 Princípios Gerais de Administração, enquanto outros autores clássicos e neoclássicos se preocuparam em enunciar outros tantos. Os princípios mais conhecidos são: 1) O princípio da divisão de trabalho, 2) Princípio da autoridade e responsabilidade, 3) Princípio da Unidade de Comando, 4) Princípio da Hierarquia ou cadeia escalar, 5) Princípio de departamentalização e 6)Princípio da Coordenação.
A Teoria Clássica, posteriormente, foi criticada e reinterpretada a luz de outras teorias administrativas, mais recentes e amplas, visando reduzir a rigidez e o mecanicismo inerente à sua construção filosófica fundamental.
Teoria clássica aplicada à enfermagem
O ambiente social, dentro da área de saúde no Brasil, pode ser descrito e definido de acordo com as mais diversas formas de organização e administração, em cada contexto específico.
De acordo com Matos e Pires, “a organização do trabalho bem como o gerenciamento no setor saúde, especialmente no ambiente hospitalar, sofre forte influência do modelo taylorista/ fordista, da administração clássica e do modelo burocrático.”
Um dos motivos de não haver a hegemonia de um único sistema aplicado de uma teoria administrativa, dentro do ambiente hospitalar, se deve às diversas influências externas que um setor de saúde, em especial o público, pode sofrer. Por exemplo, no Brasil, se tem a interferência política de âmbito federal (como o Sistema Único de Saúde - SUS), a influência da administração direta, além de grupos autônomos que se subordinam, ou não, a chefias superiores ou a uma direção descentralizada. Tal linha de comando fragmentada entre várias categorias, faz com que as organizações se adéqüem a lógicas próprias.
De acordo com Luiz Carlos de Oliveira Cecílio, “A instituição hospitalar coloca-se como um amplo campo de disputas de grupos profissionais altamente qualificados e com grande autonomia de trabalho, os quais não se subordinam às chefias superiores ou a uma direção, como o descrito no clássico modelo taylorista-fordista. Estudos recentes realizados no Brasil apontam que nas instituições hospitalares existem três grupos principais: os médicos, a enfermagem e o corpo administrativo.”
Dentro desse contexto, é difícil fazer uma análise pormenorizada
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