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Ética Profissional em Administração

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Por:   •  5/6/2013  •  Seminário  •  2.081 Palavras (9 Páginas)  •  368 Visualizações

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Ética Profissional em Administração

Os primeiros estudos sobre ética partiram dos filósofos da cultura ocidental, mais especificamente na Grécia antiga, refletindo sobre os problemas fundamentais da moral. Contudo, o entendimento ético discorre filosoficamente em épocas diferentes e por vários pensadores, dando assim, diferentes conceitos e formas de alusão ao termo. Da Ética Aristotélica para a Ética na Sociedade Brasileira Atual diz respeito a um estudo reflexivo das transformações na conduta humana no campo ético, seja no âmbito empresarial, profissional ou do senso comum. Traz referências aos conceitos e aos pensamentos de Aristóteles sobre o tema relacionando-os com o cenário brasileiro atual. No sistema aristotélico, a ética é a ciência das condutas, menos exata na medida em que se ocupa com assuntos passíveis de modificação. Ela não se ocupa com aquilo que no homem é essencial e imutável, mas daquilo que pode ser obtido por ações repetidas, disposições adquiridas ou de hábitos que constituem as virtudes e os vícios. Seu objetivo último é garantir ou possibilitar a conquista da felicidade. Partindo das disposições naturais do homem (disposições particulares a cada um e que constituem o caráter), a moral mostra como essas disposições devem ser modificadas para que se ajustem à razão. Estas disposições costumam estar afastadas do meio-termo, estado que Aristóteles considera o ideal. A ética é uma referência para que os indivíduos possam viver em sociedade através de atitudes de julgamentos críticos da moral vigente, tornando-se mais humanos diante da vida cotidiana. Ela se aplica à família, à sociedade e ao estado, promovendo a reflexão crítica da moralidade. Enquanto que a moral regula os valores e os comportamentos de um determinado povo (ou grupo cultural/religioso) em um determinado tempo e espaço, a ética julga a validade da moral. Desta forma é que os valores são repensados e modificados através dos tempos, como aconteceu com o esquema da escravidão, considerado “normal” de acordo como os padrões morais de determinada época. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, validando ou não as ações humanas. Entretanto, apesar de não ser subjetiva, a ética também não é puramente teórica, pois não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la, modificando-se de forma dinâmica através da história, como um princípio regulador do desenvolvimento histórico, político e cultural. Entretanto, pelo que se observa no cotidiano, a ética, em teoria, não garante o progresso moral das pessoas e dos governantes. Verifica-se no mundo inteiro a publicação de diversas normas, acordos, tratados de intenções, discursos, leis e outros instrumentos que mostram a necessidade e as intenções de harmonizar as relações humanas. No Brasil, por exemplo, a forma de desenvolvimento econômico tem gerado situações contrárias aos princípios éticos, gerando desigualdades, injustiças, reduzindo os direitos e levando grande parte da população a uma situação indigna de vida, além de prejudicar os laços de solidariedade e aumentar a desconfiança, revolta e violências. Ao mesmo tempo, verifica-se o enriquecimento ilícito e a impunidade, com uma postura de hipocrisia frente aos constantes escândalos divulgados pelo jornalismo nacional e internacional. Nesse sentido, a formação pessoal e a postura moral e ética de cada cidadão são instrumentos para a manutenção e divulgação de valores básicos e essenciais para a população, contribuindo para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária; reduzindo ou eliminando a pobreza e as desigualdades sociais e promovendo a dignidade para todos, conforme prevê a Constituição do Brasil. A maneira com que cada indivíduo conduz sua vida pessoal, em família, no âmbito profissional, na sociedade e nas relações com o planeta é uma forma de participação efetiva. A Ética no trabalho orienta não apenas o teor das decisões (o que devo fazer) como também o processo para a tomada de decisão (como devo fazer). A adoção de princípios éticos e comportamentais reflete o tipo de organização da qual fazemos parte e o tipo de pessoa que somos. Para que seja ético no trabalho é preciso antes de tudo ser honesto em qualquer situação, nunca fazer algo que não possa assumir em público, ser humilde, tolerante e flexível. Ser ético significa, muitas vezes, abrir mão de algumas coisas e perder algo. Ética é algo que não pode ser definido como certo ou errado. É a forma de como as pessoas acreditam, é o bom senso, em suma, e como você observa o mundo ao seu redor. Infelizmente a Ética, postura profissional, relacionamentos no ambiente de trabalho, transformou-se em chavões onde ninguém sabe explicar o que é certo ou não, ou melhor, pode-se notar que a Ética já não está sendo respeitada. O coerente seria que as organizações desenvolvessem códigos de condutas, assim poderiam mostrar o que é “correto” para aquele ambiente de trabalho. Uma vez tendo isso bem exemplificado e explicado, não deixaria margem para questões sem o menor pingo de cuidado do uso de termos sem o menor sentido, que em vez de ajudar acabam por prejudicar e muitas vezes ofender as pessoas.

ETAPA II

Amor sem Escalas e a Ética Profissional

Quando se assiste ao filme Amor sem Escalas se espera um roteiro romântico acompanhado do sorriso irresistível de George Clooney. Porém, o que encontramos é uma história bem construída, focada nos múltiplos dramas existentes nas relações corporativas que se tornam ainda mais ácidas em um mundo economicamente em crise.

O tema do filme gira em torno de uma Outplacement empresas contratadas para agilizar e tentar humanizar os sistemas de demissão de massa de uma organização, dissolvendo os tradicionais métodos de dispensa em que o contratante (o gestor direto) comunicava a demissão de seu funcionário olho no olho, verbalizando os motivos da dispensa e compartilhando, de certa forma, do momento sempre constrangedor do fim de uma parceria. Porém, esta delegação de tarefas para outros, aponta não só para o enfraquecimento das relações humanas (o distanciamento do sofrimento e do desconforto que a dor de outra pessoa pode causar) como também são sintomas gritantes de nossa época, superlotada de uma necessidade emergencial de felicidade e de um ilusório conforto emocional. Ao longo do filme, a frase “sua fidelidade é valorizada por nós” aparece em painéis, letreiros, cartazes, fazendo-nos refletir sobre o tema. Numa das cenas mais divertidas do filme, Clooney compara seus cartões e pontos de milhagem com uma amiga e disputa com ela quem tem mais créditos. Declara não saber muito bem o que fazer com as milhas. Acostumou-se a viajar, a acumulá-las, mas não tem tempo para usá-las. Não deixa de ser irônico o fato de que ele, que valoriza tanto a fidelidade e exerça a função de demitir funcionários fiéis.

Muitas demissões foram feitas por e-mail, por telefone, no meio das férias, no final do expediente quando o individuo já estava no estacionamento. Negou-se ao homem demitido não apenas o direito de limpar as suas gavetas ou armários, mas também o de demonstrar a sua humanidade, fosse dar o adeus aos colegas de tantos anos, fosse na face que exprimia uma dor. Este movimento de fragmentação do convívio social também contaminou muito os sistemas corporativos. Devemos nos ater que a visão do trágico sempre foi uma etapa absolutamente necessária para o amadurecimento humano, uma vez que este contato nos coloca diante de nossos próprios medos e nos impulsiona a superá-los através da solidariedade que o outro nos provoca. Por isso, que os sistemas de governança devem possuir em todas as suas fases uma preocupação ética, pois é ela, que desde os antigos gregos, tem como foco central a ação e reação humana.

Resenha

Amor sem Escalas (Up in the Air) é um filme norte-americano de Jason Reitman e Sheldon Turner, baseado no livro de Walter Kim e lançado no ano de 2009. Reitman, também diretor do filme, apresenta, no estilo comédia-dramática, o mundo moderno, mostrando como ele está afetando as relações humanas: com cada vez mais solidão e desumanização, tratando de temas como desemprego, relacionamentos à distância, crise econômica, insenbilidade, e a importância das escolhas feitas pelo homem.

O protagonista Ryan Bingham, interpretado pelo ator George Clooney, escolheu ter a sua vida caracterizada por viagens constantes, principalmente em aviões e carros alugados, estadias em hotéis, ternos e gravatas, e uma pequena mala prática, as quais tornam sua rotina adorável e glamorosa. A profissão deste funcionário a depender do ponto de vista, é a mais desagradável para um trabalhador. Trata-se de um funcionário de uma empresa cujo serviço é demitir empregados de outras companhias, e por se acostumar com o desespero e a angústia alheia, acabou por se tornar uma pessoa fria e insensível. Em seu trabalho, Ryan desenvolveu métodos para tranquilizar a situação dos novos desempregados, mostrando a eles que existe uma “luz no fim do túnel”,ou seja oportunidade de novas escolhas contudo, pouco se importava com a situação, o que realmente importava era concluir seu trabalho e tornar a viajar. Para Ryan Bingham, os piores dias eram os que ele passava em sua própria casa, onde era impossível esconder sua solidão.

Sua vida começa a mudar, quando seu chefe contrata uma jovem, Natalie Keener (Anna Kendrick), sendo admitida em sua equipe com uma idéia transformadora: a implantação de um sistema de videoconferência onde as pessoas poderão ser demitidas sem que seja necessário sair do escritório, economizando assim muito dinheiro sem as viagens dos funcionários. Como esse método punha em risco o emprego de Ryan, ele abriu uma discussão no trabalho com seu chefe, que o obrigou a viajar com a mais nova funcionária e mostrar a ela a realidade de seu trabalho, para provar que o que ele alegava era verdade: que seu método era mais eficiente e que escolher implantar a tal novidade seria um erro.

Paralelamente às mudanças no emprego, a vida social de Ryan também vai mudando. Em uma das suas viagens, conheceu uma executiva, Alex (Vera Farmiga), que passou a ser companhia constante de Bingham, uma espécie de alter ego, uma pessoa perfeita, cujos interesses e ambições eram os mesmos, além da mesma agenda corrida de trabalho. Porém, Bingham por mais que se engane, precisa de companhia, e essa necessidade o surpreende. Surge no filme a pergunta "nos momentos mais importantes de sua vida, você está sozinho?" e logo ela é aplicada a ele próprio. Assim, Ryan resolve mudar completamente sua filosofia de vida.

Como a família do protagonista vivia em outra cidade, e ele mal a visitava, viu no casamento da irmã um pretexto para sua metamorfose. Convidou sua companhia de encontros em viagens para o casamento da irmã e por menos que parecesse, para ele, estava iniciando-se uma vida a dois, revivendo momentos de sua infância e até aconselhando os noivos para o casamento.

O filme possibilita uma reflexão profunda sobre as escolhas que fazemos para as nossas vidas o todo tempo, desde as mais simples e automáticas, até as mais complexas, elaboradas e planejadas. Os caminhos da vida são feitos de decisões e escolhas. Assim, o que cada um de nós é hoje, seja na sua vida profissional, seja na vida pessoal, é consequência destas escolhas e do que fazemos para transforma-las em realidade.

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