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Fim Do Neoliberalismo

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Por:   •  27/5/2014  •  706 Palavras (3 Páginas)  •  290 Visualizações

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FIM DO NEOLIBERALISMO?

O neoliberalismo, como política econômica, constituiu-se em um modelo absolutamente hegemônico, na medida em que procurou estender-se da forma mais universal possível, apesar de eventuais crises em seu percurso, principalmente ao longo da década de 1990, no México, no sudeste asiático, na Rússia e no Brasil. Porém, em manifesta contradição com tal doutrina, o Estado, em situações críticas e emergenciais, pratica intervenções maciças e/ou fortemente indutivas na ordem econômica, buscando, até mesmo, reverter processos de desregulação econômica.

Porém, será possível retomar, hodiernamente, um novo processo regulatório global? Existem modelos alternativos ou novos? É possível afirmar que a política econômica neoliberal está no fim?

Admitindo que, entre "a crise do modelo precocemente envelhecido e as dificuldades de surgimento de um novo, mediará um período mais ou menos longo de instabilidades, de sucessão de crises, de turbulências", o sociólogo Emir Sader (2008, p. 95) afirma que o que se esgota é não apenas o modelo hegemônico, que se recusa a morrer, mas também a própria hegemonia política dos Estados Unidos, relevando o papel da América Latina e da China neste novo cenário.

Como bem ressaltado por Boaventura de Sousa Santos (2008), analisando a atual conjuntura da crise no mercado de crédito e admitindo que esta não é a crise final do capitalismo, o "impensável ocorreu" e o Estado, antes um problema, passou a ser a solução, ou melhor, agora, o interesse nacional passa a pedir não só proteção e regulação, como também juros subsidiados para apoiar indústrias e instituições financeiras em perigo.

A globalização, antes o fermento da política econômica neoliberal, agora passou a ser o principal veículo de contágio do caos financeiro promovido pelo capitalismo financeiro inteiramente desregulado, volátil e especulativo.

Porém, diante das recentes nacionalizações de empresas por meio de vultosos recursos públicos, apesar de tal postura não ser abertamente relatada pela mídia em geral, chega-se a refletir sobre a atual fase da política econômica ora implementada e suas principais características e modelos.

A fase pós-neoliberal não chega a representar um regime socialista, nem outra nova etapa do capitalismo, mas uma situação político-social em que os direitos sociais, ambientais e econômicos duramente conquistados deverão estar no centro do discurso político, ou seja, buscando equalizar, a partir de então, estabilidade monetária com justiça social, a exemplo dos países social-democratas, que produziram tal experiência com sucesso após a década de 1930.

Antes disso, levando-se em conta a particularidade da realidade brasileira, será preciso pensar a atual crise econômica promovendo uma extensão e fortalecimento dos direitos básicos de cidadania, fortalecendo a esfera pública delineada após a Constituição de 1988, por meio do incentivo de formas de deliberação efetivamente participativas, principalmente nos espaços públicos institucionais já garantidos para a sociedade civil, ou seja, buscando aprimorar a inter-relação entre o público e o privado. Esse aprimoramento não deve ser apenas e tão somente jurídico-normativo, já que

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