O CONHECER A SUA ESCOLHA PROFISSIONAL VISÃO DA VOCAÇÃO E ESCOLHA
Por: Nino Da Otilia • 4/3/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 2.869 Palavras (12 Páginas) • 474 Visualizações
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA
MINISTÊRIO DA CIÊNCIA TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR
INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL FREI BENITO – QUELIMANE
UNIDADE DE COMPETÊNCIA: CONHECER A SUA ESCOLHA PROFISSIONAL
VISÃO DA VOCAÇÃO E ESCOLHA
Resumo
A adolescência é um período de busca pela identidade profissional, sendo necessária a reflexão sobre interesses e critérios relevantes à escolha duma profissão. Estudos buscam verificar a relação das intenções de escolhas profissional.
Na última década, várias mudanças aconteceram no chamado mundo do trabalho, sendo a globalização e as crescentes inovações tecnológicas as maiores responsáveis pelas alterações. A este respeito, Rueda, Martins e Campos (2004) destacam esses acontecimentos como precursores, pois proporcionaram grandes reestruturações à mão-de-obra, possibilitando assim, a actualização para um mercado cada vez mais exigente e dinâmico.
A orientação profissional (OP), que está directamente ligada a este mercado em constante desenvolvimento, pode ser definida como um processo que busca fornecer informações acerca dos âmbitos pessoais e sociais, assim como as necessidades.
Factores envolvidos na escolha de uma profissão.
Os factores que levam a escolha duma profissão são vários, neste caso destacamos os mais relevantes:
- Opiniões familiares.
- Autoconhecimento.
- Abertura do mercado. (oferta, necessidades ou empreendedorismo).
- Vocação (gosto pré definidos pela profissão).
- Características pessoais.
- Auto-eficácia e as expectativas de resultados.
Por exemplo, Lucchiari (1993) destaca a importância social da identidade profissional desenvolvida e Rocha (2010) amplia a discussão afirmando que, para além do auto-conhecimento a respeito dos interesses, habilidades e características pessoais, o reconhecimento dos valores que guiam as escolhas também são determinantes do processo de escolha profissional e devem ser considerados e avaliados tão fortemente quantos os demais.
Já o estudo de Sparta e Gomes (2006) dão mais enfoque as afirmações acerca dos âmbitos pessoais e sociais. Ela possibilita que indivíduo entre em contacto com seus interesses e características pessoais, com o intuito de colaborar para uma escolha profissional mais sólida e eficaz.
Para, (Andrade, Meira & Vasconcelos, 2002; Martins, Noronha & Godoy, 2008).
O processo de escolha profissional inclui um processo de autoconhecimento, que em alguma medida, pode propiciar um desconforto.
É na adolescência que se começa a perceber um período de transição, no qual o questionamento e o desafio estão presentes em inúmeras vivências de busca pela identidade. Tal busca pela identidade profissional tem sido entendida como uma “necessidade” pela família, sociedade e pelos próprios adolescentes (Lucchiari, 1993).
A orientação profissional (OP), está directamente ligada ao mercado de emprego que se encontra em constante desenvolvimento, pode ser definida como um processo que busca fornecer informações acerca dos âmbitos pessoais e sociais. Ela possibilita que o indivíduo entre em contacto com seus interesses e características pessoais, com o intuito de colaborar para uma escolha profissional mais sólida e eficaz (Andrade,Meira & Vasconcelos, 2002; Martins, Noronha & Godoy, 2008).
O processo de escolha profissional inclui um processo de autoconhecimento, que em alguma medida, pode propiciar um desconforto. É na adolescência que se começa a perceber um período de transição, no qual o questionamento e o desafio estão presentes em inúmeras vivências de busca pela identidade. Tal busca pela identidade profissional tem sido entendida como uma “necessidade” pela família, sociedade e pelos próprios adolescentes (Lucchiari, 1993).
Porém, estudos feitos concluem afirmando que a questão da escolha profissional muitas vezes fica em segundo plano face às necessidades que se impõem ao longo da vida. Também sob esta perspectiva, alerta que a falta de intervenções com esse enfoque acabam por agravar a situação, por não favorecer que os jovens reflictam sobre as próprias características e opções de carreira.
Segundo Levenfus (1997), a consolidação da identidade profissional manifesta-se como uma das últimas tarefas da adolescência, colaborando para que não seja construída independentemente da ‘pessoal’, submetendo assim, às mesmas leis e dificuldades que conduzem essa aquisição. Além da “crise” enfrentada pelo adolescente, pode haver conflito em momentos de re-escolha profissional, proporcionando, assim, uma ampliação na actuação do orientador profissional.
No que concerne aos modelos teóricos sobre interesses profissionais, Nunes, Okino, Noce e Jardim-Maran (2008) fizeram uma revisão com o objectivo de discutir aqueles mais recorrentes na literatura psicológica. O Modelo Sóciocognitivo, a Teoria de Holland e a perspectiva Psicodinâmica são os que mais se encaixam a realidade de muitos jovens.
De acordo com o Modelo Sócio-Cognitivo, interesses são definidos como padrões de gostos, neutralidade ou aversão frente a certas actividades ou características profissionais. Os mecanismos sócio-cognitivos ou as crenças que possuem influência directa na formação dos interesses são a auto-eficácia e as expectativas de resultados.
Auto-eficácia
É definida como a confiança na capacidade pessoal para organizar e executar certos cursos de acção, enquanto as expectativas de resultado são as crenças sobre as consequências (intrínsecas e extrínsecas) das acções em questão (Lent, Brown & Hackett, 1994).
De modo geral, pode-se afirmar que à luz deste modelo os interesses não devem ser vistos como um padrão pessoal estático ou imutável, uma vez que nessa perspectiva as experiências são contínuas e podem apresentar consequências variadas o que podem favorecer revisões periódicas dos interesses.
Lent et al (1994, 2004) defendem que os interesses são alterados ao longo da vida, apresentando um carácter mais fluido quando a pessoa é mais jovem e com tendência a se estabilizar a partir do final da adolescência, no sentido de fazer definições por áreas amplas do domínio laboral. O contacto com actividades associadas a profissões, durante a infância e adolescência, irá proporcionar elementos de experiência, que servirão de base para a formação de auto conceito e de crenças de auto-eficácia favoráveis. A associação dessas crenças a determinadas tarefas e áreas ocupacionais irá direccionar a formação dos
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