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VALE DE BACA

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Por:   •  5/10/2013  •  Seminário  •  1.646 Palavras (7 Páginas)  •  1.419 Visualizações

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VALE DE BACA

“Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti… o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.” (Sl 84.4-6).

Nos tempos do Velho Testamento, os israelitas piedosos faziam peregrinações regulares a Sião, a mesma Jerusalém, para adorar a Deus no templo e celebrar festas religiosas. Esta era a alegria maior de suas vidas; eles amavam os tabernáculos de Deus, suspiravam pelos átrios do Senhor, exultavam pelo Deus vivo! (Salmo 84.1-4). Aquelas peregrinações eram muito difíceis em certos trechos, mas eles as enfrentavam com alegria; renovavam suas forças antegozando o momento em que apareceriam diante de Deus em Sião (v.7).

O trecho mais difícil da viagem, incontornável para a maioria deles, era o Vale de Baca (Versão Revista e Corrigida), também chamado Vale das Lamentações (Septuaginta), Vale de Lágrimas (Vulgata Latina), Vale das Balsameiras (Bíblia de Jerusalém), e Vale Árido (Versão Revista e Atualizada). “Baca” é uma palavra hebraica que significa “choro”, “lágrima”. As balsameiras são plantas que destilam, gotejam ou “choram” o bálsamo, uma resina de odor tão agradável que a palavra “bálsamo” veio a significar, figurativamente, “alívio”, “conforto”, “lenitivo”.

As peregrinações de Israel são um tipo ou símbolo da peregrinação dos cristãos neste mundo. Jesus disse aos Seus discípulos: “Vós não sois do mundo…” (João 15.19). Paulo escreveu aos filipenses: “A nossa pátria está nos céus…” (Filipenses 3.20). Pedro dirigiu suas epístolas “aos eleitos… peregrinos e forasteiros…” (I Pedro 1.1; 2.11). Os israelitas faziam suas peregrinações a Jerusalém a fim de adorar a Deus no templo; nós, os cristãos, estamos a caminho da chamada Jerusalém Celestial onde haveremos de adorar e servir ao Deus Triúno, em tabernáculos eternos.

Peregrinando aqui, temos passado, sim, por lugares de indizível beleza; o Bom Pastor nos tem conduzido por “pastos verdejantes”, e nos tem levado “para junto das águas de descanso” (Salmo 23.1,2); anjos têm vindo do céu à terra somente para nos proteger (Salmo 34.7); temos vivido experiências agradabilíssimas. Entretanto, não há por que negar que alguns trechos do caminho têm sido muito difíceis. Não temos podido evitar o “Vale de Baca” ou “Vale de Lágrimas”. Gostaríamos que o Salmo Pastoril (Salmo 23) falasse somente de “pastos verdejantes”, “águas tranqüilas” e “mesas postas”, e não mencionasse o “vale da sombra e da morte” (v.4). Mas a referência está ali…

Se você, irmão (ã) está passando pelo “Vale de Baca”, quero lembrar-lhe que o seu equivalente físico na Palestina recebeu este nome não porque era árido, difícil, sofrido, mas por causa das plantas que cresciam ali e “choravam” bálsamo. Este vale recende a bálsamo! Nesta e na próxima mensagem, vamos ver quanto conforto e lenitivo existe neste vale.

1. O VALE DE BACA É MUITO FREQÜENTADO.

Os israelitas de quase toda a Palestina tinham que passar pelo Vale de Baca, quando a caminho de Jerusalém. A topografia os obrigava a isto. Na experiência cristã não é diferente. Alguns são levados, como que “por via aérea”, do berço para a glória da Jerusalém Celestial, e escapam do Vale de Lágrimas; mas todos os outros têm que passar por ele. Parece que Moisés passou por este vale repetidas vezes. Idoso, sofrido e enfadado, ele orou: “Volta-te, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos… Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade.” (Salmo 90.13,14).

Muitas são as adversidades que nos afligem e nos fazem chorar no transcurso desta nossa peregrinação terrena: desapontamentos, desastres, calamidades, perdas, escassez, enfermidades, morte. De um modo ou de outro, cedo ou tarde, mais ou menos vezes, todos passamos pelo vale.

2. O VALE DE BACA É MUITO INDESEJÁVEL.

• a) É árido. Não tem rios de alegria; os poços, cavados por alguns dos peregrinos que nos antecederam ou por nós mesmos são, muitas vezes, “cisternas rotas que não retêm as águas” (Jeremias 2.13).

• b) É pedregoso. Os peregrinos conseguem remover as pedras menores, não as grandes; a caminhada é muito sofrida; muitos tropeçam e caem.

• c) É escuro. As trilhas serpenteiam entre rochas de angústia e montanhas de pecado; o Sol da Justiça esconde-se por trás destas e o vale fica muito sombrio.

• d) É extenso. Os peregrinos sabem que Sião está à frente, mas não podem vê-la; a caminhada parece não ter fim. Muitos ficam desencorajados.

• e) É infestado. Há espíritos maus neste vale. Eles tentam; fazem insinuações malditas e sugestões blasfemas: armam ciladas, lançam os “dardos inflamados do maligno” (Efésios 6.11,16).

3. O VALE DE BACA É MUITO PROVEITOSO.

Torna-nos mais fortes, mais humildes, mais dependentes de Deus, enfim, mais crentes. A companhia e as necessidades dos outros peregrinos ensinam-nos a pensar mais neles, e a “levar as cargas uns dos outros” (Gálatas 6.2). O autor do Salmo 119 aprendeu muito no Vale de Baca, razão porque orou: “Antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a Tua Palavra… Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os Teus decretos.” (vs. 67,71). Paulo passou por este vale diversas vezes, e testemunhou: “… aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura como de fome, assim de abundância, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.11-13).

Na mensagem anterior, vimos que o Vale de Baca, também chamado Vale das Balsameiras, Vale de Lágrimas e Vale Árido, era a rota obrigatória para os israelitas nas suas peregrinações a Jerusalém, e tornou-se um símbolo das tribulações que enfrentamos nesta nossa peregrinação terrena, a caminho da Jerusalém celestial. O Vale de Baca, como dissemos, (1) é muito freqüentado, (2) é muito indesejável, e, todavia, (3) é muito proveitoso. Nesta mensagem, e ainda com base no versículo supra citado, faremos mais duas considerações

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