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IMPACTOS NEGATIVOS DA ENERGIA EÓLICA NO NORDESTE BRASILEIRO

Por:   •  16/8/2017  •  Artigo  •  1.275 Palavras (6 Páginas)  •  848 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA

DEPARTAMENTO DE AGROTECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS – DACS

DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CIÊNCIA E METODOLOGIA CIENTÍFICA

IMPACTOS NEGATIVOS DA ENERGIA EÓLICA NO NORDESTE BRASILEIRO

LAYANNE DE SOUSA BARBOSA

MOSSORÓ/ RN

MAIO DE 2017


Resumo

Este trabalho tem como propósito enumerar os impactos negativos das usinas eólicas no meio ambiente, com enfoque na região nordeste do Brasil, onde se encontra a maior parte dos parques eólicos do país, convém lembrar que foi uma das regiões pioneiras na instalação de energia eólica para aproveitamento na geração de energia elétrica. Para tanto, foram realizadas pesquisas em publicações nacionais e internacionais. Conclusivamente é possível avaliar os efeitos e definir alternativas de planejamento de ambientes costeiros diante desta nova forma de geração de energia limpa.

Introdução

A energia eólica é vista hoje como uma das fontes alternativas de geração de eletricidade com capacidade de gerar quantidades significativas de energia sem os impactos ambientais provocados por outras fontes convencionais (REIS, 2008).

         A energia dos ventos pode ser explicada como a energia cinética formada nas massas de ar em movimento. Nesse contexto, a geração de energia através dos ventos surge como uma boa alternativa às fontes convencionais que normalmente são não renováveis e poluidoras. O Ceará é uma das melhores regiões do mundo para o aproveitamento dos ventos como fonte de energia. Sua disposição geográfica, 3º 27’S, 40º 22’W, favorece a intensidade dos ventos (NETO, et al.[201-?]). Várias instituições se empenham no mapeamento eólico da região Nordeste, onde se observam fortes e constantes ventos praticamente durante todo o ano. Estudos feitos pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHSF) e pela Companhia Elétrica do Ceará (COELCE) mostram que a costa nordestina, entre o Rio Grande do Norte e o Ceará, apresenta um curso eólico estimado na ordem de 12.000 MW (CHSF-COELCE, 1996). Segundo a ABEEólica, os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará, são os estados com maior potencial para esse tipo de produção. Juntos, os três estados possuem uma potência total de 7206,9 MW, com o total absoluto de 275 parques eólicos.

Sendo estas usinas instaladas principalmente em dunas, vem promovendo profundos impactos ambientais negativos ao longo do litoral nordestino. As que estão operando e as em fase de instalação nos campos de dunas, revelam que a área ocupada pelos aerogeradores é gravemente degradada – fragmentada, desmatada, compactada, alteradas a fisionomia dos campos das dunas -, para que haja uma rede de vias de acesso. O desmatamento promove a supressão de ambiente com fauna e flora e a fragmentação local dos ecossistemas relacionados. Entre os impactos na fauna, a implantação de uma usina eólica pode gerar de forma direta e indireta danos sobre as aves, que correm risco de colisão com os aerogeradores, perda de habitat, alteração dos padrões de movimentação devido à perturbações associada à presença das turbinas.

 A produção de energia eólica é necessária, desde que preserve os complexos sistemas naturais (IPCC, 2007). A correta localização de empreendimentos eólicos pode reduzir os efeitos negativos no meio ambiente. A pressão causada pelo efeito dos núcleos urbanos, indústrias do turismo, concentração e crescimento populacional, estão submetendo os campos de dunas e demais sistemas litorâneos associados, a ameaças sem precedentes. Aspectos econômicos vinculados à indústria do turismo estão ameaçados pela artificializarão da paisagem litorânea, possivelmente interferindo no fluxo turístico através do processo acelerado de artificialização das dunas. Com os parques eólicos verificou-se o incremento dos conflitos com as comunidades tradicionais e indígenas, quando seus territórios ancestrais foram privatizados.

Outros impactos negativos são causados no meio socioeconômico devido a geração de energia eólica, como a emissão de ruídos – mecânicos de engrenagens e geradores e aerodinâmico das pás.-, que podem afetar na saúde de pessoas que vivem próximas aos aerogeradores, alguns sintomas podem ser percebidos, como distúrbio do sono, dor de cabeça, náuseas, tonturas, taquicardia, zumbido nos ouvidos, irritabilidade. Impacto visual, que obviamente constituem uma alteração visual na paisagem, com torres de alturas superiores a 100m e comprimento das pás acima de 30m. Embora o impacto visual seja muito específico para cada local, em uma usina eólica em particular, algumas características no design e implantação podem ser identificadas para minimizar o seu impacto potencial visual – tamanho, cores neutras e pintura antirreflexo -.

Das vantagens atribuídas à energia eólica, destaca-se o fato de que ela não utiliza a água como elemento chave para a geração de energia elétrica, não apresenta resíduos radioativos ou emissões gasosas nocivas. (FILHO, 2013). É possível evidenciar que as usinas estão se avolumando de forma descontrolada, sem definição dos impactos cumulativos.

Descrição dos impactos ambientais

A partir de atividade de campo descreve-se os impactos ambientais identificados durante a fase de implantação e operação de usinas éolicas. Com essas observações é possível constatar  terraplanagem, aterror e cortes nas dunas, abertura de vias de acesso para cada um dos aerogeradores, desmatamento de duna fixa, movimentação de grandes volumes de areia por tratores de esteira e pás mecânicas e o soterramento de lagoas interdunares.

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