Vale do Jequitinhonha
Pesquisas Acadêmicas: Vale do Jequitinhonha. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: maisasales • 21/9/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 2.458 Palavras (10 Páginas) • 545 Visualizações
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM TURISMO
WANDER HILTON DA SILVA COELHO
VALE DO JEQUITINHONHA
Araçuai - MG
2006
WANDER HILTON DA SILVA COELHO
VALE DO JEQUITINHONHA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Turismo.
Orientador: Professor : Adilson Nalin Luiz
Araçuai - MG
2006
Resumo
Florestas e caatingas, mata atlântica, serras, vales e chapadas caracterizam a paisagem do Jequitinhonha. Solo árido castigado por secas e enchentes, demonstra sua região de estiagens prolongadas. Vegetações secas, predominam as madeiras, como angicos, aroeiras, cipós-tatu e timbó, aroeirinha, pereira, vara-de-canoa, ingá, marmelinho e mutamba, pau-terra, pau-d'óleo, marmelada, plantações nativas de grotas e caatingas. Terra de difícil irrigação mostra a dificuldade hídrica, onde moradores usam cacimbas, cisternas e poços artesianos como principal fonte para uso de subsistência familiar. Com comunidades na maioria rurais a escassez de alimentos e freqüente devido às estiagens prolongadas. Por outro lado a uma produção considerável de mel e cachaça na região e um potencial energético devido as grandes plantações de eucalipto nas chapadas e a barragem de Irapé recém inaugurada.
Os lavradores do Jequitinhonha dividem o ambiente em dois espaços: as chapadas, que são grandes extensões de terras planas, altas, pouco férteis; e as grotas, constituídas pelos vales, áreas úmidas e frescas próximas às nascentes ou córregos.
Jequitinhonha destaca-se pelo grande potencial artesanal, de material como o barro, a corda, o algodão, a madeira, a taboa, o couro, surgindo obras de artes como bonecas, máscaras, animais, seres imaginários, panelas e potes, sapato, sandálias e cela. Nos teares encantados as mulheres vão tecendo cobertores, panos, almofadas, a renda de bilros, tricôs e crochês.
O canto coletivo dos corais e dos festivais, como os seresteiros e a Vesperata, o canto forte das meninas do Coral Vozes, o festival da canção, o Festivale, os vários corais existentes, dentre eles os Trovadores e os Meninos Araçuaí, o Boi de Janeiro, e a cantiga de beira de rio das Lavadeiras, mostram a herança dos cânticos das lavadeiras da beira do rio, das cantigas dos tropeiros e canoeiros que liga os homens nas teias que tecem a vida do povo do Vale e da religiosidade popular.
Paisagem
O Jequitinhonha apresenta, florestas e caatingas coberto por mata atlântica até finais do século XIX. Também formada por serras, vales abertos cobertos por florestas, chapadas extensas e férteis, grandes áreas planas de largos horizontes e mata seca que apresenta diferentes características.
Clima
O solo é árido sendo castigado regularmente por secas e enchentes, características climáticas que variam do clima semi-árido a úmido pluviométrico anual compreendido entre 600 e mais de 1.600 mm, irregularmente distribuídos ao longo do ano. As chuvas basicamente estão compreendidas em seis meses do ano (outubro a março), sendo o trimestre dezembro/fevereiro responsável por mais de 50% da precipitação total. O fenômeno conhecido como "veranico" traz conseqüências desastrosas para a agricultura e a vida das comunidades da área. O fato é mais grave ocorre em pleno período das chuvas, sendo de difícil previsão, geralmente coincidindo com um período de elevadas temperaturas e, conseqüentemente, condicionando altas taxas de evapotranspiração potencial.
A temperatura média anual e 21 a 24ºC. O mês mais quente é fevereiro e o mais frio é junho.
Vegetação
A vegetação de mata atlântica em alguns espaços alternada por matas secas –, concentração de terras em grandes fazendas de pecuária extensiva e regime de agregação como forma de acesso dos lavradores à terra. Normalmente, são terras onde predominam madeiras, como angicos, aroeiras, cipós-tatu e timbó, aroeirinha, pereira, vara-de-canoa, ingá, marmelinho e mutamba; as terras de culturas encontram-se tanto nas grotas quanto nas margens dos rios. As terras denominadas caatingas se localizam nas cabeceiras dos córregos, nas vertentes, e são utilizadas para cultivos de plantas rústicas, como mandioca, abacaxi, café; as árvores nativas da caatinga são de grande porte: pau-terra, pau-d'óleo, marmelada. Nas terras identificadas pelos lavradores como campo, predominam capins nativos, arbustos e árvores como muçambé, cagaita, monjolo e maria-mulata; não são áreas propícias para lavouras, sendo utilizadas somente para pastoreio e extração de madeira, lenha, frutas e plantas medicinais.
Hidrografia
O uso da irrigação poderia amenizar os efeitos da deficiência hídrica, porem esta fora de alcance de grande parte dos pequenos produtores da região. A construção de poços artesianos parece ser uma alternativa, porem deve ser bastante orientada para que não comprometa ainda mais a deficiência de água do solo da região. Em termos de recursos hídricos subterrâneos, o potencial regional e restrito.
O Vale do Jequitinhonha, tem vários aspectos dentre eles a escassez de alimentos para as famílias em consideração as das comunidades rurais, que por períodos de estiagem prolongado perdem as plantações, sem disser a falta de água para uso domestico e animal, onde são feitas cacimbas e caixas para captação de água de chuva. As principais fontes de economia são a pecuária e as agriculturas de subsistência. O Jequitinhonha tem um alto potencial energético, uma das principais fontes, esta a Usina de Irapé, e grandes plantações de eucalipto. Destaca-se pela sua produção de mel, cachaça
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