Jose De Alencar
Artigos Científicos: Jose De Alencar. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: oibelezacomovai • 28/9/2014 • 1.199 Palavras (5 Páginas) • 477 Visualizações
José de Alencar
(Messejana, Fortaleza, 1 de maio de 1829 – Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877), viveu até os 9 anos numa casinha simples no Sítio Alagadiço Novo, era filho de José Martiniano Pereira de Alencar. José era filho “ilegítimo” nasceu de uma relação extraconjugal do pai com uma prima, Ana Josefina de Alencar. Seu apelido de criança era Cazuza. José de Alencar casou- se com Georgiana Cochrane, filha de um médico inglês, tiveram seis filhos, um deles, Augusto, foi ministro, e Mário, “diziam”, não era seu filho biológico, era filho de Machado de Assis, outro grande escritor brasileiro. Alencar ficou doente de tuberculose, tentou recuperar- se na Europa, mas voltou às pressas e veio a falecer aos 48 anos.
Senhora
é um romance urbano, uma obra- prima da literatura nacional. A linguagem rebuscada, de uma beleza ímpar, José de Alencar reflete usos e costumes da sociedade carioca burguesa no período em que o Brasil ainda era uma colônia portuguesa. Aurélia, a “senhora” do título da obra, é apresentada como uma estrela, uma diva carioca, uma “sílfide”, no primeiro capítulo ( a obra é dividida em quatro capítulos, “O preço”, “A quitação”, “A posse e o “O resgate” ). Aurélia é a típica idealização da mulher do Romantismo. A moça de 19 anos é linda, tem uma personalidade forte, cabelos castanhos, delicada, possui olhos grandes e rasgados. (p. 14) Aurélia toca piano, canta e aprendeu a arte da retórica. Ela faz sucesso nos saraus, nos salões de baile, nas festas sociais. Aurélia Camargo, filha de Emília, uma costureira, é órfã de pai, tem um tutor que é o seu tio Lemos, que cuida dos seus negócios e a ajuda a desenvolver suas aptidões. A moça é muito cortejada, casar era o único caminho para as mulheres naquele tempo (Brasil imperial) numa sociedade altamente machista ou então ser freira. Aurélia tem muitos ricos admiradores, o que poderia ser motivo de lisonja, mas ela é inteligente, não considera- se uma mercadoria sente indignação por ter que viver tal situação.
Aurélia concentra- se de todo dentro de si; ninguém ao ver essa gentil menina, na aparência tão calma e tranquila, acreditaria que nesse momento ela agita e resolve o problema de sua existência; e prepara- se para sacrificar irremediavelmente todo o seu futuro. (p. 18)
D. Firmina Mascarenhas, uma senhora viúva que tinha a função de vigiar Aurélia, era uma “guarda- moça”. A senhora, um tanto materialista, como acontecia antes e ainda hoje na sociedade brasileira: o dinheiro faz do feio o bonito, e dá tudo, até saúde. (p.20)
Aurélia é romântica, acredita no amor, mas não é ingênua e nem tem escrúpulos para lutar por seu amor, teve que comprá- lo, como era costume na época, com seu “dote”, com a herança recebida do seu avô. A moça era determinada, bolou uma estratégia de conquista. Aurélia pediu que o tio e tutor executasse tal plano - Esse moço, que está justo com Adelaide Amaral, é o homem a quem escolhi para meu marido. Já se vê que, não podendo pertencer a duas, é necessário que eu o dispute. (p. 33) Adelaide era apaixonada pelo Dr. Torquato, que era pobre e seu pai não o aceitava. Então, Aurélia pediu ao tio que oferecesse um dote ao moço e que assim pudesse casar com Adelaide. O caminho ficaria livre para Aurélia casar com Fernando Seixas, moço na faixa de 30 anos, não era rico, mas tinha uma boa educação, feições nobres e bom gosto ao vestir-se. Era filho de um funcionário público, ficou órfão aos dezoito anos. Ele era apaixonado por Aurélia, mesmo estando comprometido com Adelaide. Será que o plano de Aurélia deu certo? Aurélia e Fernando acabaram juntos? Será que o amor prevaleceu?Senhora foi adaptada em formato de novela na Rede Globo em 1975, Aurélia foi protagonizada pela atriz Norma Blum.
O Guarani
Indianismo, José de Alencar se aventurou também por essa característica romântica. Mostrando o amor de um índio por uma pessoa "branca”. O Guarani, conta a história de amor de um dos casais mais famosos e conhecidos da literatura brasileira Peri e Ceci. A família de Ceci vive a margem da civilização, enclausurados em uma floresta. Peri outrora salvou a vida de Ceci ganhando o apreço do pai da menina e como contribuição do ato o pai manda-o morar com eles para protegê-los. Peri abdica de sua tribo para viver perto
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